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Narrador.

Bernardo colocava Heloá na cadeirinha e logo em seguida entrou no carro dando partida, sem Naila.

Ultimamente eles estavam brigando por tudo ou até mesmo por nada, oque muitas vezes se tornava ridiculamente ridículo.

Se passaram 6 meses desde aquele dia, Heloá completava seus 5 meses e 23 dias, quase 6 meses de vida, assim como seu pai que completava seus 20 anos de idade.

A favela estava em festa pelo filho do Rei do Pó e futuro chefe do Vidigal.

O pagode rolava alto no maior barzinho do morro, e a lotação era enorme.

A turma se juntou e começou a jogação como eles dizem, pagode pra lá, pagode pra cá.

A vida de alguns deles mudaram, ou não.

Beto estava fugindo bem mais do que antes, a polícia estava toda na cola dele, porém com a felicidade no peito de saber que o novo herdeiro estava prestes a chegar.

Helena a cada dia ficava mais ansiosa em saber que sua jóia mais preciosa estava pertinho de chegar, com seus 7 meses nas costas era só felicidade.

Os dois ficaram felizes em saber que era um molequinho, poxa, quem não quer né?

O nome? Pedro.

Escolhido pela sua mãe, que fez uma homenagem ao eterno amor da sua vida.

Gaab ou Gaabgol como Bê adorava chama-lo ainda estava nas escondidas com Cara de mal, sofrendo por ele não querer assumi-lo de maneira alguma.

Conselho para largar ele nunca faltou, agora cada qual escolhe oque quer.

Amanda estava solteira, apenas com alguns peguetes aqui e ali, era como ela gostava de viver.

Helena: - Seu pai quer falar com você. - falou para Bernardo que assentiu ligando para o pai.

Gabriel segurava Heloá no colo que sorria com as palhaçadas dele.

A garotinha sempre saia com pai, e parecia gostar pra caramba.

Por não tomar mais leite materno desde seus 3 meses ela se dava bem com basicamente tudo.

Sim, Naila ficou totalmente sem benefícios para dar a filha e o médico recomendou tomar fórmula.

Oque acabou lhe deixando totalmente angústiada e sem vontade de ao menos cuidar da sua filha.

Bernardo sumiu em algumas vielas com a loira que lhe deu mole aquele dia na festa, quem lembra?

Pois é, eles ficaram dias depois e vem ficando até hoje, ela não é emocionada com muitas e acaba sabendo guardar tudo no sigilo.

A mona faz faculdade na pista e mora com os pais no morro, os mesmos não aceitam esse "relacionamento".

No alto do morro, pra ser mais preciso na casa de Bernardo e Naila, ela se arrumava para ir em encontro a filha.

Seu short jeans colado lhe deixou bonita como antigamente, e seu cropped soltinho deu um realce a cor da sua pele.

Sua maquiagem era apenas uma coisa básica e rápida, nada muito exagerado.

Hoje, sexta-feira, lhe deu a doida para curtir e beber todas, ela iria reencontrar as amizades que não via a exatos 4 meses.

Sim, ela não queria sair de casa ao menos para nada, e ficou todo o tempo com Heloá, sem exceção.

Saiu de casa e os olhares para a morena de corpasso que muitos talvez nem conheciam mais eram constantes, a cada passo ela se sentia mais livre, isso era surreal pra ela.

E eu, com a minha opinião falha acho que ela precisava se libertar, chega, não é porque virou mãe que virou presidiária.

Oque vocês acham?

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