Capítulo 11

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Emily não sabe por quanto tempo adormeceu, mas em algum momento acordou e se deparou com Chanyeol sentado, encolhido, parecia estar cochilando, mas estava tão gelado que podia ter desmaiado, ou talvez até morrido de hipotermia.

- Ei... - Ela o cutucou no braço, que parecia uma pedra de gelo. Ele abriu os olhos, parecendo cansado. - Você está congelando. Venha, deite-se aqui. - O casaco e a cortina foram o suficiente para esquentá-la um pouco mais.

- Estou bem. - A voz dele estava mais rouca do que de costume, como quem está prestes a ficar muito resfriado.

- Olha, eu sei que você não gosta de mim, você já deixou isso bem claro aqui, mas está muito frio e se você continuar aí sentado vai congelar e eu não estou usando só uma figura de linguagem. Então, por favor, deixe essa sua arrogância um pouco de lado e deite-se aqui. Se ficarmos juntos vamos nos esquentar mais. Amanhã, quando sairmos daqui você pode voltar a me odiar.

Ela disse tudo isso num fôlego só e esperou, por alguns momentos, que ele começasse a discutir e esbravejar, mas ele parecia simplesmente sem forças para nada, então apenas se deitou e começou a se encolher ainda mais. O problema foi que quando seu corpo relaxou sobre o feixe de luz que entrava pela janela, Emily viu que ele tremia e os lábios estavam um pouco arroxeados.

Ela ficou preocupada, podia não ir com a cara dele, mas daí a querer que o menino morresse bem ali, do seu lado, era outra coisa. Ela se apressou em deitar-se ao lado dele, juntou todas as bordas remanescentes da cortina e os envolveu nelas, cobriu-os com o casaco dele e passou os braços pelo corpo trêmulo de Chanyeol, que parecia compactado à metade do seu tamanho de tão encolhido que estava. Se encostou nele o máximo que conseguiu, queria transmitir o calor de seu corpo para o dele. Assim que ela se aproximou sentiu-o esticando os braços gelados e envolvendo-os em suas costas, aproximando até que os seios dela encostaram no peito dele.

 Assim que ela se aproximou sentiu-o esticando os braços gelados e envolvendo-os em suas costas, aproximando até que os seios dela encostaram no peito dele

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As mãos dele apertavam as escápulas de Emily e quase doíam de tão geladas que estavam. A respiração dele estava pesada, ofegante, os lábios roxos tremendo, ela se agarrou a ele ainda mais, entrelaçando suas pernas nas dele, querendo que seu corpo o esquentasse.

Passou os dedos quentinhos pelos lábios arroxeados e trêmulos dele, ele abriu os olhos e a encarou de um jeito que fez sua espinha gelar. Não era aquele olhar de raiva que ele sempre parecia direcionar a ela, era algo diferente, desconhecido. Ele apertou os olhos e soltou o ar enquanto seus braços pressionavam o corpo de Emily contra o dele.

Sua respiração continuava pesada, como se houvesse uma pedra pressionando seu peito. Ela continuava se espremendo contra ele, como se com a força da mente estivesse emanando o calor de seu corpo para o dele. Chanyeol continuou com os olhos fechados e sua respiração se suavizou, ela notou que ele pegara no sono e então suas pálpebras também começaram a pesar e ela se viu indo e voltando entre bolsões de sono profundo.

Depois de sabe Deus quanto tempo acordou com alguns primeiros raios de claridade da manhã entrando pela janela no alto da coxia. Abriu os olhos para dar de cara com os dois olhos grandes de Chanyeol a encarando.

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