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Naila.

Eu tava feliz, era tão bom ver a gente assim, se dando bem.

Confesso que fiquei meio mexida com seu toque, me lembrei logo de como ele era surreal na cama e me levava a loucuras.

Inventei de fazer pipoca e voltei pro quarto vendo ele brincar com Heloá que dava altas gargalhadas.

Sorri vendo a legenda da foto que ele postou, nunca mais ele tinha postado nada comigo, apenas Heloá e a loira água de salsicha.

Bernardo: - Vamo sair preta? - perguntou tirando minha atenção do celular, Heloá já dormia no meio da cama e ele estava se levantando. 

Naila: - E Heloá Bernardo? - perguntei e ele me olhou.

Bernardo: - Deixa na dona Maria pô. - falou dando de ombros.

Dona Maria era a nossa vizinha, mãe de um traficante bastante conhecido também, cuidava da neta e algumas vezes ficou com Heloá, poucas vezes.

Arrumei as coisas da minha filha, e peguei ela colo, a mesma se mexeu mas não chorou ou ao menos acordou.

Levei ela pra lá e Maria sorriu contente, ela ama crianças.

A pequena Sophia já dormia ali, toda aconchegada com um urso de pelúcia, coloquei Heloá no outro sofá e entreguei as coisas.

Naila: - Qualquer coisa é só me ligar. - falei e ela assentiu.

Maria: - Você sabe o prazer que eu tenho em cuidar dessa pequena, não se preocupe. - alisou minha mão e eu beijei seu rosto saindo dali.

Eram 9 horas da noite e o pagofunk estava prestes a começar, parti pro banheiro.

Bernardo me acompanhava com os olhos e quando me viu entrar no banheiro se levantou, seu corpo juntou no meu e seu rosto foi em direção ao meu pescoço.

Ele beijava cada canto do meu pescoço e eu fiquei toda arrepiada, não demorou pra selar nossos lábios.

Depois disso vocês já sabem oque aconteceu, não neguei fogo pro meu preto e isso não quer dizer que vamos voltar a ser como antes.

Amo ele sim, mas ambos precisam de mudanças e mudanças não acontecem da noite pro dia, ele precisa de muito pra me reconquistar.

***

Terminei de me arrumar e saímos de casa em direção ao carro que estava ali na frente.

Pouco tempo estávamos na pracinha, lotada como sempre.

Encontrei as meninas e formamos uma rodinha ali, nos todos como antigamente.

Beto: - Tá, mas vocês voltaram? - perguntou alto na frente de todo mundo oque me fez corar.

Bernardo: - A gente nunca separou não pô. - falou me livrando daquilo.

Helena: - Cala a boca seu imbecil. - falou dando um tapa em Beto que agarrou ela.

Amanda: - Esses dois não sei não viu. - apontou pra Beto e Helena que estavam no maior chamego.

Naila: - Louca pra estar assim com certos né? -brinquei com ela que me mandou língua.

Bernardo: - Eu te amo nega, nunca deixei de te amar. - sussurrou me fazendo se assustar.

Naila: - Eu também te amo, mas é tudo complicado. - falei me virando pra ele.

Bernardo: - Complicado por que? Porra, nois já tá junto, é só tentar voltar a ser como antes, ou melhor que antes. - alisou meu rosto.

Naila: - Isso não se resolve assim, eu aposto que você não mudou tão rápido então, não abusa. - soltei beijinho e sai dos braços dele indo em direção as meninas.

Não vou me entregar assim tão fácil, daqui a meses ele volta a ser como antes e tudo vai se repetir, chega.

-

Problemático.Onde histórias criam vida. Descubra agora