Namorado Secreto - Taekook (BTS)

Lar

-Você é Jeon Jungkook?

-Sim. - Foi tudo que respondi com o olhar preso no chão. A mulher então suspirou.

-Nao deve ter sido fácil para vocês dois enfrentarem a homofobia. Peço a você que não se intimide caso meu marido faça algum comentário maldoso. Vocês devem ser os pais dele, obrigado por cuidarem do meu Taezinho, ele é bem sensível e solitário mas nas ligações ele sempre contava o quão simpáticos e acolhedores vocês eram com ele - A mulher sorriu apertando a mão dos meus pais e se apresentando.

-Querida. O médico nos deixou entrar - Sr. Kim gritou a mulher. A mesma foi imediatamente até ele, fiquei com ainda mais raiva, ele teve culpa na tentativa de suicídio do Taehyung e agora vai ir lá vê-lo na maior cara de pau.

-Ele vão deixar aquele cretino entrar? - Minha mãe pareceu tão indignada quanto eu.

Passei os olhos pela recepção, observei o Jimin passar pela porta principal. Ele vai ir embora? Me levantei e corri atrás dele. O mesmo começou a descer as escadas e então parou no meio dela, em seguida tirou o celular do bolso e jogou o mesmo com tudo sobre o cimento. Arregalei os olhos surpreso pela agressividade. Ao notar que o aparelho ainda funcionava ele desceu as escadas pegou ele de novo pronto para jogar mais uma vez, porém, eu o impedi.

-Por quê está fazendo isso? - Ele me encarou assustado.

-Por que eu sinto raiva Jungkook! - Vi uma lágrima escorrer por seu rosto - Ele poderia ter morrido se você não tivesse chegado a tempo. - Ele passou a mão nos cabelos - Se ele tivesse morrido...eu não sei o que faria - Jimin voltou a chorar. Ele cobriu o rosto com as duas mãos, suspirei e então abraçei ele, tudo que ele precisa é de um suporte. O que me impressiona é ele continuar chorando mesmo após o médico dizer que o Tae não corre risco nenhum.

Ali naquele momento, vendo o quanto o Jimin estava preocupado, eu soube de uma coisa, ele não é o dono do blog. Não faria nenhum sentido ele prejudicar seu próprio amigo.

...

Observei seu rosto, ele continuava de olhos fechados dormindo tranquilo, o único som no quarto era o de seu aparelho, que indicava as batidas calamas de seu coração. Mordi o labio, contendo a vontade de chorar. O que seria de mim sem você?

Ao meu lado estava Jimin e Hoseok, que chegou a pouco tempo, meia hora após receber uma ligação do Jimin contando o que havia acontecido. Hoseok não tinha uma expressão de tristeza, mas sim de puro ódio. E eu quase pude jurar que essa expressão era direcionada a uma pessoa, Park Jimin. O que houve entre esse dois? Eles estão brigados?

Quando saímos do quarto Hoseok agarrou o braço do Jimin e arrastou o mesmo para fora do hospital. Sr. Kim veio na minha direção e eu desejei muito que ele sumisse. Tenho certeza que não conseguiria manter uma conversa sem socar a cara dele.

-Podemos conversar um minuto? - O homen falou sério e sem serimonias.

-Vai fazer eu querer me matar também? - Fechei a cara. O homen suspirou e então desviou o olhar.

-Se começarmos assim nós nunca teremos uma boa comunicação, e eu sei que você é importante pro Taehyung - Ele tentou parecer normal, mas o nojo era perceptível em seu olhar. Sua cara estampava a homofobia.

-Nunca teremos uma boa comunicação, eu nunca irei conseguir olhar para a sua cara sem te odiar pelo o que fez.

-Não vou negar que eu não concordo com a opção sexual de vocês dois. E também não vou dizer que apoio esse relacionamento, porque eu não apoio, e nunca irei apoiar. Quando eu li a notícia minha vontade era vir pra Seul e dar um tiro em vocês dois. E quando eu liguei pro Taehyung eu disse a ele que preferia vê-lo morto do que beijando outro homem, e eu me lembro de ouvir meu filho chorar enquanto eu dizia "Estou indo para Seul te trazer de volta para a casa". E eu realmente estava decidido a fazer isso, porém escutar ele dizer um "Eu te amo" e em seguida desligar me fez tremer e sentir medo de perde-lo. - Ele falou cada frase como se eu fosse o culpado de tudo. - Mas eu ainda sim não irei apoiar a sexualidade dele. Eu prefiro que ele tome uma surra de mim agora do que de outras pessoas pelas ruas.