Para mim parecia um tanto ruim o fato de não ter nenhuma mensagem em minha caixa de entrada ou redes sociais. Mas nada que me fisesse muito infeliz ou depressiva, não como aos sábados a noite.
Era sempre a mesma dor interna por não ter ninguém. Enquanto meus poucos amigos estavam se divertindo,eu era a única solteira do campus inteiro. O quão patética eu era para esse titulo incrível de " a órfã que nunca namorou ".
Sim,era um apelido bem específico.
Admito,era extremamente difícil me sustentar e estudar ao mesmo tempo,e as reações alheias eram sempre as mesmas, pena e incredulidade.
Mas,algo que me encomodava,que não era comum. Era a solidão, depois de certa idade,a carência era constante. Mas depois de conhecer James,a carência por afeto só piorou drasticamente.
A aparição do meu ex quase namorado,tinha acabado com a minha instabilidade naqueles dias seguintes.
Eu corri assim que as portas do trem se abriram e o deixei plantado com o sorisso perigoso e lindo de sempre.
Torsi muitas vezes para que ele não aparecesse do nada em lugares dos quais eu frequentava.
James notou minha inquietação aquela noite no Jardim,e se dirigiu á mim enquanto plantava algumas mudas nos fundos da cantina.- está meio estranha hoje. Aconteceu algo?.
Eu sentia minha pele gelada pelo sereno fino que cobria o céu extremamente escuro daquela noite que acabara de começar. Minhas mãos se esforçavam para fazer o trabalho com as mudas e a terra adubada.
Meus olhos ardiam um pouco também, mas senti uma temperatura diferente e mais alta quando ouvi a voz dele se aproximando mais dos meus ouvidos.- sabe que pode me contar oque quiser. - ele ficou colado comigo sorrindo doce - não sabe?
praquejei mentalmente milhares de vezes antes de me atrever a olhar para ele.
- estou bem.
Sorri como pude e voltei a acabar de colocar a muda no lugarzinho feito minutos atrás.
Senti uma medeixa de meu cabelo cair para frente dos meus olhos,e ia o por no lugar novamente, mas antes senti os dedos gelados de James fazendo isso por mim. Colocou os fios pouco enrolados para trás da minha orelha,que se encontrava fervendo como o meu rosto.
Levantei meu olhar até ele, e me vidrei nos olhos bonitos por certos segundos.- você está vermelha como um morango querida. - ele sorriu aberto - é algo novo pra mim.
Sim, foi brega. Bem brega, sério? Como um morango?. Quantos filmes clichês você viu garoto.
Mas, de alguma forma. Eu faria de tudo e mais um pouco,para ouvir aquilo denovo. Parecia que tinha ganhado na loteria,pois meus lábios destacaram em um sorriso que eu nem sequer havia dado por vontade própria.
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○ Spring Love ○
Short StoryNem sempre estive sozinha, minha mãe era uma florista incrível e o seu amor pelas flores em geral me fez uma criança alegre. Sua presença sempre me fez bem,até o dia em ela se foi. Os anos se passaram, eu venci e deletei todas as grandes l...