The Prostitute

《0.2》

Inglaterra: *08hs*

- Senhorita Alexa, posso entrar? - Pergunto parada em sua porta.

Ela fez sinal para eu entrar, e assim eu faço. Caminho nos meus saltos de bicos finos pela enorme sala decorada em cores preto e branco, bem sofisticado.

Alexa era uma mulher de 29 anos, loira alta e olhos castanhos escuros que destacavam mais sua beleza. Ela era o tipo de mulher perua e rica, que tem o mundo aos seus pés.

Dona das maiores agências de moda do mundo, Alexa preza muito pela imagem de suas modelos mesmo que não estejamos a trabalho. Ela diz que representamos a sua imagem fora da agência.

- Zayn disse que a senhora quer falar comigo.

Ela faz um sinal para que eu me sente, então me sento enquanto ela digitava algo em seu celular com um sorriso brincando em seus lábios - reviro os olhos ao imaginar a pessoa que está roubando a sua atenção.

Ela me olha me analisando por um certo tempo, apenas para verificar se estou bem vestida; ela sempre faz isso com as suas modelos. Como eu disse: ela preza pela sua boa imagem.

- Sim! É algo que vai acelerar sua carreira. É isso que você quer, acredito eu. - Diz com um olhar imponente. - Você ganhará muito dinheiro em um estalar de dedos. - Seus dedos se estalam dando ênfase a sua fala.

Sua postura arrogante sempre é a mesma, com seu velho olhar superior sobre as pessoas.

- É tudo o que eu mais quero. - Digo fitando a mais velha a minha frente.

- Ótimo. Já ouviu falar sobre book rosa? - Engulo em seco.

- Sim senhora. É um catálogo de profissionais que prestam serviços sexuais em troca de bonificações. - Digo mexendo em meus dedos da mão em sinal de desconforto. Aquela conversa não estava sendo nenhum pouco agradável para mim.

- Ótimo, que esteja por dentro do assunto. Estava conversando com alguns empresários muito importantes e eles estão interessados em você. - Seus lábios se contraem em um sorriso. - Estão dispostos a pagarem muito dinheiro para ter você na cama deles. Não só dinheiro como viagens, jóias entre outros agrados.

Eu fico pasma com suas palavras.

Ela falava como se fosse a coisa mais normal do mundo. Eles não passam de velhos tarados em busca de satisfazerem seus próprios prazeres carnais.

- Desculpa, Alexa, mas eu não faço esse tipo de coisa. - Digo nervosa. Alexa não é do tipo que aceita um não como resposta.

Ela se levanta. Encaro minhas mãos entrelaçadas em minhas pernas. Ouço seus saltos de agulha batendo sobre os carpetes da sala silenciosa. Ela se serve com um copo de whisky e caminha lentamente até a sua imensa janela com uma das melhores vistas da Inglaterra.

- Quer sempre ser a minha última opção, Brooke? - Seu dedo passeia sobre a borda do copo de whisky.

- Desculpa, mas não posso. - Falo em um fio de voz. Suspirei e saí daquela sala que ficou completamente em silêncio.

Eu jamais me iria me submeter a isso. - Pelo menos era o que eu achava até receber uma ligação dois dias depois.