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Acordar é, sem sombra de dúvidas, uma das atividades que Jungkook gostaria de poder ignorar, porque, então, poderia ter a chance de não enfrentar a realidade na qual criara. Mas é difícil virar para o lado da parede e voltar a dormir com o som repetitivo do telefone fixo tocando na sala de estar. Ele põe o travesseiro mais próximo em seu ouvido, pressionando para que o som suma e, após longas seis chamadas, cai na caixa postal, surgindo na caixa eletrônica aquela voz que o moreno desejava ouvir, e que tem o mesmo efeito de uma picada de cobra na batata da perna. É assustador e lança certa quantidade de adrenalina no corpo do mais novo de modo que, em menos de meio segundo, ele esteja com os pés firmes no chão gélido.
— Taehyung! — Exclama para si, indo na direção da sala.
A mão paira a centímetros do objeto quando ele processa adequadamente o que está escutando. De uma hora para outra, uma picada de cobra na batata da perna se torna mais leve do que este golpe no coração.
Você deve ter bebido, não é? Reconheço sua voz de bêbado. Sério, Jungkook, por que você é assim? As pessoas cometem erros, eu sei, mas você está cada vez pior. Está criando este hábito deformado de mentir para mim, para a pessoa que costumava deitar na grama ao seu lado e contar os meus piores segredos porque eu sabia, desde o início, que poderia confiar em você. E agora a sua melhor desculpa é que Saturno, de repente, virou humano e está sentado no sofá da sua casa? É sério que você está insultando minha inteligência desta forma? Me dê o tempo que pedi, Jungkook. E, por favor, se você me ama como diz, então não me ligue de volta.
Ele está anestesiado, percebe, porque demora um tempo para que mova os braços ao redor do corpo, esfregando os bíceps e respirando fundo, tentando encontrar uma válvula de escape dentro dos próprios pensamentos. Ao invés de responder Taehyung, o dedo fino do mais novo é certeiro em apertar o botão de excluir o recado. Ter uma crise de choro antes das três horas da tarde, onde poderia esconder-se do mundo debaixo das cobertas, está fora de cogitação. Este maldito nó presente na garganta deve ser esquecido, ignorado ou derrubado na próxima engolida. Quando é que ele irá aprender a tomar as decisões certas? A não mentir para uma das únicas pessoas que o conhecia bem de verdade?
Jeon se dá conta do tempo lá fora, é sempre mais frio entre às cinco e seis horas da manhã. Os pés imploram por um par de sandálias ou meias quentinhas que possam aquecê-los, só que os planos mudam quando seus olhos miram o sofá, encontrando-o vazio e bagunçado sobre formas desregulares fundas no tecido. Outra pontada no coração. Será possível ter um ataque cardíaco aos vinte e três anos de idade? Causa? Medo e estresse em excesso. Será que ele não poderia confiar em mais ninguém?
Que egoísmo um mentiroso pensar assim...
O moreno se apressa em fechar as portas de vidro da varanda, logo após passar uma olhada furtiva pelo quintal na esperança de reconhecer o dono da pose de desdém. Não há nada além da grama crescida, uma churrasqueira elétrica abandonada e duas mesas de festividade dos velhos tempos em que era sociável e convidava os colegas de trabalho para uma tarde regada de diversões e boas piadas. Contudo, a brisa fria permanece intacta dentro de casa, recusando o convite de ir embora. Jungkook contentasse a vasculhar os cômodos da casa a passos cautelosos e a postura em alerta, como um gato armando a coluna para demonstrar mais força e dar o bote certeiro. Só que a mente do moreno está a mil, criando umas e outras versões do que irá acontecer a seguir.
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SATURNO NUNCA FOI TÃO BELO jjk + pjm ( EM REVISÃO)
FanfictionO mundo de Jeon Jungkook vira de cabeça para baixo quando, de uma hora para outra, ele precisa lidar com o fato de que Saturno desapareceu do universo num piscar de olhos e está diante de sua porta, materializado num humano lindo em níveis astronômi...