6° É tudo verdade!

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Em algum lugar;
Por Jane.

                 Sam teclava em seu notebook já há bastante tempo, dizia estar ajudando o irmão que partiu para uma "caçada", buscava informações sobre o caso que ele resolvia e passava para o mesmo via celular. Eu não entendi nada do que me disse, mas o que me alertou foi saber que temos sinal para internet e operadoras.
                Fiquei acompanhada da presença de Sam desde que acordei. Tomamos café juntos e agora aguardávamos o seu irmão voltar com o nosso almoço, assim que terminasse com sua "caçada". Eu estava lendo um livro que falava sobre uma filosofia oriental, não dava muita importância, por mais que eu pudesse achar interessante, não conseguia raciocinar sobre o que lia. Tudo o que me acontecera nos últimos dias se passava repetidas vezes na minha mente.
Tudo o que ouvi dos três não parecia ensaiado, ou inventado por maldade, como se quisessem me iludir com as histórias e me pregarem uma peça. Não parecia ser isso. Mas, tinha algo por trás de tudo isso, e eu pretendo descobrir, e algo me diz que não demorará muito para desmascarar esses belos rapazes.
                E como quem previa o futuro, se passava das duas da tarde quando um estrondo foi ouvido no topo da escada. A porta foi escancarada com brutalidade, e passando por ela, um Dean ensanguentado tropeçava na escada tentando descer. Sam que estava totalmente concentrado no que lia, pulou da cadeira indo até o mais velho, o ajudando a sentar-se numa poltrona do outro lado da sala.

— O que aconteceu com você? – Sam se exaltou ao ver o irmão cuspir um pouco de sangue. — Jane, por favor, trás a caixa de primeiros socorros no armário de cima, lá na cozinha!

Corri atordoada até a cômodo, fazendo tudo automaticamente. Confesso que também fiquei em estado de alerta com as condições que ele estava. Ajudei Sam a cuidar de alguns ferimentos, e de limpar o que parecia ser um corte profundo no abdômen do rapaz que vezes gemia de dor quando encostávamos na ferida aberta.

— O que aconteceu com ele? – me assustei com a voz próxima de mim, virei-me de supetão, notando Castiel ali parado analisando o corpo de Dean machucado. Eu nem o vi chegar, muito menos a porta barulhenta rangir.

— Ele ainda não conseguiu responder, pode ajudá-lo? – Sam respondeu, quase gritando.

                Eu até entendo a dor de ver o próprio irmão tão machucado assim, mas o que Castiel poderia fazer que já não estivéssemos fazendo no momento?
                   O moreno de sobretudo apenas se aproximou sem tirar os olhos de Dean. Vi ele fazer o mesmo que fez comigo ontem, levantou sua mão, e com uma expressão bastante concentrada tocou o meio da testa do rapaz com dois dedos.
                  Em, literamente, um piscar de olhos, Dean estava com o corpo totalmente limpo, e sem vestígios de sequer um arranhão. Sua respiração estava normalizada assim como sua expressão que antes exalava dor e agonia.
Nosso, não mais, paciente se ajeitou na poltrona, se livrando da primeira camada de blusa do corpo, que apenas estava melada de sangue e de um pouco de terra.

— Como assim? O que aconteceu aqui? Você estava... Como...? – Me exaltei, aproximando-me de Dean e apertando os lugares que antes estavam críticos. Ele não podia estar totalmente curado dos machucados em questão de segundos, aliás em um segundo, como se fosse milagre.

— Para com isso – tirou minhas mãos do seu espaço pessoal.

— É uma das habilidades de anjo do Castiel. Ele consegue curar qualquer ferimento. – Sam explicou, parecendo mais calmo e sorridente, pegando uma cadeira e sentando ao lado de Dean.

A Casca Perfeita | SOBRENATURALOnde histórias criam vida. Descubra agora