Capítulo 002 |Sonho & Encontro|

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Namorava com a Jéssica fazia um bom tempo. Mas tenho que revelar algo, às vezes penso que seria bom estar sozinho. Sozinho em todo os sentidos. Simplesmente só. E quando isso acontecia acabava dormindo melhor e sonhando com a moça misteriosa; já tinha reparado que quando a Jéssica resolvia passar a noite comigo eu não sonhava com nada, era ela se ausentar os sonhos voltavam em série. Era uma linda moça, os olhos mais expressivos que eu já vi, chegava a ser hipnotizante o fato de olha - lá. Eu gostava e não gostava desses sonhos, primeiro que toda vez que eu sonhava eu acordava no outro dia parecendo outro Felipe. A parte ruim era que eu nunca tinha visto ela e nem sei se irei conhecê-la. Ficava bem decepcionado em relação a isso. Mas minha vida tinha que continuar. Olhei para o relógio da cabeceira marcava 06h00hrs, tinha perdido completamente o sono durante a madrugada.  Levantei e decidi ir correr em um parque que tinha aqui próximo ao apartamento. Quando retornasse ajudaria a Cris a fazer o nosso café.

- Eh Felipe tem isso ainda. – Eu tinha mania de às vezes quase sempre falar sozinho. Lembrei que precisava procurar alguém com experiência pra realizar as coisas aqui no apartamento. Mas não seria agora, assim que voltar eu vejo isso com a Cris vou pedir ajuda dela.


Estava precisando me exercita, corri o suficiente parar tirar a tensão do corpo e esquecer alguns problemas, principalmente o casamento que a Jéssica tanto fala e era o assunto que eu mais temia e corria. Como que vou falar pra ela que não tenho certeza que quero me casar? Evitei pensar nesse assunto e voltei correndo. Tomei um banho rápido e ajudei a Cris a arrumar o nosso café e já estava indo para a Peripécia quando a mesma me parou.

- Felipe! – eu estava com a mão na maçaneta já.

- Cris eu estou atrasado. O que foi? - eu tinha esse dom as vezes de me atrasar mesmo acordando cedo. 

- Precisamos ver uma pessoa para fazer os serviços aqui no apartamento.

- Verdade. A noite conversamos. – Eu tinha esquecido totalmente, isso porque eu lembrei logo quando acordei. Cheguei à garagem e arranquei com o carro. Henrique iria me matar tínhamos um cliente dentro de 10 minutos.

Graças a Deus o cliente tinha atrasado e eu não iria carregar uma imagem de irresponsável. A reunião ocorreu tudo bem, eles estavam à procura de novos modelos para a nova propaganda de Shampoo e também estavam interessados em fazer com a nossa equipe. Reunião levou mais tempo que o esperando, eu já estava ficando bem exausto, tinha pegado toda a parte da manhã e começo da tarde e eu não tinha almoçado. E quando finalmente eles foram embora quase gritei um "aleluia", mas me contive. Eu e Henrique fomos pra sua sala e me esparramei no sofá.

- Achei que não ia acabar irmão. – falei.

- Nem me fala estou morrendo de fome e olha a hora que é. – Olhei para meu relógio de pulso realmente já estava tarde e não íamos achar almoço esse horário.

- O que você tem em mente? - pergunto

- Hm. Deixa-me pensar....Vamos naquela sorveteria que tem na quadra de baixo? – sugeriu.

- Gela boca? – perguntei. - Vamos agora! – dei um pulo do sofá e ele ligou para a secretaria avisando que íamos sair pelas portas do fundo que é próximo e qualquer coisa era só ligar nos nossos celulares.

 Henrique era meu melhor amigo. E tenho sorte dele trabalhar no mesmo local, sempre que quero desabafar eu vou direto nele e me dá sábios conselhos. Aquela sorveteria estava naquele lugar anos e anos, quando eu não venho com o Henrique venho com a Cris. Eu até sugiro a Jéssica o lugar, porém nem levo porque ela vai dizer "não me misturou com essas pessoas vamos para o clube". E era algo que eu não entendia porque se for ver era um bairro de classe igual à dela e mesmo assim ela achava ruim. Na verdade Jéssica não gostava de pessoas essa é a verdade. Jéssica a "diferentona".

