Don't You Dare

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Michael’s P.O.V

Minha semana passou comigo pensando: sexo, bebê, sexo, bebê, sexo, bebê... A parte do sexo veio primeiro, porque eu era um adolescente com os hormônios em alta, tinha um namorado muito gostoso e bom de cama e eu não sei, mas essa possível gravidez estava me deixando mais... animado (N/A: Na gravidez o apetite sexual aumenta, por isso nessa temporada muitos lemons).

Eu estava olhando para o relógio sem parar. Estava na minha última aula e era sexta, ou seja, eu iria pegar os resultados dos meus exames. O medo e a ansiedade estavam corroendo os meus ossos. Olhei para o relógio mais uma vez e o sinal tocou. Peguei as minhas coisas e saí da sala o mais rápido que pude. Vi o carro da minha mãe estacionado e corri em direção a ele esbarrando em alguém.

– Michael? Eu estava te... – Luke começou a falar, mas eu o interrompi voltando a andar.

– Desculpa Luke, mais tarde eu te ligo.

Minha mãe me levou ao hospital e ficamos esperando até que uma senhora chamou o meu nome. Entrei no consultório do Dr. Brian e ele estava olhando alguns papéis.

– Michael! – ele exclamou assim que me viu. Sorri para ele e me sentei em uma cadeira em frente a sua mesa. – Então, vamos olhar esses exames. – ele puxou um envelope branco e tirou os resultados dos exames e começou a analisa-los. Eu estava uma pilha de tão nervoso. Eu podia não estar grávido e eu rezava para isso. – Bem, pelo que eu estou vendo está tudo certo com você, mas...

– Mas... – repeti quando ele fez uma pausa.

– Parabéns papai. – meu coração parou de bater e eu paralisei completamente. MAS QUE MERDA! Eu estava realmente grávido e completamente desorientado. O que eu iria fazer? Todas as reações que tive na primeira vez que ele me disse aquilo voltaram mais fortes. Aquela confirmação era uma faca, mas eu me sentia um pouco feliz. Eu iria ter um filho. – Michael, agora você vai ter que se cuidar mais do que nunca, é uma gravidez de risco, de muito risco. Vou te dar uma lista de cuidados e te indicar um médico para cuidar de sua gravidez.

– C-certo.

– Não precisa ficar com medo.

– Eu não tô com medo. EU TÔ APAVORADO. – passei a mão por meus cabelos com um sorriso nervoso plantado em meus lábios.

Dr. Brian me explicou algumas coisas sobre gravidez, sobre o que eu poderia e não poderia fazer e sobre cuidados que eu deveria ter para não prejudicar nem a mim nem ao bebê. Eu já estava saindo do consultório quando me lembrei.

– Posso pintar o cabelo?

– Só se for uma vez quando passada a fase de risco que é de três meses de gestação. – ascenti com a cabeça e fui ao encontro de dona Karen. Ela estava mais nervosa que eu e me fez repetir cada silaba que o médico falou.

– Me deixa na casa do Luke, por favor.

– Você vai contar para ele agora? – balancei a cabeça afirmando e ela me deixou na porta da casa do loiro.

Bati a campainha e Luke mesmo atendeu. Sorri para ele sem graça e escutei gritos vindos de dentro. Ele me falou que era o primo que ainda não tinha ido embora. Fomos para o seu quarto e começamos a jogar algum jogo, mas eu não tirava da cabeça que eu tinha que conta-lo sobre o bebê e que ele iria surtar, terminar comigo e nunca mais olhar na minha cara.

O primo dele entrou no quarto umas dez vezes nos interrompendo e eu o agradeci mentalmente por isso. Suas interrupções me davam tempo de pensar em como contar para o Luke. E por mais que ele fosse barulhento e um pouco sem noção, ele era apenas uma criança. Ele era tão animado e feliz que me fez ficar imaginando eu, Luke e nosso filho brincando e correndo pela casa.

Depois de muito tempo enrolando e pensando eu decidi falar. Eu iria ter que falar de qualquer jeito, mais cedo ou mais tarde e eu preferia sofrer com a rejeição mais cedo.

– Luke, temos que conversar. – clichê, mas funcionou. O loiro parou de fazer tudo o que estava fazendo e olhou para mim. – Eu...

– Michael, você vai terminar comigo? – ele soltou rápido.

– Heim? NÃO. Não é isso, é que... Oh meu Deus! Certo... Eu vou falar... Eu tô gravido. – silencio! Nem eu nem ele falamos nada apenas nos encarávamos até que o idiota começou a rir, mas eu continuei sério. Não tinha graça!

– Ok Mikey, agora fala sério, o que você queria falar pra mim? – claro que ele tinha pensado que era brincadeira. Peguei o resultado do exame e a foto do ultrassom do meu bolso e joguei na cara dele. Luke olhou aquilo e sua expressão de riso logo se transformou em choque. – Mas... PORRA MICHAEL! COMO ISSO FOI ACONTECER? QUEM É O PAI?

– Sério Luke? Como você ACHA que isso foi acontecer? E eu espero que você não esteja insinuando que eu te traí e que esse filho não é seu... porque se for isso, eu te mato Hemmings. EU TE MATO, TA ME OUVINDO?

– MICHAEL...

– E PARA DE GRITAR.

– Você vai tirar.

– Como?

– Você vai tirar o bebê. Abortar. – eu não estava acreditando. Eu sabia que ele reagiria mal, mas nunca pensei que ele iria falar para eu abortar a criança. Eu nunca faria isso. Comecei a rir de desespero e tristeza.

– Eu nunca pensei que você fosse tão... Tão... Sujo e... Nossa, eu tô sem palavras pra você Luke. Eu não vou abortar o MEU filho. E eu realmente espero que você tenha falado isso da boca pra fora, porque se não, você pode esquecer que eu existo.

– Eu não falei da boca pra fora. Eu odeio crianças. – controlei a raiva para não bater nele e para que nada acontecesse com o bebê. Levantei-me e abri a porta.

– A partir de agora eu não te conheço e nem você me conhece. Eu não quero nem olhar na sua cara Hemmings. E eu juro que você nunca vai ver o rosto dessa criança. – saí da casa dele com lágrimas nos olhos. Ele sempre tinha que estragar tudo? Quando eu já estava virando a esquina ouço meu nome.

– Michael! – olho para trás e minha esperança desaba no chão. Ashton estava olhando para mim com um sorriso que logo deixou seu rosto no instante que ele percebeu que eu estava chorando. 

Ex-Boyfriend Season 2Where stories live. Discover now