Capítulo 9

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Olha que voltou... Sim, sim meu amores! Mamãe chegou e traz capítulo novo nesse domingão maravilhoso! Obrigada por lerem Fotografando amor e não esqueçam de votar e deixar seus comentários. 😘
(Desculpem os erros)
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                                   Max

— Porra...

Bato a porta do quarto com toda força que tenho, e ando de um lado para o outro, sem saber o que pensar. Com dezenas de hotel nessa cidade, ela tinha que trabalhar justo no que estou hospedado? E ainda encontrar a loira da na noite passada?

— Foda-se.

A primeira coisa que pensei quando acordei na cama a loira que não consigo lembrar o nome, foi que queria que fosse a Linda, no lugar da desconhecida. Ei! Espera ai, não me julgue ainda, eu realmente não tinha intenção de transar com ninguém, que não fosse a Linda ontem. Mas depois que ela me dispensou, fiquei tão frustrado que tudo que eu queria, era me livrar dos meus pensamentos, que não saiam dela. E merda, foi muito pior. Quanto mais eu fodia a loira, mais me lembrava da Linda, e mais frustrado eu ficava. Não costumo dormir com as mulheres que transo, mas bebi demais e fiquei tão esgotado, tentando esquecer aquela maluca, que acabei pegando no sono.

Mas tudo que fiz não adiantou de nada, e pior ainda acordei com uma puta ressaca. Sem nenhuma novidade a maluca ainda foi à primeira coisa que pensei quando acordei. Dispensei à loira, e fui dar uma corrida para colocar os pensamentos em ordem.

Eu não tirava Linda da cabeça, e não gostava nada de me sentir assim. Não penso nas mulheres que transo, e muito menos nas que nem transei. Elas são maravilhosas, não vivo sem elas, confesso. Mas preciso somente de uma transa ou duas e pronto, nunca mais volto a lembrar. Na maioria das vezes nem sei seus nomes, afinal, o que elas fazem enquanto estamos juntos, é principalmente gemer. Sabe como é, nada de conversas. É ridículo programar um jantar com uma mulher, somente com intenção de transar com ela depois. Então, sou direto em dizer no que estou interessado e assim pulávamos essa parte, é muito mais prático. Nem sempre pensei desse jeito, já fui um idiota apaixonado antes, e não foi nada bom. O Max de agora é muito diferente daquele de alguns anos atrás. Estou muito melhor assim. Por isso, o fato de que meus pensamentos não saíam da Linda, estava me incomodando tanto.

Tudo que ouvi durante o jantar ontem, também me incomodava. Eu não parava de pensar em tudo que Linda tinha falado. Você vai me chamar de louco, mas tive que me segurar para não propor um emprego para ela. Assim que Linda me contou parte da sua história, mesmo sem olhar uma única foto feita por ela, quase fiz a proposta. Ok, você pode me chamar de louco, até porque nem eu sei o que está acontecendo comigo. A única coisa que tenho certeza, é que não gostei de ouvir tudo aquilo.

Então hoje, para piorar, descubro que ela trabalha em um hotel, eu odeio isso. Só de pensar em não trabalhar no que gosto, me irrita, me deprime. Fotografar é o que faço para viver, mas não somente pelo dinheiro, apesar de adorar as mordomias que ele proporciona, fotografo por prazer. Quando uma foto que faça expressa tudo que senti ao faze-la, me sinto realizado e imensamente feliz, independente do dinheiro que ganho. Fico incomodado em pensar que a Linda nunca conseguiu isso com uma fotografia sua, que não teve seu trabalho reconhecido. Seus sonhos, de ser uma fotógrafa de moda, interrompidos do jeito que foi, me incomoda mais que deveria. Ter sido humilhada naquele quiosque, para conseguir ganhar dinheiro me incomoda ainda mais.

Depois de trinta minutos de corrida, e muita endorfina liberadas ainda não foram suficientes para melhorar meu humor. Aquela maluca tirou mesmo minha paz desde o dia da discussão. Ou eu quero transar ou estou muito irritado com ela. Para resumir, meus pensamentos não saem dela. Porra.

Mas mesmo que encontrar com ela em lugares aleatórios tenha virada habito, nunca esperei, encontra-la ao chegar no quarto, sua bunda muito conhecida por mim rebolando, enquanto arrumava a bagunça que eu tinha deixado. Fiquei fascinado com a visão. Por segundos perdi o ar, e não foi por causa da corrida na praia. Quando ela me viu, ficamos ambos sem entender. Quantas vezes um raio caia no mesmo lugar? Era conspiração demais do universo, só podia ser isso. Perdi as contas de quantas coincidências já tinham nos colocado no mesmo lugar. Descobri também que ainda não estava louco, eu realmente a vi aqui, naquele dia, não era minha imaginação, nem meus pensamentos constantes nela que estavam me fazendo ver alucinações da sua bunda por ai. Ao menos isso né Max.