- É hoje que eu abuso dessa sorveteria. – Henrique me trouxe para a vida real.

- Somos dois então. – quem não adorava um doce e ainda mais sorvete.

 Eu não sei o que aconteceu foi tudo muito rápido, uma hora estava entrando correndo na sorveteria, no outro momento eu não vi a garota aparecendo na minha frente e acabamos nos trombando ela chegou a cambalear mais consegui segurar ela, caso contrário seu destino seria o chão. Eu não tinha olhado pra ela ainda, porém quando olhei meu coração paro.

- Você! – dizemos juntos.


 Acho que estou sonhando ou em um universo paralelo porque não era possível que isso estava acontecendo, realmente a mulher dos meus sonhos estava na minha frente, melhor dizendo estava em meus braços. Nós nos encaramos de uma maneira que não tinha explicação era como se imãs estivessem nos aproximando um para o outro. E eu não queria solta-la.

Não. Quero mantê-la aqui.

- Moça você está bem? – Henrique direcionou-se ela. Porém ela não respondeu só fez um sinal com a cabeça e aos poucos fui afrouxando meus braços dela. Eu não estava conseguindo falar nada, o sonho tinha vindo para realidade. Naquele instante chegou um rapaz próximo dela. Perguntou a ela o que tinha acontecido mais ela também não o responde, ele passou o braço em torno dos seus ombros e é estranho a sensação de não estar gostando do gesto. A aproximação deles não me agrada. 

Será que era namorado? Noivo? Marido? Irmão? Eu queria saber. Precisava saber.

- Não. Não, aconteceu nada. Somente um "quase atropelamento". - O Henrique explicou o que aconteceu para o rapaz. Só que eu não estava escutando nada, estava somente olhando pra ela e vendo se era real.

Ela está envergonhada e eu queria saber o porquê.

 Só que eu não tinha nenhuma liberdade para isso, ia falar o que "Moça sonho contigo todas as noite" ela ia sair correndo e falar que eu era um louco varrido. Eles estavam indo embora e não podia deixar isso acontecer, não saberia quando ia encontra-lá novamente. Mas o Henrique acabou me puxando para um novo assunto e não prestei atenção pra que lado que eles foram.

- Felipe! Felipe! Ow Terra chamando. – Henrique começou estralar os dedos no meu rosto.

- Disse alguma coisa? - parei por um momento. -  Só me fala que isso foi real? - eu não estava acreditando ainda.

- O que? O que você tá usando cara? Tá estranho. – estava me fuzilando com aquela cara esquisita que ele fazia quando parecia que eu tinha duas cabeças ao invés de uma.

- Não Henrique. Presta atenção àquela moça. – a cara de paisagem dele estava me dizendo que não estava entendendo nada, - lembra os sonhos que eu te contei que eu estava, quer dizer que tenho ainda? Com uma moça que eu nunca tinha visto? – a cara de paisagem ainda estava ali. - É ELA! – berrei com as mãos para o alto.

- Que? Você tem certeza? Impossível isso. – se ele está duvido, imagina se eu tivesse contado para garota? Ela realmente sairia correndo. - Porque você não falou com ela? – minha expressão deve que era óbvia que eu nem precisei responder. – Tá certo no mínimo ela ia falar que você era um maníaco. E agora?

- Agora nada. Não sei seu nome, muito menos aonde mora. E outra o namorado dela estava com ela não viu? – disse isso com uma dor forte no peito. – Deixa quieto vamos fazer nossos pedidos e depois vou voltar na Peripécia para pegar o carro e vou em embora.










Não é todo dia que sonhamos com o Príncipe encantando né? kk Só Shirlipe mesmo! 

The Power of Love - FANFIC SHIRLIPEOnde histórias criam vida. Descubra agora