Fotografando Amor

Capitulo 11

Voltei... desculpem o tempo que estive fora. Tá tudo virado de cabeça para baixo aqui, mas voltei para ficar! Bora terminar esse livro juntas?!
(Perdoem os erros)
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Capítulo 11

Linda

A conversa com o Max durou mais algum tempo. Ele me explicou melhor como funciona o estúdio, no seu melhor jeito, voltando a ser divertido como de costume. Mas quando nos despedimos, o clima voltou a ficar estranho. Ele insistiu em me acompanhar, em uma caminhada, até minha casa, e parecia que pisávamos em ovos. Era essencial manter a distância eu tinha certeza disso. Os beijos que trocamos não saem da minha cabeça, mas sei também que não podem voltar a se repetir. O fato de Max ser meu futuro chefe mudava tudo, eu não podia estragar minha chance por causa da atração que sentia por ele. Se cedêssemos à atração que sentíamos seria problema na certa. Eu perderia meu emprego e ainda teria um coração partido. Não podia me dar a esse luxo, então, a distância tinha que ser mantida.

Cheguei em casa e não consegui dormir, a adrenalina ainda estava a mil. Fiquei na varanda vendo as pessoas que ainda comemoravam o ano novo na praia e assisti o sol nascer. Feliz da vida com muita expectativa para o que estava por vir.

Ao amanhecer, resolvi passar um café, quando minha mãe acordou, ficou espantada por eu não estar me preparando para o serviço. Enquanto desfrutávamos de uma xicara de café contei pra ela tudo que aconteceu. Sem deixar meus medos para trás.

— Mãe, estou com um pouco de medo, é um pais diferente, outra cultura e eu só conheço a Lizoca lá.
— A Liz foi sozinha filha, você é forte tenho certeza que vai conseguir também.

Minha mãe tem uma fé em mim que nem eu tenho.

— Apesar de estar animada, também não quero deixar vocês. Tenho medo que precisem de mim e eu não esteja por perto.

Na verdade isso não sai da minha cabeça. Deixar as pessoas que fizeram da minha vida o que é, dói por dentro. Quando eu iria vê-los outra vez? Um ano, dois ou sete como a Liz? Sinto meu coração doer com o pensamento.

— Linda Flor, pelo amor de Deus, nem cogite não aceitar essa oferta por causa de mim e seu pai. Se você soubesse o quanto estou orgulhosa minha filha. Aceite essa oferta e vá viver seu sonho. Eu e seu pai nos viramos por aqui.

— Não, nem pensar. Ele disse que o salário é bom, eu acredito que seja mesmo. Então, vai continuar tudo do jeito que está. Eu quero muito aceitar, mas vou mandar o dinheiro todo mês, assim você continua a pagar o tratamento e tudo que precisar. Fico com o suficiente pra mim e mando o resto pra vocês. Não é porque vou estar longe que vou deixar de ajudar. Não é só porque é meu sonho que estou aceitando, estou pensando em como isso ajuda vocês também. Sempre tive vontade de dar uma vida melhor para ambos e acho que minha oportunidade chegou, então, não posso desperdiçar. Mas isso não muda as coisas.

Até parece que vou para outro país e deixar eles sem nenhuma ajuda. Sempre quis retribuir a altura o que fizeram por mim, e agora é minha vez. Mesmo que pra isso eu precise ir pra longe da proteção deles.

— Fique com o dinheiro pra você filha. Faça amigos, saia, se divirta, conheça outras cidades, é assim que tem que ser Linda. Não podemos ser um fardo pra sempre filha.
— Isso não está em discussão mãe. É melhor parar, está me ofendendo. Faço por amor, nunca fiz da minha contribuição um fardo.

Ela sorri com água nos olhos, emocionada, sabendo que estou sendo sincera. Se ela soubesse o quanto isso está longe de ser um fardo, e sim, muito agradecimento.