12. Leilão.

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A lista de nomes para o leilão crescia cada dia mais e os nomes mais requisitado para participação eram de Antony, Daniel, Ricardo e ninguém menos que Gael. A escola inteira parecia participar por conta deles e quem não se inscrevia, perguntava deles.

Os meninos estavam aceitando participar "por uma boa causa" — diziam eles. Eu ainda tentava constantemente convence-lo a participar e me ajudar, mesmo que falasse para todas as garotas (e alguns garotos) que ele iria estar presente e seria um dos cobiçados a disputa.

Por fim, chegou o grande dia do leilão, e as pessoas responsáveis pela organização e decoração, buffet, limpeza, música e arte estavam correndo para finalizar tudo antes do horário que havia sido marcado.

Eu não estava diferente: estava organizando as plaquinhas com nomes das pessoas que participariam do leilão — um total de 10 pessoas. Nem todo mundo quis participar, pois era cobrado a taxa de inscrição de R$100,00 por participação, mas pelo menos seria menos dinheiro gasto das arrecadações.

Quando terminamos tudo, os alunos começaram a chegar e aproveitei a oportunidade para retocar minha maquiagem, ajeitar o vestido e respirar fundo, pois eu iria apresentar o leilão!

Eu usava um vestido Skazi branco de frente única até a metade das coxas. Ele fazia um laço em frente ao pescoço, dispensando uso de colares. Meu cabelo estava dividido ao meio, e liso escorrido atrás das orelhas, e brincos de argola completavam meu look junto com uma Jimmy Choo com uma pérola em cima dos dedos.

Voltei para o ginásio de esportes e muitas pessoas já estavam me aguardando na mesa do leilão. Entreguei a placa para alguns candidatos que já haviam chego, que eram cinco garotas e cinco garotos. E entreguei a placa de "comprei" para as pessoas que iam dar os seus lances e uma folha de regras que eu havia produzido junto com Sue.

— Lembrando que só serão válidos lances autorizados pelos pais em cima do valor de mensalidade da escola, ok? — avisei cada um que pegava uma das plaquinhas.

— Ei, organizadora — olhei para trás encontrando Gael.

Como sempre ele estava perfeito. Camisa branca, calças pretas, botas e jaqueta de couro. O cabelo muito bem alinhado e lápis de olho. Agora tinha uma novidade: um piercing na cartilagem da orelha e um brinco de cruz. Quando ele tinha furado a orelha?

— Pode me dar minha plaquinha? — pediu e eu apenas sorri.

— Obrigada por fazer isso, é muito importante para a caridade — agradeci prendendo a placa em sua camisa branca. Por mais que eu tivesse pagado a inscrição dele, ainda assim me sentia agradecida.

— Tenho quase certeza de que não irá dar muito dinheiro — ele deu de ombros organizando a roupa depois que voltei a me sentar. — Mas vale a tentativa.

Depois de 1h, quando o ginásio já estava consideravelmente cheio, pedi para que alguém me substituísse na mesa para que eu desse início às boas vindas. Peguei um dos microfones e subi no palco improvisado.

— Olá, alunos do Paulo da Cunha! — falei recebendo vários gritos de volta. — Sejam muito bem-vindos ao nosso leilão beneficente! Todos os valores que forem arrecadados, serão destinados ao lar de acolhimento de crianças carentes. O que estão achando até agora?

Mais gritos puderam ser ouvidos e tentei dar uma descontraída com as pessoas sobre a comida estar uma delícia e coisas do tipo.

— Vamos lá, agora falando sobre o leilão: varia no valor de R$50,00 à R$1.000,00. Esses foram os valores autorizados pelos seus pais e então depositados a quantia para a escola, lembrando do valor de mensalidade; isso está escrito no papel que eu entreguei para vocês: tem seu nome, com as informações necessárias para que você saiba o quanto pode gastar e claro, ser estrategista. Se houver um empate, teremos que fazer dois encontros, ou três, quem sabe? — alguns riram e eu pigarreei. — Agora vou apresentar os leiloados, começando pelas meninas!

Declínios de Uma Adolescente Rica [COMPLETA]Onde histórias criam vida. Descubra agora