Eu não tinha nada com a Linda. O fato de eu querer transar com ela, não conta certo? Não, não deve contar. Mas então, porque me sentia culpado pelo que tinha acontecido? Por que o olhar de decepção no rosto dela me incomodava tanto? Por que suas palavras fazia-me sentir como o idiota que ela tanto me chama?

— Foda-se.
Preciso colocar meu plano em pratica. Minha futura cunhada será intimada como minha aliada, ela não terá escolha.

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A conversa com Liz foi produtiva. Parecia que agora a sorte enfim estava a meu favor. O portfólio da Linda estava na casa da Liz. Parece que andaram trocando experiências sobre fotografia, e as fotos acabaram ficando por lá. Se eu já queria oferecer um emprego para ela antes, imagina depois que vi seu trabalho? Ela é muito boa. Muito boa não, ela é incrível. Suas fotos têm muita personalidade, qualidade, expressividade. A maluca tem muito talento. Fiquei fascinado com seu trabalho. Eu estaria fazendo um grande negócio a levando para o meu estúdio. Agora eu só precisava conseguir um jeito de falar com ela. Mas prevejo problemas, depois do que aconteceu mais cedo. Ela não vai nem me olhar outra vez, imagina querer conversar comigo. Mas não vou desistir.

Paul vai pedir a mão da Liz oficialmente no jantar de revellion e já sei que a Linda vai estar presente. Essa será minha chance vez, mesmo sabendo que ela não vai querer me ouvir. Mas persistência é meu nome do meio e eu adoro um desafio.

O resto do dia passou como um borrão, e aqueles mesmos pensamentos de mais cedo ainda não saem da minha cabeça. Iam e vinham sem pedir licença. Tentei de tudo para conseguir me desligar, fui a praia, sai com a moto, até trabalhar em algumas fotos eu tentei, mas também foi em vão. Os pensamentos na maluca não me deixavam em paz. Sem falar que olhei seu portfólio umas cinquenta vezes e a cada vez, achava melhor.

Outra coisa que estava me consumindo, era minha "regra" idiota de não transar mais com minhas funcionárias ou colaboradoras. Isso já havia acontecido antes, e o resultado não foi nada bom. O estúdio acabou sendo prejudicado e eu não podia permitir mais que isso acontecesse. Então desde aquela época eu jamais cogitei quebra-la. Bem, isso foi até que cogitei empregar uma tal maluca que não saia da minha cabeça. 
Como me livrar dessa sede que sentia da Linda sem ao menos provar um gole? Os beijos que trocamos ontem à noite, não amenizaram em nada minha fixação nela, muito pelo contrário.  Eles me deixaram louco por muito mais. Se ela aceitasse minha proposta? Eu deveria torcer para que ela não aceite, mas a verdade é que eu quero muito que ela diga, sim. Conviver todos os dias com Linda seria como estar em um guerra constante. Isso deveria ser ruim, certo? Então porque eu estava torcendo por isso? Estar sempre com ela, era refrescante, mesmo nos momentos que estivamos de roupa. Eu definitivamente tenho algum problema.

— Porra Max! Que merda é essa?

Murmuro olhando para o espelho, pronto para o jantar, sem saber de onde estava vindo tudo isso. Que porra estava acontecendo comigo? Eu não me reconhecia. Estou nervoso e profundamente ansioso pra vê-la. Está ai outra coisa que não sinto quando vou encontrar uma mulher. Pelo menos não em anos e de repente me vejo sentindo tudo isso durante todo o dia. Pareço um adolescente de merda.
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Decidi que iria falar com Linda assim que a visse, meio que tinha até ensaiado durante o caminho. Mas eu definitivamente não estava pronto pra vê-la naquele vestido. Estávamos todos sentados à mesa, próximo da piscina quando ela chegou, e porra, que visão era aquela? O vestido de alças com decote generoso, na cor branca, colado no corpo, me deixou de pau duro na mesma hora. Vocês não vão acreditar mas ainda tem mais, quando a maluca virou de costas, percebi que as tiras da alça se trançavam até a altura da sua bunda maravilhosa, deixando suas costas totalmente nuas a não ser pelas finas tiras. Eu definitivamente ia estar em apuros se precisasse levantar.

De repente, como nuvens depois da tempestade meus planos sumiram. Perdi totalmente a capacidade de lembrar de uma palavra se quer que eu tinha ensaiado. Também tive certeza que ela faria eu quebrar minha própria regra se viesse trabalhar para mim. Era simplesmente impossível ficar alheio aquela mulher. Sentada ao meu lado, não olhou na minha direção uma única vez. Eu pelo contrário não conseguia tirar os olhos dela.

