《2.9》

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*Pov Lauren*

Ally estava estranha, seu rosto estava abatido e parecia distante durante o nosso café. Quando ela propôs sermos apenas amigas me deixou chateada, quando recebi sua mensagem me convidando para tomarmos café juntas, pensei que ela teria aceitado minha ajuda, mas me enganei como sempre. Não deveria ter me envolvido tanto assim, mas foi inevitável e o estrago já havia sido feito.

Eu não irei desistir de nós assim tão fácil.

Eu nunca amei alguém antes como eu amo a Allyson, nem mesmo o meu ex marido. Eu tinha um carinho por ele, mas também foi apenas no início do nosso casamento. Ele é um cara manipulador que se faz de bonzinho, homem carente e de boa fé, depois que ele te conquista, quer dominar e sugar todas as suas energias. E com Ally, apesar de nunca formarmos nada concreto, aprendi que amar é cuidar, se preocupar, proteger e fazer tudo que está ao seu alcance por essa pessoa e é isso que vou fazer, vou fazer tudo que estiver em meu alcance por Allyson, mesmo que ela não aceite a minha ajuda.

Depois que Ally saiu, fiquei fazendo hora na cafeteria, havia marcado uma reunião com a detetive que contratei, ela é uma das melhores da Inglaterra e de extrema confiança de Liam, que foi quem me indicou. Liam e eu estamos cada dia mais próximos, ele tem saído com Ariana e eles parecem bem envolvidos, torço para que dêem certo, minha amiga merece ser feliz e acredito que Liam possa fazê-la feliz.

A detetive Patterson logo chega e se junta a mim. Depois de pedir um café sem açúcar para ela, começamos o que interessa. Ela tira alguns papéis de sua pasta de couro e coloca em minha frente.

- As fotos que a senhora me enviou foram tiradas de um celular que foi lançado a poucas semanas ao mercado, pouquíssimas pessoas o possuem, é um aparelho do Japão e para trazê-lo a outro país custa o dobro do preço normal.

Presto atenção em tudo, tentando entender onde ela queria chegar com toda aquela informação.

- Nessa região foi vendido para apenas cinco pessoas. - Ela me entrega um papel com uma lista de cinco nomes enquanto lê a sua. - Dylan Bruce, Nathan Riggis, Nancy Olivia Sylva, Alexa Ferrer e Berry...

- Espera! - A interrompo passando os olhos pelo quarto nome da lista. - Alexa Ferrer? - Ela assente em confirmação.

- Consegui alguns dados, ela tem uma agência de moda aqui.

Ela me entrega outro papel com algumas informações dos nomes que havia citado na folha digitada. Mais as únicas que me importavam era de uma certa empresária.

- Qual a probabilidade de serem dados errados nessas listas? - Deixo o papel na mesa e cruzo minhas mãos encima da mesa.

- De um a três porcento apenas.

Não há dúvidas, Alexa está por trás disso tudo e eu sei bem o porque disso. Ela não aceita o simples fato que nunca vamos ter nada e o pior disso é que ela não está prejudicando só a mim, mas também a Ally que não tem nada haver com essa história.

- Posso ir atrás de mais informações se a senhora quiser.

- Não será necessário, Patterson. Isso já é o suficiente. - Junto os papéis que ela me deu. - Aqui está a quantia combinada. - Tiro o envelope pardo da minha bolsa e lhe entrego. - Muito obrigada.

Trocamos apertos de mãos, deixando o estabelecimento. Entro no meu carro e coloco a bolsa no banco do carona.

Preciso saber o que fazer com toda essa informação que consegui.

[...]

O resto do meu dia foi produtivo. Algumas empresas vizinhas que criam jogos, me procuraram para criar alguns jogos para eles, todos sabiam que a maioria dos jogos criados na empresa dos meus pais eram feitos por mim.

Claro que eu não fazia todo o processo sozinha, para um bom trabalho é preciso uma boa equipe. Mas eu seria capaz de criar um sozinha, não que eu queira me gabar, mas eu faço isso a anos e cresci nesse meio, vendo todo o processo de criação.

Eu sei que o meu pai ficará furioso se descobrir que aceitei o trabalho de um deles. É uma quantia grande que ganharei com esse trabalho e foi ele que escolheu assim, agora ele que aguente as consequências.

Depois de trabalhar em meu avatar e no cenário que será usado, salvo tudo e desligo o meu notebook em cima da cama. Grace está no pet shop e pagarei ela apenas as seis da tarde. Não decidi o que fazer com a Alexa, mais isso não vai ficar em pune.

Enquanto preparo um café ligo para Ally. Não sei porque, mas preciso ouvir a voz dela e saber como foi a reunião com a loja.

O seu celular chama várias vezes mas ela não me atende então acabo desistindo.

Ela deve estar ocupada.

Depois de tomar café e organizar a cozinha, deu o meu horário de buscar minha filhote. Quando eu cheguei para pegâ-la, ela estava toda empolgada brincando com um cachorrinho que estava preso em uma coleira azul. Os pelos e unhas de Grace estavam cortados, como eu havia pedido.

- Boa tarde Lauren! - A senhora de quase quarenta anos me cumprimenta com um sorriso simpático como sempre.

- Boa tarde! E essa criatura? Se comportou?

Pergunto pegando Grace no colo, beijando seu focinho.

- Um anjo, como sempre! - Rimos. Sabíamos o quando a cadela odiava ir ao pet shop.

O caminho de volta para casa foi feito caminhando mesmo e em cinco minutos estávamos em casa. O pet shop ficava a apenas uma quadra.

Chequei meu celular às oito da noite e nada de Ally retornar. Conectei o celular no carregador próximo a cama, depois de responder algumas mensagens e acabei pegando no sono, assistindo a um filme que passava na tv de meu quarto, com Grace deitada em cima de mim.

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