Capítulo sexto. Put your hands into the fire.
Pelas suas contas, fazia uns três anos que não aproveitava horas sob o sol. Massassuchets ainda não havia saído de sua estação friorenta, mas Peter já podia sentir uma grande diferença no calor de Nova York e de cá. Algumas recordações o levaram ao último dia em que se lembrava de ter tomado sol. Praia. Não se lembrava qual. Provavelmente a praia de Santa Cruz na Califórnia. May adorava como se sentia plenamente turista lá. Assim como quando pequenino, Parker adorava "curiar" por souvenirs, onde quer que estivesse. Deveria ser cerca das quatro horas da tarde quando ele se cansou do calor e fora caminhar pelo hotel, interessado no que mais ele poderia lhe oferecer. Não de maneira muito surpreendente, deixou sua ancora pelas redondezas da lojinha de turistas, tocando em tudo que os olhos brilhavam.
Ambos, Tony e Peter, haviam pousado em Massassuchets no virar das onze horas da manhã num voo sem escalas. O mais velho já havia negociado o aluguel de um carro para ida e volta do hotel, assim como para ir ao evento do M.I.T, que aconteceria essa noite. No check-in do estabelecimento, fora informado que os quartos seriam um ao lado do outro para praticidades. Depois disso, tutor e aluno rumaram para direções opostas; enquanto Peter se apressara em colocar um calção e ir aproveitar algumas horas de exposição na piscina, Tony também fora para seu devido quarto, mas saiu logo em seguida apenas com a chave do carro. O garoto não queria admitir, mas mesmo sabendo que seria apenas uma curta viagem – frisando – a trabalho, ele imaginava que o homem passaria mais tempo contigo. Ás vezes se esquecia de quem era de fato Antony Edward Stark.
─ Está se sentindo carente, Peter Porker¹?─ fora a mais recente mensagem de Michelle, após iniciar uma conversa com ela pelo celular.
─ Credo, MJ, vendo assim parece que sou uma garota de treze anos com sua primeira paixonite.
─ Mas é exatamente isso que você é. ─ ao ler a resposta, mexeu a boca de um lado para o outro, enquanto revirava os olhos numa expressão de chateação. Deixou o celular bloqueado por um tempo, pois ainda não queria dar a razão à garota e assim continuou sua exploração pela lojinha.
Próximo ao balcão de vendas, o garoto se depara com alguns chaveiros. Esboçou um sorriso tímido ao encontrar uma miniatura do Homem Aranha, assim como outros vingadores, inclusive o Homem de Ferro. Ficou ali por uns cinco minutos só brincando com os chaveiros, até que enfim decidiu passar no caixa para comprar a sua mini cópia.
─ 10 dólares. ─ informou o homem do caixa que mastigava um chiclete languidamente.
─ 10 dólares? Caramba, isso ai tá meio caro né?
─ Ele vem com uma lanterna. ─ agora, o homem tomava o chaveiro das mãos do jovem, fazendo uma breve demonstração na parede atrás de si. ─ É o símbolo do Homem Aranha.
─ Quem faz isso é o Batman. ─ sentia-se revoltado, afinal de contas, de onde haviam tirado essa ideia idiota? ─ Vamos lá, e se eu disser que conheço o Homem Aranha?
─ 10 dólares.
─ Tá bom. Dá logo isso vai. ─ derrotado, Peter sacou algumas notas amassadas de dentro das bermudas, torcendo para o homem não ver o pequeno rasgo em uma das notas.
─ Boa estadia. ─ disse o homem com a mesma voz maçante e robótica, enquanto Peter se encaminhava para longe dali, tendo fracassado na pechincha pelo simples chaveiro de seu próprio eu.
Apesar de ter gastado seus últimos tostões, o que significava que não poderia comprar fichas para jogar no fliperama do hotel, Peter Parker saia empolgado com o novo presente que daria para o tutor. Não era grande coisa, mas era trabalho honesto², e desde que recebera a proposta de Tony achou que o deveria presentear com algo.
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Spring Break
RomanceGrandes poderes exigem grandes responsabilidades. De fato, Peter Parker demonstrou tamanha habilidade em suas últimas atuações em Berlim e contra o Homem Abutre, levando ao seu tão sonhado reconhecimento pelo herói que tanto admira. Com a chegada da...