*Pov Lauren*
Enquanto eu esperava Allyson na saída da agência dentro de meu carro, eu batucava meus dedos no volante acompanhando o baterista de uma banda desconhecida por mim, que tocava na rádio.
A música logo chegou ao fim, dando a oportunidade para o locutor se comunicar com o público. Enquanto Isso, meus olhos foram para a portaria da agência, onde Ally conversava com a fotógrafa que estava agarrada a ela na última vez que vim conversar com Alexa.
As duas ruas de algo enquanto caminhavam lado a lado. Ally prendeu o cabelo em um coque no topo da cabeça, ficando ainda mais casual já que vestia uma calça jeans, moletom e um tênis branco nos pés.
Essa mulher realmente mexe comigo! Eu sei que corro o risco de amar e não ser compreendida, mas é inevitável. Não escolhemos a quem amar e eu só rezava para que Alexa cedesse a minha ordem e Ally não ficasse com raiva de mim por ter feito isso.
As duas se despedem e logo tenho dentro do carro, uma Ally sorridente.
- Demorei muito? - Perguntou a loira enquanto colocava o seu cinto de segurança.
- Não. - Respondi simples tentando não demonstrar o meu ciúme.
Fizemos boa parte do caminho em silêncio, a estrada estava movimentada e o trânsito parado. Alguns motoristas buzinavam irritados, como se fosse adiantar de algo.
Tiro a mão do volante e repouso em minha coxa, pelo canto dos olhos vejo Ally me olhando, mas não a olho de volta. Não quero parecer boba e muito menos infantil com essa coisa que estou sentindo.
- Você está bem? - A loira coloca sua mão na minha e entrelaça nossos dedos. Apenas balanço a cabeça em um aceno positivo. - Como foi o seu dia?
- Foi bom. Almocei com a Ari e finalizamos aquele jogo que eu te falei. Lembra? - Ela assente. - Agora só preciso fazer a parte mais chata, que é manuscrito.
- Eu fiz o download daquele que você fez, o de corrida. Aquilo é muito viciante! - Ela riu.
- Essa é a intenção. - Sorrio. - E como anda a recuperação da sua mãe?
- Falei com a Cíntia hoje de manhã, minha mãe está se recuperando bem, não pode fazer esforço nenhum por ter sido uma cirurgia delicada. Vou ver se consigo pelo menos três dias de folga para ir vê-la.
Continuamos conversando e o trânsito finalmente voltou a andar.
[...]
No caminho decidi trazer Ally para a minha casa, para que pudéssemos ter um momento apenas para nós duas, já que as meninas estariam na casa dela.
Destranquei a porta com a loira logo atrás de mim e assim que a abri, Grace pulou em minhas pernas.
- Hey amiguinha! Se comporte que temos visita. - Fiz carinho na cadela, que lambeu a minha mão, me fazendo rir. - Fique a vontade, Allz.
- Obrigada... seu apartamento é a sua cara!
- Ele está meio desorganizado. Quer beber alguma coisa? - Perguntei caminhando até a cozinha com a loira logo atrás de mim.
- Água, por favor. - Eu a olhei e a mesma sorriu.
Abri a geladeira e peguei uma garrafa de vidro, um copo no armário, o colocando encima da ilha no meio da cozinha, o enchendo até a metade. Ally pegou e agradeceu, aproveitei para ligar o ar-condicionado, deixando o ambiente mais gelado.
- E os ensaios com a marca de roupas? Como andam as coisas? - Me sentei no banco de frente para a ilha.
- Bem, fizemos algumas fotos. Por ser modelo de passarela e iniciante fica difícil para mim fazer aquelas poses e tudo mais.
- Tenho certeza de que as fotos saíram ótimas! - Ally apenas sorri e as suas bochechas ganham uma coloração avermelhada.
Simplesmente adorável!
