Ex-Boyfriend Season 2

What do I do?

Michael’s P.O.V

Eu não sabia como eu tinha conseguido dormir a noite. Luke tinha me ligado umas mil vezes, mas eu não atendi, eu não sabia como agir com ele. Eu sabia que tinha que contar para ele da merda que nós dois tínhamos feito! Certo, não era merda, era um ser humano e era parte de mim só que eu não tinha ideia de como lidar com toda a situação.

Acordei com enjoo, já não era mais uma surpresa. Fiz o máximo para não vomitar e eu consegui. Tomei um banho e desci as escadas, já pronto para ir à escola. Minha mãe estava no fogão fazendo alguma coisa para o café. Sentei-me na sala e fiquei pensando sobre tudo. Dr. Brian disse que tinha uma possibilidade de eu não estar grávido e que aquele pontinho que ele viu na tela do ultrassom pode ser qualquer coisa, apenas o exame de sangue iria confirmar ou negar. E eu esperava que negasse.

– MikeyBaby, como se sente? – minha mãe me perguntou quando eu entrei na cozinha.

– Enjoado e com sono. – uma das coisas que vinha acontecendo ultimamente, eu não conseguia manter os olhos abertos por mais de cinco minutos.

– O que foi que o médico falou pra você, meu filho? Eu tô começando a pirar.

– Mãe, promete que você não vai me expulsar de casa nem pensar que eu sou um mostro? – a mulher me olhou como se eu tivesse três cabeças, mas prometeu do mesmo jeito. – Tem a possibilidade de eu estar... é... grávido? – aquilo saiu mais como uma pergunta do que como uma afirmação. Minha mãe paralisou e eu surtei mentalmente.

– Mas...

– Eu sei. Eu sou homem, mas aparentemente eu posso estar esperando um filho do Luke.

– Oh meu Deus, Michael! – ela segurou meu rosto com as mãos e eu não consegui decifrar sua expressão. – E agora? Filho, você é tão jovem! – ela estava levando aquilo muito bem, tinha alguma coisa errada.

– Para mãe, fala o que você pensa de verdade.

– Eu quero matar você e ao mesmo tempo te abraçar, mas eu sei que não tinha como saber que você iria... Engravidar, então eu não posso fazer nada a não ser aceitar. Mas eu ainda quero te matar. – ela suspirou e eu também. – E o Luke?

– O Luke... Eu não sei. Não contar até eu ter confirmado e saber se ele gosta de crianças. – fiz uma careta ao dizer e me levantei para ir à aula. Eu não ia comer nada só que a dona Karen me obrigou já que agora eu “não estava mais sozinho”.

Cheguei ao inferno completamente acabado. Minha cabeça doía, eu ainda estava enjoado e o pânico de contar para o Luke sobre o bebê me consumia, mesmo eu tendo decido contar para ele só depois de confirmada a gravidez. Eu estava me imaginando com aquela barriga enorme quando sinto dois braços passarem pelo meu pescoço.

– Oi Mike! – Ashton saiu de cima de cima de mim e sorriu. Eu apenas afirmei com a cabeça e continuei meu caminho para meu armário. – O que foi?

– Nada. – vi que ele ia me dar um soco brincando e que esse soco ia atingir minha barriga e meus olhos arregalaram. – NÃO ASHTON! – gritei colocando os braços ao redor de mim em forma de proteção. Eu não estava pulando de alegria com esse filho, mas eu não iria deixar de cuidar dele.

– O que foi cara? Normalmente você iria rir e...

– Você pode me socar em qualquer lugar menos na barriga.

Saí dali o mais rápido que eu pude para não precisar dar nenhuma satisfação a ele. Por mais que eu confiasse em Ashy, eu não tinha coragem de contar. O que minha vida se tornou?

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No intervalo eu me sentei com os meninos. Eu pensava num jeito de trazer o assunto crianças para a conversa para sondar Luke, mas não precisei falar nada. Ele mesmo falou.

– Meu primo de 8 anos vai passar o fim de semana na minha casa. Eu tô ferrado, eu ODEIO crianças... – eu parei de escutar quando ele disse a palavra “odeio”. Meu coração foi parar no meu estomago, eu não sabia como respirar, como me mexer. Tudo que eu menos queria aconteceu. Santo Cristo, o que eu iria fazer? O meu namorado, o cara que eu amava mais do que a mim mesmo, o cara com quem eu tinha feito um filho, odiava crianças.

Levantei-me da mesa o mais rápido que eu pude e corri para o banheiro, tentando conter ânsia de vômito que se espalhou pelo meu corpo. Entrei na primeira cabine que vi e todo o conteúdo do meu estomago foi embora. Sinto mãos passarem por minhas costas e eu sei que é Luke. Depois que já não me sinto tão mal, lavo meu rosto e tento me acalmar.

– O que foi Mikey?

– Nada. – tentei parecer confiante e calmo, mas eu estava destruído.

– O que o médico te disse?

– O resultado dos exames só sai sexta.

– Certo. Mikey...

– Tenho que ir Luke, depois a gente conversa. – tentei sair, mas ele segurou o meu braço.

– Por que você não me atendeu ontem? – eu não tinha como responder àquela pergunta. Eu não podia falar a verdade.

– Eu... deixei o celular com a minha mãe. – menti. Era a primeira vez que mentia para ele sobre alguma coisa séria.

Luke me soltou e eu saí do banheiro o mais rápido que eu pude. Fui para o ginásio e comecei a puxar meus cabelos que estavam se tornando brancos. Eu tinha que pintá-los de novo, mas eu podia? Faria algum mal ao bebê? Puxei mais ainda meus fios. Eu estava enlouquecendo e eu sabia que esperar até sexta iria consumir cada parte de mim mais rápido do que eu gostaria.