Ter sonhos é o que há de mais humano em nossa essência. O sonho de Lyli é trabalhar em uma grande Editora e suscitar sua paixão pelos livros e pela escrita. Ingressando em sua vida adulta a moça precisa de um emprego para se manter morando sozinha n...
❝ AS COINCIDÊNCIAS ÀS VEZES SÃO SOLUÇÕES QUE A VIDA ENCONTRA PARA MUDAR O RUMO DA HISTÓRIA.❞ - Miguel Falabella
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••• "VALERIE, solte essa folha. Ela não é sua filha." Lyli tentava manter a calma com sua amiga que já possuía a cabeça completamente influenciada pelo álcool.
"Ela é minha filha! E você é uma titia muito má." Estava a morena com a metade de uma folha de coqueiro nas mãos ninando-a para dormir. "Não dê moral para o que sua tia está falando, meu amorzinho. Ela é má!"
"Você tem certeza que não quer ajuda para levá-la em casa?" Trevor ofereceu ao perceber a morena colocando a folha de coqueiro para arrotar. "Vamos, você precisa de ajuda." Em um minuto Val se virou e colocou todo o álcool que havia bebido para fora.
"Vou pegar as coisas dela." Lyli apanhou a bolsa da amiga que estava junto com a sua.
"Abra a porta do carro, Lyli." O moreno pediu enquanto vinha segurando Val para que a mesma não despencasse como uma fruta madura cai de uma árvore.
Assentaram Valerie no banco e colocaram o cinto de segurança para que ela não tombasse para todos os lados. Lyli entrou no banco da frente com Trevor. Val morava em um apartamento sozinha, quase todo caminho se resumiu em Lyli procurando na bolsa da amiga a chave da residência no meio de um trambolho de coisas. Se ajuntasse tudo que lá havia corria o risco de achar uma frigideira e ovos para fazer um belo café da manhã. Inclusive um dos trambolhos que existiam naquela baderna de bolsa eram saquinhos de chá de camomila. Nunca se sabe quando a gente precisa de um chazinho para acalmar os nervos. Antes mesmo que o carro chegasse em seu apartamento ela já dormia como um bebê no banco de trás, podia-se ver a baba escorrendo por sua boca, mostrando o quão gostoso aquele sono estava. Lyli desceu na frente para abrir a porta do apartamento enquanto Trevor vinha carregando a princesa que se negou a acordar. Para Trevor ela parecia um chumbo de tão pesada. Colocaram Valerie na cama e removeram seus sapatos, para que pudesse dormir melhor. Naquelas circunstâncias ela iria dormir até o dia seguinte e só acordaria depois do meio-dia. O único problema que Valerie enfrentariam seria a dor de cabeça infindável do pós-festa.
"Onde devo te deixar?" Perguntou Trevor dentro do carro ao sairem dos arredores do apartamento de Val.
"Na casa de Christopher Hartmann." Riu.
"Você mora lá?" Trevor estava muito surpreso.
"Sim, em um dos quartos dos funcionários. A governanta e o chef também moram lá. É ótimo. Se comparado ao meu antigo apartamento o quarto dos empregados é como um hotel de luxo." Lyli deixou mais claro para o entendimento do rapaz de pele branca e cabelos escuros.
