○eight○

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   Suspirei rendida e sorri mínimo,vendo o garoto se sentar ao meu  lado.

- eu sou grata por isso.

  Disse minima

- por que está  fugindo  de mim? - o mais alto balançou  os cabelos incrivelmente hidratados  para cabelos tingidos. Com uma das  mãos   repletas  de anéis de prata. - não  pensei que tivesse te feito  tão  mal.

   Ele deu um sorriso  amargo,baixando a cabeça minimamente.

- E não  fez Travis, mas as coisas nunca foram  fáceis assim. - suspiro  de olhos fechados - sinto muito  por ter fugido.

  Ele riu

- tudo  bem pequena.

- por que eu fujo de tudo que eu sinto? - solto em voz baixa. - talvez  eu nunca encontre  ninguém.

- não  seja boba Emily, você  só tem que parar de achar que sentir algo vai te deixar  mais fraca.  - ele tocou nos meus ombros minimamente - você  tem que aprender  a confiar no que sente.

Dois dias depois

  Amor,era algo que eu optava por não  sentir. Mas não  era como se eu tivesse  essa escolha.
   Desde a morte da minha mãe,as coisas pareciam  um pouco  menos coloridas. E os sentimentos  não  eram mais tão  importantes  pra mim. Pois,eu tinha  a certeza  que nenhum sentimento  que eu nutrisse por qualquer  outra pessoa seria tão  grande e forte  quanto o amor que sentia  por minha mãe.
     E desde  então,garotos,por mais bonitos  que fossem. Me assustavam quando  chegavam  perto demais.
   Eu desvaneava sobre como acabei  deixando com que Travis passasse um tempo no meu apartamento depois daquela  noite. Conversamos,não  sobre  nós, mas  sobre  todo o resto em si.
     Aparentemente, ele não  tinha moradia fixa na cidade. E estava  se ospedando em hotéis  de péssima  qualidade. E o mínimo  que eu poderia fazer era ceder um colchão  no chão  da minha sala minúscula.
      Naquele  fim de semana,eu e Travis rimos e lembramos  de nossa pré-adolescência  agitada, as corridas e traquinagens pelos corredores  do orfanato na Cidade  vizinha. Vimos  filmes  e mantivemos distância  adequada  para dois amigos. Oque me aliviou muito
     Era uma manhã  de segunda,quando eu já estava na biblioteca  as seis horas  em ponto. Checando os livros que não  haviam  sido  devolvidos  no tempo exigido,e escrevendo  e-mails educados de lembrete  para alguns  alunos fixos que frequentavam  a biblioteca.
      James não  havia me mandando  nenhuma  mensagem,e eu nem sequer  havia o visto  nesse meio tempo. E apesar de ficar dois dias inteiros  sem fazer  nada,e com tempo de sobra pata refletir  sobre oque sentia de forma  atenciosa. Não  o fiz. E acabei adiando a minha realidade de forma  desastrosa.
     E foi  ai, que decidi  por tudo que Travis me disse em prática. Eu liguei para Ele,com os dedos tremendo e o coração  sendo ouvido  por mim mesma de forma descompassada. E assim que ouvi  sua voz do outro  lado da linha,abri meus olhos que se apertavam  e disse mínima.

- podemos conversar  por favor?.

  Após  o silêncio por dois segundos,  que mais me pareciam horas. Ele acentiu e pediu para que eu o esperasse na saida do último  período.

    Ao terminar o diálogo  minúsculo,soltei ar dos meus pulmões que ardiam em ansiedade. Me sentei atrás  do balcão  e fechei os olhos minimamente,quando recebo uma mensagem  de texto  de Jess.

De: jesse miler
Para:você

Ei ! Eu estou  namorando. Acho que não  sairei da cidade  tão  cedo💓.

De: você
Para: jesse miler

Fico feliz por você 💓.

   Sorri pequeno,imaginando que tipo de sujeito ela havia arranjado  nessas duas semanas que morou aqui. E fiquei imensamente  feliz,por esse indivíduo  a manter  ocupada o suficiente  para me deixar  trabalhar  e estudar em paz.
   Assim que ouvi o sinal soar,anunciando  a minha  primeira aula do dia. Me apressei  em entregar  as chaves da biblioteca  para senhora joe e correr  apressada  até  minha  sala de cálculos.  Carregava  em meus braços meu caderno  da matéria  e um estojo  de borboletas  azuis.
    Ao me sentar  em uma das  carteiras  mais reservadas,o prefessor já executava a chamada de presença. E,felizmente,meu nome não  havia sido chamado.

- Emily Vaiola Miler.

A voz grave  do senhor  de aproximadamente setenta e poucos anos soou estridente.

- presente.

   Ao chegar  na metade da aula, e ter ido a mesa do professor  pela sétima  vez. Por conta dos exercícios e cálculos, que por um milagre,eu havia sim, entendido.
E apesar de ter dado tudo  de mim e ter feito os calculos com carinho e atenção.  Sempre havia algo errado. Mesmo que eu fosse a única  aluna  que estava  sendo indagada pelo  superior.  Pois todos entregaram  sem nenhuma interrupção  do mesmo. Apenas  eu estava sendo perfeitamente  corrigida,para que até  mesmo os pontos  e entre linhas estivessem  em seus devidos lugares.
     E após  me sentar, ao lado de algumas colegas  próximas.  Meus olhos começaram  a inundar  sem minha permição.  E aquela foi uma das únicas  vezes em que eu realmente  queria parar de chorar e queria muito que aquilo parasse.
     Tentei de tudo,esfregando  as têmporas,respirando  fundo,enxugando com força  com olhos e me concentrando  em parar. Mas por dois segundos,tudo  desabou  em cima de mim, todos  os problemas  e sentimentos, tudo.  E minha folha  estava repleta de gotas que foram secas,mas deixaram  marcas que secariam logo. 

     Por um  minuto,as lágrimas  tinha sessado e eu havia feito oque o professor  mandara. Me levantei  e levei  ambas folhas cheias  de letras e números  até  sua mesa, parando  ao seu lado.
   E  assim que me olhou de relance,com certeza,pode ver meu rosto  vermelho e meus olhos marejados querendo  desabar  novamente junto de meus lábios  cerrados e uma tentativa  de parar  desesperadamente.

- oque aconteceu? - ele perguntou gentil, de forma  amigável. - está  bem?.

  E  um soluço  rude foi  segurado por uma de minhas palmas,quando a crise  havia voltado. Me virei para frente  do quadro, tentando mais que nunca  reter o choro agressivo  que me tirava o ar.

-  vá  lavar o rosto e respirar. 

Disse sorrindo amigável e bem preocupado.

Ele havia dado aulas aos meus pais. 

   Assim que corri até  o banheiro vazio, desabei. E solucei alto, me sentei no chão  frio , abracei  os joelhos e escondi meu rosto  dente  os mesmos. Chorando por alguns minutos.  Até  ouvir  o sinal da segunda  aula soar. Enxerguei  meu rosto  após  lava-lo  e corri  até a sala. Pegando meus matériais e ouvindo o mais  velho se dirigir a mim preocupado.

- oque aconteceu? - neguei  sorrindo minima. - problemas?

Acenti com a cabeça,me despedindo dele.

   E desabando de novo.


○ Spring Love ○Onde histórias criam vida. Descubra agora