9° De volta à estrada

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Downs, Kansas, EUA; 19:30 AM;
Por Jane:

                      Sam me segurou pela cintura, me ajudando a sair da maca. Dean agradecia a enfermeira, que se insinuava para ele com seu corpo curvilíneo. Sam chamou sua atenção quando estávamos saindo do quarto, e ele então nos seguiu.
                     Castiel estava ao lado do Impala quando chegamos ao estacionamento. Ele sorriu abertamente para mim.

— Sinto muito, deve estar sentindo dor – eu acenei negativo.

— Estou melhor – ele assentiu, agora olhando para os meninos.

— Vamos voltar para o Banker? – Sam entregou as chaves para Dean.

— Antes vamos passar num mercado – Dean se adianta indo para o carro. Castiel abre a porta de trás e Sam me ajuda a sentar no banco. Fico entre Sam e Castiel, me sentindo uma criança.

— Então, Castiel, por que seu poder de cura não funcionou em mim? – eu me virei para ele, e ele suspirou.

— Creio que tenha haver com você também ser uma criatura sobrenatural. – Eu arregalei meus olhos para seu rosto.

— Criatura sobrenatural?

— Querendo ou não, o fato de você ser uma casca poderosa, te coloca nessa categoria...

— Será que ela pode fazer algo também? Digo, um tipo de poder... Sei lá, essas bruxaria que tu faz! – Dean questiona.

— Mas eu não faço bruxaria – Castiel franzio o cenho.

— Você entendeu o que eu quis dizer! – Sam riu.

— Bom, eu ouvi alguma vezes meus irmãos falarem sobre isso. É muito cedo ainda para acontecer, mas talvez ela desenvolva telecinese.

— E o que é isso? – Dean pergunta, nos olhando pelo o retrovisor.

— O poder de mover as coisas com a mente – o carro ficou em silêncio. Meu coração bateu forte com a possibilidade.

— Isso é incrível! – Sam interage comigo, e eu consigo assentir.

— Mas como eu disse, ainda é muito cedo. Porém, esse era o poder das duas primeiras cascas, talvez seja seu caso também.

— Eu sou mais estranha que pensei... – Sam gargalha, e para minha surpresa, Dean também.

— Eu entendo isso, já tive poderes estranhos também. – Sam argumentou, me deixando surpresa. — Para se sentir melhor com isso, basta imaginar que você é uma paranormal como os que existem por aí. Videntes, bruxas...

— Bruxas existem? – perguntei, levemente assustada.

— Você não sabe nem da metade, menina... – Dean comenta.

— O fato é que teremos tempo para pesquisar sobre tudo isso. – Castiel volta a falar. — Os demônios não sabem que você está com a gente, e aqueles da cabana não sabiam nada sobre você. Então não se preocupe.

— Aliás, como conseguiram deter aqueles... demônios? Eu apaguei então eu não vi nada – me virei para Sam novamente.

— Dean conseguiu escapar – observei o outro que dirigia. Seus olhos encontraram os meus pelo o espelho retrovisor, um leve arrepio se passou por mim. — Ele me ajudou a escapar também, então recuperamos nossas facas mata-demônios. Não foi bonito, mas deu certo.

— Não importa o quão difícil pareça, nós sempre damos um jeito, então não precisa ter medo, tudo bem? – Dean completa a fala do seu irmão, me encarando novamente. Eu apenas assenti calada.

A Casca Perfeita | SOBRENATURALOnde histórias criam vida. Descubra agora