Linda intermediou toda a conversa do pedido de casamento entre meu irmão e o pai da Liz. O casal transbordava felicidade. Meu irmão vai casar e ser pai. Eu não podia estar mais feliz por ele.

O sotaque da Linda era cativante. O jeito que ela coloca a língua entre os dentes, me deixou perturbado na mesa. Eu parecia um adolescente que nunca tinha transado, quando estava do lado dela. Não pode ser normal ficar duro somente com o sotaque de uma mulher quando se está sentado na mesa com seu irmão, cunhada e um casal de meia idade enquanto acontece um pedido de casamento que não é o seu.
Mesmo enquanto a conversa rolava na mesa durante todo o jantar, Linda continuou me ignorando. Eu estava começando a me sentir frustrado e irritado. Ela simplesmente sentou lá conversou, bebeu, sorrio, aliás, que sorriso mais lindo era aquele? Mas não me lançou se quer um olhar. Isso ia acabar e era agora.

— Dá para parar de agir como se eu não estivesse aqui? — falo irritado, inclinando na sua direção, quando o Paul e Liz deixam a mesa por alguns instantes.
— Eu te cumprimentei quando cheguei. — Responde, enquanto finge olhar o celular.
— Você me deu um olá, sem ao menos olhar pra mim.
— Queria uma reverência?

Respiro fundo, ainda mais irritado, enquanto me seguro pra não carrega-la para algum lugar, e faze-la me ouvi me desculpar-me pelo que aconteceu.

— Preciso conversar com você — continuo.
— Não temos nada para falar Max.
— Você está completamente enganada. Também queria falar sobre o que aconteceu mais cedo, eu...
— Não, por favor. Não precisa falar nada. Só esquece que me conheceu.

Se ela soubesse o quanto eu queria isso.

— Estou falando sério, Linda. Realmente preciso falar com você. É um assunto do seu interesse.
— Não tem nada em você que me interesse, Max.

Quando ia retrucar, Paul e Linda voltaram para a mesa e resolvi não falar nada na frente deles. Mas ainda não desisti, essa maluca vai me ouvir. Amanhã já é dia primeiro estamos prestes a voltar pra NY. Estou ficando sem tempo.

Depois da minha breve troca de palavras com a Linda, ela voltou a me ignorar durante o resto do jantar. Logo após a sobremesa Liz acabou se sentindo indisposta, e tivemos que encerrar o jantar. Me despedi deles desejando melhores para minha cunhadinha e fui montar guarda na frente da casa, até que a Linda aparecesse. Eu precisava conseguir falar com ela. Quase uma hora depois, a vi sair do portão distraída no celular. Ela não notou minha presença, até que eu a abordei.

— Estava te esperando.

Falo parado na sua frente, ela dá um grito, que quase estoura meus tímpanos me olhando com olhos arregalados.

— Tá louco? Que me matar de susto? O que você está fazendo aqui?
— Louca é você, quase estourou os meus tímpanos — mexo nos meus ouvidos para aliviar o zumbido. — Preciso falar com você e como não me ouviu me ignorou a noite toda, resolvi esperar.
— Poxa Max, desculpa por quase estourar seus tímpanos. Só. Que. Não. — Completa revirando os olhos.
— Obrigada pela consideração.
Tento soar o menos sarcástico possível mas acho que não deu certo.
— Não tem de que. — Ela não tenta esconde o sarcasmo. — Ah e como já falei, não tenho nada para falar com você.
Suspiro tentando não perder a paciência com essa maluca.
— Deixa de ser teimosa Linda só quero conversar com você, como falei mais cedo é assunto do seu interesse.
— Olha Max, amanhã tenho que trabalhar. Vou acordar cedo, então, realmente preciso ir.
— Quinze minutos são suficientes, você me ouve e depois pode ir.
— Ok. Você tem dez, nem um minuto a mais.

Seguimos até uma lanchonete, do outro lado da rua, pedimos uma água cada um, e sentamos frente a frente, nos encarando.

— Tenho uma proposta pra te fazer. Mas primeiro, quero te pedir desculpa por hoje mais cedo.

Ela desvia o olhar, respira fundo e responde parecendo derrotada.

— Não é realmente necessário, já te falei isso.
Não é o que parece baby, penso.
— Mesmo assim, eu precisava.

Porque eu precisava tanto? Me pergunto em silêncio, enquanto avalio sua postura.

— Ontem fiquei frustrado quando você me dispensou, admito. Então, acabei bebendo demais e fiz o que você já sabe. Eu sei que não te devo satisfação. Mas não tive intenção de te magoar. Me senti mal pelo que você viu mais cedo.

Ela me olha sem dar pista do que está pensando, isso me deixa ainda mais frustrado.

