4° Castiel se apresenta.

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Em algum lugar;
Por Jane.

                 Algo arrepiava o meu corpo como uma onda de eletricidade, tateei o que parecia ser uma cama procurando algo para cobrir meu corpo do frio, mas não encontrei nada. Subi as pálpebras que tanto pesavam, com minhas vistas embaçadas, o máximo que pude fazer foi esfregar os olhos de sono. Não lembro de nada, muito menos de ter deitado para dormir, e meu corpo estava tão pesado que mais parecia uma ressaca.
                 Novamente abro os olhos agora enxergando um teto totalmente diferente do que estava habituado, a luz estava acesa e então corri os olhos para o restante do quarto, com o coração à galope. Não lembrava de nada, e acordar em um local totalmente diferente, para mim é preocupante, e nem consigo imaginar o que explicaria isso.
                Encontrei na minha análise um guarda roupa antigo, de madeira cor marrom. Uma poltrona na cor azul que se encontrava ao lado de uma porta de ferro, um material mais reforçado. Havia outra porta no interior do quarto, que julgo que possa ser o banheiro. Tento sair da cama, que nem travesseiro tinha, afim de ter esperanças de encontrar um espelho naquele banheiro e, se Deus quiser, água limpa.
                  Com todo cuidado do mundo, pela tontura que me atingira, levanto-me à passos descalços e lentos, alcanço a maçaneta que destrancando a mesma encontro um banheiro do mesmo tipo simples do estilo do quarto, uma privada comum, um chuveiro, um espelho de tamanho médio na parede ao lado da porta e abaixo dele havia uma pequena pia.
                O lugar onde eu estava parecia ser modesto, havia apenas o necessário. Onde eu poderia estar? E com quem?
                Joguei uma água no rosto, e dei graças por poder fazer isso, pois deu uma melhorada na minha aparência abatida e pálida. Meu cabelo e minhas roupas estavam normais, e tinha achado minhas botas ao lado da cama.
                E agora me encontro tentando seguir com minha próxima tarefa, mas não estava indo bem nisso. Encarei a porta fechada por minutos que não contei, ansiosa com o fato de ela poder estar trancada, e de encarar o fato de que poderia ter sido sequestrada, e que provavelmente havia sido dopada, por isso não lembro de nada, e estava presa num lugar desconhecido.
Entretanto, não vou ter minhas respostas aqui sentada nesta cama, como uma covarde, a covarde que sempre fui.
                  Segui até a porta, olhando-a cautelosamente, girei a maçaneta duas vezes, só que mais forte, parecia ser sim uma porta reforçada, e então a ouvi destrancar. Meu peito se encheu de felicidade, mas algo me dizia para não comemorar antes do tempo, então continuei a tarefa. Puxei a porta que era pesada, abri o suficiente para meu corpo poder passar, fazendo um barulho um tanto irritante sair pelas dobradiças enferrujadas. Meu coração bateu mais forte.
                 Engoli seco e continuei os passos, assim que encontrei um corredor, com algumas portas parecidas com a do quarto em que estava, não parecia ser uma casa normal, devia ser um casarão, ou algo parecido. Saindo do extenso corredor, encontro dois lances de escada, que me levaram a um outro corredor, só que este era mais curto, que dividia dois caminhos e outro corredor. A primeira sala que encontrei parecia ser uma cozinha, e olhando bem era mesmo, com uma mesa normal, com seis cadeiras, uma geladeira velha, mas que pelo o seu barulho de refrigeração parecia estar funcionando bem. Uma pia pequena, um balcão com alguns aparelhos modernos, como uma torradeira, liquidificador, entre outras coisas que não me dei tempo de identificar de longe.
                Decidi descobrir o que haveria a frente, e a luz acesa me fez estancar os passos. Podia ter alguém ali, e essa pessoa poderia fazer o que quiser comigo. Quer dizer... Eu não sei por que estou aqui, muito menos como cheguei. Devo esperar o pior e rezar pelo o melhor.
                 Dei mais dois passos agora vendo que o ambiente era bem maior do que pensei ser mais uma simples sala, dando de cara com uma estante enorme de livros, e poeira. Havia outra estante mais à frente, mas em outra parede, e ao lado, havia dois degraus e logo mais à frente duas mesas, uma ao lado da outra. Tinha mais móveis por ali, que davam um olhar mais e sofisticado ao lugar, uma decoração antiquada, entretanto elegante, mas não me dei ao trabalho de admirar mais, tendo em vista que encontrei dois homens ocupando uma das mesas.
                 Meu corpo entrou em alerta, meus músculos ficaram rígidos e a respiração falha, eu não saberia me defender se algo acontecesse, então a coragem de descobrir o que me acontecera simplesmente sumiu.

A Casca Perfeita | SOBRENATURALOnde histórias criam vida. Descubra agora