Saímos correndo pelas ruas californianas e entramos no primeiro táxi que vimos pela frente, pedindo para que o motorista nos levasse até a delegacia daquela parte da cidade.
Após uns dez minutos dentro do carro, finalmente chegamos ao nosso destino. Deixei o dinheiro que pagaria a nossa viagem nas mãos do motorista e, depois de muito nos organizarmos, conseguimos sair do automóvel com todas as nossas folhas e cartolinas.
-Quem é o delegado responsável por este lugar? É urgente! - Josh gritou ao entrarmos na delegacia, sua respiração estava ofegante por ter corrido há poucos minutos.
-Joshua e Patrice, que alegria vê-los por aqui!
-Parsons? O que está fazendo aqui?
-Trabalhando no caso Miss Jackson, Patrice. Parece que você tinha razão.
-Eu o avisei que, se você a deixasse escapar, logo teria uma pilha de casos de homicídio sobre a sua mesa. Agora acredita no que eu falo?
-Todas as pistas me fazem acreditar.
-Ótimo. Mas, me diga, o que o caso Miss Jackson tem a ver com a Califórnia?
-Não posso te contar, garotinha. Segredo de profissão.
-Você está brincando, não é? Eu sou a filha da assassina!
O tom de voz alto que usei para pronunciar a última frase não foi bem escolhido, pois logo todos que andavam pelo local estavam me olhando.
-O que acham de irmos até o escritório no final do corredor? Assim vocês conhecerão o delegado responsável por tudo isto aqui e poderemos conversar em paz. - Parsons sugeriu, mantendo o tom de voz baixo, quase como um sussurro.
-Claro.
Seguimos o homem por aqueles corredores que nada diferiam dos que rodeavam a delegacia da Flórida.
Ao chegarmos no final do mesmo, entramos em uma pequena sala com várias lousas brancas, fotos de vítimas e cenas de crime, além de algumas informações adicionais.
-Parsons, finalmente. Acabamos de encontrar onde a nossa possível vítima foi vista pela última vez e... Quem são esses? - Um homem rechonchudo vestindo um terno cinza perguntou, com um ar desconfiado.
-Jones, esses são Joshua Melbourne e Patrice Claire Jackson.
-Céus, vocês são...?
-Filhos de assassinos cruéis? Isso mesmo, acertou em cheio. Olha, a gente já perdeu muito tempo, podemos, por favor, mostrar todas as provas que reunimos? - Josh perguntou, um pouco alterado. Ele parecia estar a beira de um ataque cardíaco.
-Vocês têm... Provas?
-Sim, Jones, e eles mostraram todas para mim há uns três anos.
-E você não fez nada, Parsons?
-Não era nada concreto, não tinham um motivo aparente. Era como prender uma pessoa inocente, entende?
-Sim, mas agora temos um motivo explicado de vários jeitos para vocês. Podemos mostrar?
Após pensarem um pouco, ambos os delegados responderam à minha pergunta com um sonoro sim.
Josh e eu nos levantamos e espalhamos os nossos esquemas pela sala, explicando cada pequeno detalhe do que escrevemos e respondendo qualquer pergunta que eles faziam para nós.
Ao final de nossa apresentação, Parsons e Jones estavam maravilhados.
Agora eles conseguiam entender tudo e, sem sombra de dúvidas, poderiam prender Madison por tudo o que ela havia feito.-Vocês têm alguma pista do paradeiro dela? - Jones perguntou, olhando todos aqueles textos.
-Eu recebi um bilhete dela, dizendo que ela estava hospedada no mesmo hotel que nós, no quarto 642.
-Ótimo. - O delegado californiano apertou um botão em seu telefone e, ao ouvir uma voz do outro lado da linha, continuou a falar. - Preciso de pelos menos três viaturas. Esperem por mim e por Parsons para podermos definir o trajeto.
-O que a gente pode fazer para ajudar? - Josh perguntou, fazendo com que o delegado parasse no meio do caminho até a porta do escritório.
-Por favor, não se metam nessa parte. É muito perigoso e não podemos arriscar a vida de mais inocentes por causa dessa mulher.
E, sem dizer mais nenhuma palavra, os dois saíram do local.
Melbourne transbordava raiva como eu nunca havia visto antes.
-Eu não acredito que eles nos tiraram da jogada justamente agora!
-Acho que eles ainda não se deram conta de que Madison irá tentar se comunicar comigo antes de fazer qualquer coisa. Sério, quem deixou eles virarem policiais?
-Exatamente. Além disso, eles...
No meio de toda a reclamação de Josh, recebi uma mensagem de texto vinda de um número desconhecido.
Eu e sua pequena preciosidade estamos nos divertindo muito em seu quarto de hotel.
Fala sério, por que Joshua trouxe um vídeo-game nessa viagem? Não faz sentido!Em seguida, recebi outra, dessa vez vinda do número de Olivia.
Patrice, onde você está? Por que não atende o telefone?
Eu não consigo encontrar Daniel em lugar algum! Por favor, me ligue!Então senti uma forte tontura. Eu sentia que poderia cair dura naquele chão a qualquer momento.
-Joshua...
-Que foi, Pattie?
-Madison está com Daniel. Precisamos fazer algo e rápido!
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Miss Jackson - Madness
Novela JuvenilVocê acha que eu sou psicopata, você acha que eu fui embora para sempre, Melhor dizer ao psiquiatra que algo está errado. Insana, completamente doida, Você gosta mais quando estou fora de mim mesma. Espere, deixe-me te contar um segredo: eu estou a...