— Percebi que você não teve intenção de transar. — A ironia na sua voz é outra vez evidente.
— Não foi isso que falei, eu tinha intenção de transar sim. Só não com aquela mulher — completo sem desviar meu olhar do seu.

— Ah sim, isso muda tudo. Quanta delicadeza da sua parte, aliás. Mas vou repetir mais uma vez, está tudo bem Max. Minha reação foi exagerada mais cedo, nem sei o que me deu. O que você faz e com quem, realmente não é da minha conta. Se era só isso, já estou indo. — Seu desdenho me incomoda.

Seu sorriso sem vontade faz meu estomago embrulhar. Ela faz menção de levantar, mais seguro seu braço.

— Não, por favor, tem outra coisa que quero propor. É um assunto profissional. — Ela olha entre minha mão no seu braço e meus olhos sem entender.

Sua pele quente me agrada.

— Vi suas fotos mais cedo e gostei muito do seu trabalho.
— Como você viu minhas fotos? — Ela praticamente grita outra vez.
— Calma, só fiquei curioso. Quando fui visitar a Liz, comentei sobre o assunto, então, ela me mostrou seu portfólio. Ele está comigo no hotel.
— Eu quero de volta, você não tinha esse direito. Aliás, o que você quer com ele? — Agora ela está definitivamente irritada.
Por alguns segundos pondero minha decisão, ela mal me deixa falar. O mulher irritante.
— Não tenho nenhuma intenção de ficar com ele. Mas o porquê o peguei e o que estou fazendo com ele é onde quero chegar.

Seu olhar é de interrogativo.

— Não consigo entender o que você pode querer com minhas fotos.
— Sou fotógrafo Linda, todo que diz respeito a fotos me interessa. Também sei reconhecer quem tem talento, e você tem muito talento.

Ela alivia o olhar de repreensão fechando os olhos por alguns segundos antes de falar.

— Aqui meu talento não adianta muito, Max.

Posso sentir o pesar na sua voz.

— Você tem visto para EUA?

A linda espreme o olhar e então responde tirando um peso enorme das minhas costas.

— Sim, consegui o visto na época que ia estudar lá como falei. Na época já estava tudo certo, até o visto eu já tinha conseguido. Mas por que você quer saber disso?

— Porque quero te oferecer um emprego.
— Não Max, eu... — Ela começa a falar, mas para, seus olhos estão arregalados com a surpresa pelo que falei. — O que você disse? — Completa com um fio de voz.

Adoro ver a confusão em seu rosto.

— Você falou que quer me oferecer um emprego? Foi isso que eu ouvi? Que tipo de jogo é esse Max? Que brincadeira de mau gosto é essa? Acreditei que você era um cara legal e aquilo que aconteceu na barraca tinha sido só um caso isolado. Bem, eu estava enganada, isso é obvio agora. Mas pensei que você não chegaria a tanto.  Achei que ao menos você não era esnobe e nem gostava de brincar com o sentimento das pessoas. Notícia de última hora, eu estava enganada mais uma vez, você é muito mais idiota do que eu pensava.

Ela despeja tudo sem me dar chance de falar levantando para ir embora.

— Ainda não, Linda, você vai ouvir — falo irritado. — Principalmente agora que jogou esse monte de merda em cima de mim, me julgando, sem me conhecer — termino de falar segurando seu braço, a parando no meio do caminho de ir embora.

— Eu estava falando sério, quando falei do emprego, mas agora já estou quase me arrependendo disso. Você não pode me julgar assim, sem ao menos me conhecer.
— Acho que tenho todo direito de pensar o que eu quiser. E posso sim te julgar, tendo em vista o que já vi. Lembra-se de como nos conhecemos? Ou já esqueceu?

Merda.

— Eu já me desculpei sobre isso, não tive a intenção.
— Ok. Agora vamos falar sobre o jantar de desculpas então, aquele por causa do seu comportamento no primeiro encontro, lembra? Aquele que você quase me levou pra cama. Porém, não deu certo e você transou com primeira que viu na sua frente.

Merda em dose dupla.

— Ou você vai me dizer que não era sua intenção transar comigo quando me falou aquelas coisas no restaurante?
— Essa definitivamente era a minha intenção — sou sincero.
— E você também não transou com a primeira que viu, depois que eu sai?

Ela tem um ponto, mas não é disso que estamos falando aqui caramba. Transar e Linda na mesma frase causam ideias demais pra mim.

— Eu também já expliquei isso. Sim, eu transei com ela, mas queria mesmo era transar com você. Deixei isso mais que claro naquela noite, você não tem porque duvidar.

Seu olhar ferido quando afirmo a transa com a loira que nem lembro o nome, me causa um mal estar no estômago. Então sua expressão muda outra vez e vejo incredibilidade ou raiva, talvez? Seu lindo rosto fica mais pálido que seu vestido. E de repente não sei o que esperar dessa maluca outra vez.

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