Eu não resisto e caminho até a loira, me posicionando no meio de suas pernas. Seus olhos castanhos se dividiam entre os meus olhos e meus lábios. Não resisto e seguro seu rosto entre minhas mãos, selando nossos lábios em um beijo cheio de desejo.
Suas mãos percorrem por todo o meu corpo, sinto o meio de minhas pernas pulsar quando ela aperta os meus seios por dentro de minha camiseta.
- Posso tirar isso? - Pergunta a de olhos castanhos segurando na barra de minha camiseta.
- Sim! - A ajudo e logo conecto nossos lábios mais uma vez. - Muita roupa. - Sussurro abrindo o botão de seu jeans.
Seguro em sua cintura e impulsiono para cima, a fazendo se sentar na ilha da cozinha. Seu moletom é arrancado com certa pressa, suas pernas se entrelaçam em minha cintura e suas mãos puxavam os cabelos da minha nuca.
- Preciso de você dentro de mim. - Ally sussurra e morde o meu lábio inferior com certa força.
[...]
Ally dormia de bruços ao meu lado na cama, suas mãos estavam debaixo do travesseiro, os fios loiros esparramados no mesmo e apenas um lençol branco cobria pequena parte de sua nudez.
Seu corpo é perfeito, tudo nela era perfeito. Até mesmo aquela cicatriz em sua coluna, que foi colocada ali de uma maneira trágica e cruel. Deixei meus dedos passearem pelo local que trazia lembranças tristes a minha loira.
Solto um suspiro e deixo um beijinho carinhoso no local, ela se remexe mas logo volta para o seu sono tranquilo.
Me lembro do nosso último fim de semana juntas, da loira chorando no meio da noite, seu desespero, a sua angústia e de seus olhos castanhos sem vida.
Queria tanto poder cuidar de suas feridas, estar ao seu lado todas as noites, poder mimá-la sempre e dar todo o amor que ela merece.
É com esses pensamentos que decido pedir Ally em namoro, estamos a meses juntas, eu quero tê-la para mim, poder chamá-la de amor e apresentá-los como minha namorada.
Deixo um beijo em sua testa e me entrego ao sono.
[...]
Acordo com Grace lambendo o meu pé, olho para o lado mas Ally não está, lá fora já está escuro e apenas a luz da rua ilumina o meu quarto.
- Pare com isso, Grace. - Repreendo a cadela, sentindo cócegas em meu pé.
Prendo o cabelo, visto uma calcinha limpa, pego uma camiseta e um short em meu closet.
Assim que chego na cozinha, Ally está tentando pegar uma vasilha na parte alta do armário. Me aproximo dela por trás, dou uma erguida nos pés e pego a vasilha para a loira, que sorri em agradecimento.
- Por que isso tem que ser tão alto?! - Diz com um bico fofo nos lábios.
- Você que é baixinha. - Brinco dando um selinho em seus lábios.
- Você teve que erguer os pés que eu vi! - Aponta o dedo em minha cara em acusação.
- Fui pega. O que você fez que está cheirando tão bom?
Ally sorri, deixando minhas pernas bambas, seu cabelo está preso em um coque frouxo, uma blusa social minha tampa quase metade de suas coxas, já que sou um pouco maior que ela e seus pés estão descalços, dando destaque a uma tornozeleira prata.
- Macarronada com molho de tomate e almôndegas!
Minha boca chegou a salivar, só não sei se foi pela visão das pernas torneadas e nuas de Ally ou pela macarronada.
Jantamos em um clima agradável, Ally me contou mais detalhes sobre as fotos que estava fazendo para a loja, a sua felicidade era nítida e isso de certa forma alegrava o meu coração.
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The Prostitute
Fanfic🔼Ally é uma jovem que sempre teve o sonho de ser modelo. Depois de entrar em uma das melhores agências de moda da Inglaterra, Ally tem que se submeter a muitas coisas para pagar os tratamentos de sua mãe, que sofre com os pesadelos do passado. 🔼La...