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Naila Maria, 14 anos.
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Bebi mais um gole da minha Ice que desceu rasgando e voltei a rebolar minha tabaca lá no alto.
Baile da Penha é o rançooo.
Sou a típica todos querem mas, só os selecionados tem!
Já sentei pra alguns daqui, só os chefes mesmo.
Conheci a vida fácil quando passei a maior dificuldade da minha vida.
Minha mãe tava devendo em cada canto do morro, e estava sem trabalhar a alguns meses já.
Perdi minha virgindade aos 12 anos, sentei pra um mavambo e ele quitou as dívidas.
Depois disso foi só o luxo, comecei a gostar e conheci uma turma daqui.
Umas meninas e umas bixas, normal ter esse tipo de turma aqui!
Confesso que não tenho amizade de verdade mesmo com nenhuma, tudo é mais coleguinha.
Bê, meu maior e unico problema hoje em dia.
Ele é chefe de uma das bocas daqui, não muita coisa porem tambem não é nada ne?
Nunca rendi pra ele, sempre vem de papinho, me mandando colar num sei onde, porem a gata aqui quer e o papi dele.
Acha que a mona é besta?
Fiquei sabendo pela boca do Marcinho, meu brother daqui, o unico que posso chamar de amigo, que o mavambo é chefe do Vidigal.
Pensa só a Nailinha da Penha a propia dama do vidigal, é o luxoooo!
Desci rebolando ao ouvir Kevin o Crhis, uma das outras musicas dele sem ser "Evoluiu", aquela ai geral ja enjoou.
Se tocar no baile é capaz do povo ir embora puto.
Be: - Cola no UV3. - Sai dos meus pensamentos com sua voz grossa pertin do meu ouvido, neguei rindo é ele colocou a mao na minha cintura me puxando pra ele.
Naila: - Solta ai doido, bagulho não é assim não. - Pedi e ele me olhou confuso.
Be: - Pensei que o bagulho contigo era assim, pega qualquer um. - Perguntou debochado, escroto.
Naila: - Nesse seu "qualquer um" você não faz parte. - Consegui me largar e fui aonde as meninas estavam.
