Por sorte não havia absolutamente ninguém em casa quando cheguei, meus pais trabalhavam até às cinco da tarde, mas hoje eles teriam igreja, então chegariam bem tarde em casa, o que me daria bastante tempo de sobra até a Magdalena chegar. Pude aproveitar um pouco de paz e sossego sem os questionamentos sobre o motivo de eu ter voltado cedo da escola. Fui para meu quarto, tirei minha roupa, ficando apenas de meia e cueca box branca e deitei na cama. A manhã tinha sido intensa, intensa até demais para mim. Era difícil processar tudo que havia ocorrido, pois foram eventos muito intensos e muito próximos. E por falar em intenso, eu mal fechei os olhos e a cena do beijo já começou a rodar na minha cabeça. Por que Augusto fez aquilo? Era como se ele soubesse o que eu queria. Odeio o modo como ele entra em minha cabeça, e com aquele beijo ele conseguiu entrar ainda mais para fode-la de vez.
- Desgraçado... - Murmurei lembrando do momento em que Augusto rebolava em cima de mim me deixando todo desconcertado. Ao lembrar disso uma ereção começou a se formar. Olhei para baixo e pude notar o relevo sobre a cueca box. - Droga... - Era inevitável, toda vez que eu pensava em Augusto a reação era sempre a mesma. Eu estava oficialmente viciado em seu corpo. Eu me odiava tanto por isso, mas não tinha muito que eu pudesse fazer. Tentei pensar em outras coisas para desarmar aquela barraca, mas foi em vão, ao invés disso eu comecei foi a pensar novamente no beijo que o loiro havia roubado de mim. Com os olhos fechados, eu deslizei uma de minhas mãos para dentro da cueca, alcançando meu membro, o apalpando, enquanto lembrava da textura dos lábios de Augusto. Imaginei aqueles mesmos lábios em torno do meu pênis e comecei. Eu estava batendo uma imaginando um boquete do Augusto Prado. Ótimo.
Minha mão trabalhava incansavelmente subindo e descendo num ritmo bom enquanto que, com minha mão livre, eu acariciava meus mamilos, gemendo baixinho imaginando a língua do Augusto ali. Mordi meu lábio inferior e aumentei o ritmo da batida e chupei meu dedos para que ficassem molhados para eu passar nos mamilos. Eu estava delirando só de imaginar que a boca dele pudesse estar envolvendo meu pênis. Apertei os olhos tentando tornar a imagem mais real e arfei. Meu mamilo estava duro, meus pêlos estavam arrepiados, meu pênis já estava babando à beça e minha cueca já estava nos tornozelos, e eu nem lembro de tê-la abaixado até lá. Bati com ainda mais vigor quando o Augusto da minha imaginação olhou bem nos meus olhos enquanto me chupava. Para mim, aquilo foi o ápice. Tentei segurar o gozo, mas foi em vão. Abri os olhos e gozei em toda minha barriga, porém foi tão intenso que um jato voou até alcançar o meu queixo, quase atingindo minha boca. Fiquei deitado todo gozado, a respiração descompassada. Diferente das outras vezes, eu não senti aquela culpa que sempre sentia ao bater punheta para o Augusto, porém ainda assim me sentia um bosta, principalmente pelo fato de quase ter tomado minha própria porra sem querer. Tive vontade de chorar, mas nem para isso eu tinha forças. Só levantei da cama quando o cheiro de esperma começou a me incomodar. Limpei um pouco daquela bagunça toda que havia feito com a cueca que eu usava, me enrolei na toalha e então eu fui para o banheiro me limpar completamente.
Debaixo do chuveiro, sentindo a água quente sobre minhas costas, eu desabei. Comecei a chorar sentindo-me culpado. Por que eu sou assim? Por que eu nasci assim? Eu não queria ser desse jeito, eu não queria me atrair por homens, eu não queria me atrair por Augusto... Esfreguei meu corpo com força querendo tirar aquele desejo de mim, mas obviamente foi em vão, minha pele apenas ficou vermelha e dolorida e eu me senti pior ainda sabendo que mesmo se eu quisesse eu jamais conseguiria tirar aquilo de dentro de mim, eu era assim. Saí do banheiro me sentindo um fracassado e estava quase chegando no quarto quando ouvi meu celular tocando. Caminhei até ele e olhei o visor. Era um número desconhecido. Pensei duas vezes antes de atender, mas acabei atendendo talvez para me distrair dos meus pensamentos.
- Gustavo? - Ao ouvir sua voz eu congelei. Fiquei um tempo em silêncio até minha voz retornar.
- A-A-Augusto? - Gaguejei ainda sem compreender aquela ligação. Como ele havia conseguido meu número?
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Fetish (Romance Gay)
RomanceGustavo Borges odeia absolutamente tudo em Augusto Prado. Seu cabelo está sempre diferente, nunca é o mesmo sempre. Seus trejeitos são excêntricos e ele fala alto demais. Ele beija garotas e garotos, mais garotos do que garotas. Suas vestes fogem to...