Cristal de Sangue - Boku no Hero

Capítulo 41: A carta

Espero que gostem desse capítulo narrado inteirinho pelo bicolor mais lindo desse universo.

Lua senpai

Todoroki on

Apresso-me em colocar a roupa para a academia. Saio do quarto segurando minha garrafa de água, pronto para abrir a porta do quarto de Matsui. Meu cérebro trava e penso nas milhares de coisas que ela pode estar fazendo atrás daquela porta. Então engulo a saliva e bato na porta, pensando ser a melhor opção.

Analiso minha camiseta azul marinho e passo as mãos sobre ela, para garantir que não tenha nenhum amaçado.

Ninguém abre a porta.

- Matsui. - Chamo-a, mas ninguém responde. Seguro a maçaneta, e então abro a porta.

E lá estava ela usando o short de malha preto e a regata cor de vinho. Ela atava os tênis com calma, completamente despreocupada. Quando analisei seu rosto vi que em suas orelhas estavam os fones de ouvido. Por isso ela não me escutou.

A morena se vira em minha direção e quase tomba para trás quando me vê. Espremo os lábios um contra o outro para impedir a risada. Já ela, está com a mão no peito, como se tentasse impedir o coração de saltar dali.

- Você quase me matou de susto! - Ela fala tirando os aparelhos do ouvido.

- Foi engraçado. - Murmuro e ela ri.

Descemos até o décimo andar onde tinham inúmeras salas de academia. Matsui corre direto para para se alongar, já eu vou com calma até ela.

Meus olhos se desviam para meu pai que chega despreocupado dando um oi para todos. Quando me vê, abre seu sorriso sádico de sempre.

Eu e Matsui fizemos tantos exercícios que quase não sinto meus braços e pernas. Já Matsui parece preparada para um próximo round.

- Ei! - Olho para Matsui que me chama - Onde você está indo? - Pergunta enquanto eu junto minhas coisas.

- Lembra que eu tenho um encontro? - Pergunto com um sorriso desnecessário em meu rosto. Matsui abre um sorriso enorme e assente - Tchau!

Saio academia a fora e vejo meu pai me analisar, eu sei que ele não irá atrás de mim, pois há muita gente a nossa volta, e isso chamaria muita atenção.

Caminho despreocupado pelo corredor, analisando as paredes brancas do andar. Até finalmente ver a porta do quarto a esquerda.

Olho para os dois lados para garantir que ninguém me pegaria fazendo isso. Ninguém estava lá. Coloquei minha mão na maçaneta gelada e a abri.

O quarto de cor cinza claro estava perfeitamente arrumado, a cama bem espichada, as almofadas colocadas de forma geométrica no pequeno sofá, os cadernos e livros em cima da mesa colocados de modo perfeitamente retos para contrastar com TOC de Matsui.

Ela e sua mania de deixar tudo perfeito.

Eu vi o quão nervosa ela estava, as mãos estavam geladas e ela parecia suar frio quando abri a porta do quarto.

Abro os cadernos um por um até finalmente encontrar algo que me chamou a atenção. Uma carta. O lacre de cera vermelho tinha um desenho macabro de um pentagrama e por cima dele uma rosa. Percebo que já estava descolado, abro e tiro o papel de dentro, parece antigo e amassado.

Desamasso e analiso.

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Takahashi, nós estamos de volta.
Nos vemos em breve.