Capítulo 14

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Aquela sensação incômoda deixou Emily assim que Baek deitou ao seu lado e passou o braço por baixo da cabeça dela, trazendo-a para junto de seu peito. O coração dele batia suave, coordenado com sua respiração e aquele som trazia um tipo de conforto que ela não sabia explicar. Apenas se deu por feliz de fechar os olhos, sentir o calor dele e ficar ouvindo aquele som relaxante.

Os dois se deram conta de que estavam ali há tempo demais, quando já era alta madrugada. Emily se apavorou quando viu que a bateria de seu celular tinha acabado e ela não avisara aos pais que chegaria mais tarde. Provavelmente a essa altura da noite, os pais já tinha acionado as autoridades, acreditando que a garota tinha sido sequestrada ou alguma coisa do tipo.

- Ai meu Deus, Baek, olha a hora, eu preciso correr para casa, meus pais já devem ter colocado toda a polícia de Seul atrás de mim uma hora dessa.

- Está bem, vamos. - Totalmente oposto ao desespero de Emily, Baek levantou-se calmamente, espreguiçou-se com uma calma invejável, pegou a mão dela e saíram tranquilamente.

Dispensou Baek rapidamente quando chegaram na porta de sua casa, deu-lhe um rápido selinho nos lábios e se sentiu corar quando viu aquele sorriso que fazia amolecer suas pernas no rosto dele. Entrou em casa pronta para ver uma situação caótica, talvez policiais, a mãe chorando, o pai correndo para todos os lados, desesperado.

Respirou fundo, abriu a porta e deu de cara com... nada. A casa estava escura e silenciosa, o som da TV vinha da sala. Sam caminhou até lá, pé ante pé, esperando encontrar, talvez, uma cena de crime, os pais talvez estivessem mortos, assassinados por algum maníacos, afinal, era a única explicação para eles não estarem preocupados. Entrando na sala, se deparou com a mãe estirada no sofá, cochilando.

- Mãe... - cutucou de leve o pé da mulher.

- Ai pelo amor de Deus... - A mãe de Emily pulou, com um pedaço de pizza colado na bochecha direito - Por que você me assustou assim?

- Mãe! Você viu que horas são? Eu pensei que fosse chegar em casa e encontrar você e o papai morrendo de preocupação.

- Ai meu Deus, como você é dramática, Emily.

- Mãe! Você não liga para mim, essa é a verdade.

- Pare de ser boba, garota... Claro que ficamos preocupados quando você não voltou para casa no horário habitual, então fomos até lá para ver o que tinha acontecido. Nos deparamos com um dos seus colegas e ele disse que você tinha saído com seu namoradinho. - A mãe de Emily deu um sorrisinho maroto e a cutucou. - Você não disse que já tinha arrumado um namorado. - Piscou e fez com que todo o sangue da filha subisse para o rosto.

- Eu não estava... eu...

- Querida, venha aqui. - Segurou as mãos da filha, fazendo-a sentar ao seu lado. - Eu não me preocupei porque confio em você, porque graças a Deus estamos vivendo em um lugar minimamente seguro e eu sei que você é uma menina responsável e capaz de tomar decisões inteligentes baseada na educação e nas orientações que lhe demos, estou errada.

- Não... é que eu pensei que vocês ficariam bravos.

- Oh Emily, amor, você é jovem, é linda, espero que viva sua vida, se divirta e namore bastante, beijar na boca é muito bom. - A mãe riu e fez com que Emily corasse ainda mais.

- Mãe! - Emily a repreendeu.

- Desculpe, desculpe, não quero de constranger. Vá dormir, daqui a pouco você tem aula.

- Está bem, boa noite. - Talvez fosse impossível ficar mais constrangida do que já estava, então só queria sair correndo dali.

- Ei, quando quiser, apresente-os para nós. - Emily fez um sinal irritado com a mão, o que fez sua mãe rir.

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