4 - Lado B

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"Café"

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"Café"

CARTA II – Sam.

    Não consegui dormir à noite toda, então resolvi me sentar na calçada em frente à minha casa, respirei fundo algumas vezes e fechei os olhos vagarosamente, sentia meu peito pesado; sentia como se algo estivesse me impedindo de respirar com normalidade, minha respiração se acelerou assim como meus batimentos, minha mente gritava com pensamentos múltiplos e eu chorei, alterei entre fungar, puxar o ar bem fundo e deixar as lágrimas caírem.

    Minutos depois, com minha respiração mais regulada coloquei as mãos no rosto e me deitei na calçada.

- O que está acontecendo comigo...? – Murmurei.

    Permaneci deitado por um tempo enquanto olhava o céu, me sentei e continuei a observar o horizonte, vi o negro dos céus se misturar com um amarelo suave e logo se tornar azul claro com um contraste laranja onde o sol estava nascendo.

    Ouvi alguns passos atrás de mim, mas não me virei, não tirei meus olhos do horizonte...

    Era Jared... Ele foi até mim e se sentou ao meu lado, mesmo não o olhando percebi que estava com os olhos vidrados para a rua, a rua onde brincávamos nas tardes de verão, na rua onde vivíamos ouvindo nossos pais nos chamando para tomar banho, café ou só porquê já estava tarde

    Ele me pediu desculpas...

    Ele me pediu desculpas por ter me dado um soco...

    Mas não foi somente isso que ele fez naquele dia...

    Não foi só isso...

    Ele me disse a maior e mais dolorosa verdade da minha vida, a única que eu nunca conseguia admitir.

    Ele me disse que eu era apenas um coitado que foi abandonado pela mãe, e ele estava certo, e ele estava totalmente certo...!

    Mas mesmo assim me machucou de uma forma impressionante, e eu bati nele, bati muito nele e o pior de tudo é que não me arrependo, não importa quantas vezes ele me dissesse aquilo, todas eu iria o bater, todas eu iria o machucar com toda a minha força!

    Então me levantei e saí dali, saí do lado do cara em que eu bati, e que me bateu, saí do lado do meu melhor amigo.

    Fui lentamente até o café onde sempre íamos "Florez" os donos de lá são italianos um casal de velhinhos que tenho que admitir que Olívia amava, sempre que podíamos íamos lá para tomar chocolate quente com bolinhos...

    Fui lentamente até o café onde sempre íamos "Florez" os donos de lá são italianos um casal de velhinhos que tenho que admitir que Olívia amava, sempre que podíamos íamos lá para tomar chocolate quente com bolinhos

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