x Recomendo lerem esse capítulo ouvindo a música da mídia. x
A mulher cantarolava juntamente com a música, batendo seus dedos de maneira leve sobre o volante.
Resolveu checar sua maquiagem pelo retrovisor interno do carro, quando seus olhos cruzaram com os do homem amordaçado e amarrado que estava sentado no banco de trás.
-Por que está tão assustado, amorzinho? Não há nada de errado acontecendo.
A cada palavra, o empresário tentava gritar ainda mais.
-Ei, fique quieto, quero ouvir o rádio!
Os dedos da motorista se direcionaram ao botão de volume do aparelho e, delicadamente, as vozes foram saindo ainda mais altas pelos alto-falantes.
"Pois é, querida Flórida, parece que ainda não podemos sossegar: segundo informações vindas diretamente do Departamento de Polícia, um quarto corpo foi encontrado com os mesmos sinais dos anteriores.
A vítima era um advogado de quarenta e três anos, chamado Christopher Branford.
O delegado Parsons, responsável pelos casos, nos disse em entrevista exclusiva que está trabalhando dia e noite para chegar até o assassino, ou melhor, a assassina. Por isso, fiquem seguros essa noite e fechem todas as suas janelas e portas: nossa cidade está sendo tomada pela famosa Miss Jackson e é provável que não nos livremos dela tão cedo."Com um sorriso malicioso no rosto, a mulher olhou novamente para o homem pelo retrovisor.
-O que você achou dessa descrição? Eu particularmente adorei! É exatamente disso que preciso: que todos sintam medo de mim, mesmo que não sejam meus alvos; afinal, eu tenho uma lista pra seguir e, felizmente, o seu nome está nela.
Mais uma vez o homem urrou de medo, enquanto lágrimas rolavam por sua face pálida. Ela só conseguia rir daquela cena.
Depois de alguns minutos, o carro foi perdendo a velocidade até ser completamente estacionando em um beco escuro e sem saída.
A mulher desceu do carro e contornou o mesmo, ajeitando os botões de seu sobretudo e tomando cuidado quando pisava nas pequenas poças de água formadas pela chuva que caíra na outra noite.
Ainda cantarolando, ela abriu a porta traseira e fez com que sua vítima se levantasse.
-Agora eu irei te desamarrar para nos divertirmos um pouco, mas nem pense em fazer alguma besteira. Você sabe muito bem o que tenho preso à minha cintura e também sabe como irei usá-lo no final da nossa partida.
O homem não respondia nada, apenas acenava com a sua cabeça enquanto sentia o aperto em seus pulsos começar a diminuir.
-Ótimo. Agora entre no galpão.
Ele seguiu as ordens e, logo, ambos estavam dentro do enorme lugar, onde tudo o que existia era uma grande mesa de sinuca no centro.
-Fiz algumas pesquisas e acabei descobrindo que você gosta muito de jogar, certo?
O empresário acenou com a cabeça, suas mãos tremiam como nunca.
-Oh, finalmente o Google me serviu de alguma coisa. Pegue seu taco, vamos nos divertir um pouco.
Os dois passaram um bom tempo jogando. O homem já estava um tanto quanto confortável, como se tivesse esquecido o fim trágico que tudo aquilo teria.
-Quer saber? Eu não gosto muito de silêncio.
Ela deixou o taco sobre a mesa e foi até o rádio, o ligando em seguida. Logo o lugar foi preenchido pelo ritmo do sucesso do momento, que era como uma homenagem de uma banda muito conhecida à Miss Jackson.
-Escute isso, é a minha música! Literalmente.
A mulher se limitou a rir um pouco e, então, se dirigiu até o homem novamente.
-Sei como ter um pano na boca deve ser frustrante, então vou aliviar um pouco a sua situação.
Com facilidade, ela soltou a mordaça que estava na boca do homem. O mesmo apenas respirou fundo e limpou um pouco de saliva que escorria pelo seu rosto, enquanto apoiava todo o peso de seu corpo sobre a mesa de sinuca.
-Agora... Onde estávamos mesmo? Oh, me lembrei!
Com rapidez, ela retirou a seringa de dentro do bolso de seu casaco e a encravou na mão do empresário ao seu lado, aplicando o líquido paralisante em sua corrente sanguínea.
De pouco em pouco, ele foi perdendo as forças de seu próprio corpo, até, enfim, cair no chão.
Ao ver a cena deplorável, ela apenas sorriu vitoriosa.-Muito bem, espero que tenha gostado dos seus últimos momentos aqui neste planeta.
A assassina levou sua mão direita até a sua cintura, tirando de lá um revólver.
Com toda a paciência do mundo, ela colocou as balas nos lugares devidos e, por fim, apontou a mesma para a vítima.-Alguma última palavra antes de eu terminar meu trabalho?
-Por... Que você fez... Isso comigo? - Ele disse com dificuldade, sentindo os músculos de sua face paralisando um a um.
-Queima de arquivo.
E então, tudo o que se foi ouvido naquele galpão foram os sons dos sete tiros e a última nota da música que ainda tocava ao fundo.
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Espero que gostem desse segundo livro!
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Miss Jackson - Madness
Teen FictionVocê acha que eu sou psicopata, você acha que eu fui embora para sempre, Melhor dizer ao psiquiatra que algo está errado. Insana, completamente doida, Você gosta mais quando estou fora de mim mesma. Espere, deixe-me te contar um segredo: eu estou a...