Capitulo 11

6.2K 606 28
                                    

Não percebi quando dormir, só quando acordei nos braços de Zathrian. O mesmo me carregava pela floresta e eu não sei de onde veio tanta preguiça em meu corpo, afinal, vampiros tendem a ficar até 100 dias sem dormir. O encarei e o mesmo andava com alguns homens em volta, seus braços me seguravam com cuidado, proteção e eu precia um bebê envolvida nos mesmos.

-Zoe já chegou?- Zathrian pergunta

Quem é Zoe?

-Não senhor, ela falou que chegaria apenas pela madrugada.- um dos homens falou e me mexi nos braços de Zathrian

-Onde estamos?- pergunto e o mesmo me coloca em pé no chão

-Apenas a um minuto da mansão.- Zathrian diz sério sem me encarar, isso me incomodou mais do que devia.

Andamos por um minuto até passarmos por uma grande quantidade de árvores bonitas e com flores, avistamos uma grande mansão nas colinas que dava a uma estrada de chão com uma bela vista a cidade de Demor. Os guardas nos receberam, assim como muitas pessoas, humanos. Os vampiros geralmente ficam na mansão, ou em cavernas. Os humanos nos viam como Reis, afinal, éramos os mais ricos em todo mundo e fazíamos parte dos fiéis dos prefeitos. Passamos por pessoas que nos encaravam contentes e os guardas nos "protegiam" de qualquer um que tentasse chegar perto da gente.

Zathrian seguia sério e ereto, eu apenas o acompanhava da mesma maneira. A mansão era grande e os portões se abriram e assim que possamos eles se fecharam. O mesmo aconteceu com as portas, grandes e detalhadas em ouro. A mansão era perfeita, totalmente detalhado, igual a Mor. Assim que entramos eu fui forçada a revirar os olhos.

Todos os empregados estavam reunidos no grande salão e Balthair estava na frente sorrindo de lado a lado com os braços abertos.

-Vossas majestades.- ele sorri exibindo as presas, todos eram vampiros dentro da mansão, incluindo os empregados que eram apenas vampiros que faziam a limpeza e a comida, pois viviam o luxo também.

-Belthair, o que faz aqui? Minhas ordens de ninguém do conselho em minha casa foram bem claras.- Zathrian diz calmo

-Ah, querido amigo e dono do maior poder, achou mesmo que eles um deixar vocês sem supervisão?- ele diz debochado e me encara de cima a baixo -O tempo fez bem a você, fujona.- ele debocha -Aposto que teve muitas aventuras em 215 anos, estou curioso para escuta-las.- ele pisca

-Basta!- Zathrian diz -Podem voltar para suas devidas tarefas, muito obrigada.- ele diz sério e assim todos fazem, é claro, Belthair não.

-Que lindo, já tem personalidade de líder.- ele sorri -Você também, Kova. Sempre mandona, metida, fujona..- ele debocha acariciando meu rosto e o empurro

—Acho que a ordem foi dada a você também.- sorri cinica

-Que lindos, os dois unidos contra mim!- ele ri e reviro os olhos -Fico feliz que minha vinda até aqui tenha fortalecido essa relação.- ele sorri

-Basta, não estou com paciência de aturar você.- Zathrian diz sério -Vamos.- bufo mais uma vez quando o vejo subir as grandes e exageradas escadas de vidro, espelho, rubi e belos detalhes em ouro. Era tudo impecável.

Com uma velocidade não humana, chegamos no 3 andar, onde Zathrian entrou em um quarto, sem duvida o mais luxuoso e grande do castelo inteiro.

Entramos no quarto e meu coração pulsou ao sentir cheiro de sangue fresco nas taças ao lado da cama. Zathrian tira o terno ficando apenas de calça e uma espécie de regata. O cheiro de sangue fez meus olhos ficarem vermelhos e bebi o mesmo, respirando aliviada.

-Agora pode piorar.- o encaro

-O que disse?- pergunto

-Você é compulsiva, viciada, descontrolada. Uma estripadora. Quando bebê direto da veia não consegue parar até a pessoa morrer e quando bebe taça ou bolsa de sangue, tem desejo de matar. Acho que com o poder triplicado, isso possa piorar.- ele diz e me encaro no grande espelho, meus olhos estavam vermelhos e minhas veias saltavam

-Estou com cede.- admito e em segundos Zathrian está atrás de mim tirando meu vestido com brutalidade

-Acho que posso resolver isso.- ele diz me virando e sinto meu vestido caindo em meus pés, me deixando apenas de calcinha

Meu corpo estremeceu. Zathrian havia cortado pescoço e o sangue escorria no mesmo. Ele passava as mãos em meu corpo e eu não tinha como não reagir à aquilo, era maravilhoso. Eu odeio este homem, mas a ligação era forte, o fogo era quente.

Não vi quando abocanhei seu pescoço, nem quando eu já estava com as pernas em sua cintura, ou até mesmo quando já estávamos na cama sujos de sangue e nus. Zathrian me levava a loucura e beber seu sangue era maravilhoso, ele não acabava, ele se alimentava de mim, era vicioso. Me fazia sentir nojo de qualquer outro sangue, nenhum se comparava ao dele. Nada se comparava a ele.

KOVA -1Onde histórias criam vida. Descubra agora