Quando somos um milagre...

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Chanyeol se movimentou na cama, sentindo falta do calor humano que o acompanhou nesses últimos dias. Céus, ele era tão quentinho, tão aconchegante.

Abriu os olhos devagar, o quarto estava parcialmente escuro, claramente era de dia, mas as cortinas impediam o sol de entrar no cômodo, deixando o ambiente agradável.

O corpo grande se espreguiçou ainda deitado, esticando os braços fortes pela cama e não achando o corpo que tanto queria. Por Deus, aonde estava Baekhyun. E foi com esse pensamento que Chanyeol se sentou na cama de uma forma tão rápida, que se sentiu levemente tonto.

Porra.

Havia passado o cio com Baekhyun. Seu melhor amigo. Caralho, havia fodido com seu melhor amigo, porra!

— Baek? — Chamou não recebendo nenhuma resposta. — Merda! O que eu fiz? — Se perguntou baixinho, sentindo o corpo tremer, quando um flesh dos dois dias passou por sua mente.

O corpinho frágil de seu amigo – que sempre foi muito bonito para um beta –, abaixo de si, ofegante e com o rostinho contorcido em prazer. Os gemidos baixos e tímidos, as bochechas coradas, os cabelos rosados despontados para todos os lados da cama, o interior quente e apertado. Céus, como era apertado!

Saiu de seu transe ao ouvir a porta do banheiro se abrir e de lá sair um ser baixinho, enrolado na cintura uma toalha azul. Era tão lindo. Baekhyun sempre fora lindo, lembrava dele no colégio, podia jurar que era um ômega de tão delicado e bonito que era. Mas não sentia nenhum cheiro característico nele. Apenas sentiu o cheiro de cerejas no pequeno, quando o mesmo pulou em cima de si para lhe bater.

— Chan,? Está acordado a quanto tempo? — A vozinha chegou aos seus ouvidos sensíveis, e se lembrou daquela voz clamando por si, chamando seu nome. Como queria ouvi-la novamente.

— Acabei... De acordar... — Respondeu de forma lenta. — Que horas são?

— Ah... — Baekhyun saiu da porta do banheiro se dirigindo até seu celular que se encontrava na mesa de estudos de Chanyeol, ele andava engraçado. — São... 14h27min.

— Okay... — Se perdeu nas costas brancas expostas a si. — Ah... Baek, eu...

— Tudo bem, Chan. — O menor se apressou em dizer, estava estranho. — Eu sei que o que aconteceu aqui foi um erro, descuido e o caralho a quatro... — A voz era baixa. — Me desculpa, deveria ter chamado Rose.

— Não, não, eu que me desculpo! Deveria ter lhe avisado sobre meu cio, foi um descuido meu!

O pequeno continuou mudo. Apenas acentiu com a cabeça e se abaixou, pegando as roupas que estavam jogadas no chão.

Chanyeol estranhou o comportamento do amigo, tudo bem que estavam em uma situação constrangedora, mas conhecia Baekhyun o suficiente para saber que algo o incomodava.

– Chanyeol. – Levantou a cabeça para encara-lo, os olhos castanhos que outrora atrás estavam violetas o fez se arrepiar. O que caralhos estava acontecendo? – Vou pegar uma blusa sua, Okay?

– Ah, por que? – Não que não fosse normal Baekhyun pegar suas roupas. A questão era que ele nunca pedia, apenas pegava.

– Você... Ah, bem... Você rasgou a minha... – A voz foi se abaixando e o rosto bonito se tornou vermelho. Fofo.

– Ah, tá! — Respondeu levemente constrangido também.

O garoto de cabelos róseos abriu o guarda-roupa do quarto, pegando uma blusa qualquer, seguindo para o banheiro.

— Baek. — Baekhyun parou na entrada do cômodo e olhou para Chanyeol. — Eu machuquei você? — O maior lhe perguntou com o semblante preocupado.

Quando você vai embora...Onde histórias criam vida. Descubra agora