Capítulo 3

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𝙹𝚞𝚕𝚒𝚊

Eu não acredito mesmo que ela está em cima do meu namorado.

—Atrapalho fofos? — Encaro a menina ao seu lado que revira os olhos.

—O que foi, Julia? Já deu — Mateus me puxa nos tirando dali — Não cansa de passar vergonha garota? Vamos embora — Ele caminha até o carro me puxando.

—Mateus... — Resmungo por esta doendo.

—Entra no carro caralho! — Ele grita tão alto e próximo do meu rosto, que todos os olhares se viram pra gente.

—Para de fazer escândalo — Falo baixo abrindo a porta do carro.

—Ela não vai com você! — Escuto um grito e quando me viro só vejo Gustavo dando socos no Mateus, o jogando pelo chão e distribuindo mais socos.

—Alguém separa, por favor! — Suplico após ter ficado paralisada por um momento, mas ninguém separa.
Até um dos amigos do Gustavo vir e separar.

—Acabou Gustavo, vamos voltar pra festa — Ele puxa o Gustavo de cima do Mateus que se encontrava no chão.

—Eu vou levar ela pra casa. Julia, vem comigo — Fico parada sem saber o que fazer — Vem comigo — Ele me puxa pro seu carro e eu entro ainda tentando engolir tudo que tá acontecendo.

—Gustavo... Não precisa. Eu vou embora com o Mateus e... — Ele me corta.

—Para com isso Julia. Ele é um grande filho da puta e tu tá nessa cara.

—Mas ele é o meu namorado — Sou meio ignorante com ele.

—Se quer ir com ele... — Nos encaramos — Vai pra porra nenhuma. Me fala onde você mora que eu te levo — Da partida no carro.

—Você é incoveniente.

—Para de fazer doce, Julia. Vamos comer — Ele sorrir.

—Mão quero comer — Cruzo os braços e fico o encarando.

—Não perguntei se você queria comer, só falei que vamos — Brinca e segui com a atenção na estrada.

Depois de algumas ruas chegamos em um bar.
Sentamos do lado de fora mesmo, ele trouxe alguns corona long nack e foi comprar cachorro-quente.
Depois de um tempo ele volta e já estou no meu terceiro corona.

—Você bebe demais — Ele me entrega o lanche.

—Preciso me distrair — Dou mais um longo gole da bebida olhando a rua — Por que me ajudou? — Encaro seus olhos esverdeados e também azulado. É uma linda combinação que nem sei decifrar.

—Porque você precisava de ajuda. E eu senti necessidade de fazer isso por você — Ele fala após ter ficado me olhando por um longo tempo — Quando quiser ir pra casa, só me falar.

—Obrigada — Fico com vergonha de ele me ajudar naquela situação.

—Pelo o quê? — Ele me olha e começa a rir, fico sem entender — Está me devendo duas estressadinha. Você derrubou meu refrigerante e me molhou todinho, princesa.

—Idiota — Cruzo os braços — Pedi desculpas, não aceitou porque não quis.

—Eu sou o culpado? A abusada da história é você.

—Você é o culpado por ser um babaca em não aceitar minhas desculpas. A princesinha foi educada, tá legal ? — Nos encaramos e rimos alto.

—Até que você não é tão insuportável assim — Ele da seu último gole na bebida.

—Acho que consigo te aturar, mas você ainda me tira a paciência — Seco a garrafa.

—Muito obrigada, queridinha. Vou até te levar às compras — Ele afina a voz, o que me faz cair no riso e ele me acompanha.

—Podemos ir ? — O encaro e ele abre um sorriso.

—Claro. Tudo o que a princesa quiser.

—Para de me chamar de princesa.

—Por que? É um ótimo elogio — Debocha.

—Mas da sua boca soa como uma ironia — Ele rir nasal.

—Exatamente. Essa é a intenção, princesa — ele da uma ênfase no "princesa" e seguimos rindo e provocando um ao outro até o seu carro.
Logo ele me deixa em frente ao meu prédio.

—Está entregue, Ju. Eu moro no prédio seguinte a esquerda. Sai comigo amanhã?

—Desculpa. Pra falar a verdade, meu namorado disse que não me quer com você — Reparo que ele suspira olhando pra estrada e me encara de volta.

—Se mudar de idéia, me liga — Fala mais frio.

—Está bem. Valeu pela noite.

Ele dá um sorrisinho de canto e acena, aceno de volta.
Subo o elevador e deparado com Mateus na minha porta.

—Aonde você estava, Julia? — Ele levanta do chão que se encontrava e me abraça.

—Por favor, Mateus. Vai embora, não faz isso de novo — Tento me soltar dele, mas ele me segura com firmeza.

—Não me deixa, por favor — Ele sussurra bem perto do meu ouvido — Me perdoa Ju, eu amo você. Ela deu em cima de mim — Se explica e não me deixa falar nada.

Ele me puxa para um beijo calmo, tento rejeitar, mas acabo cedendo dando passagem pra sua língua se adentrar e da algumas mordidas em meus lábios, acariciando minha cintura.

Nem sei como entramos no apartamento, com ele já me puxando pro meu quarto. Me deitando na cama e vindo por cima beijando meu pescoço e abrindo meu short, enfiando dois dedos na minha intimidade, fazendo um vai e vem devagarinho, que me faz gemer baixinho. Ele termina de tirar meu short me deixando de calcinha e fica esfregando seu dedo por cima.

Ele me dá um sorrisinho, tira minha blusa e massageia um de meus seios, me fazendo arfar, ele me puxa pra um beijo bem rápido e feroz. Ele termina de tirar minha calcinha, rompendo o beijo.

Quando tira a sua calça com a cueca, ele voltou por cima de mim já colocando a camisinha, colocando seu membro com tudo, dando estocadas fortes até nossos orgasmos. Nada de especial.

—Estamos bem? — Ele deita ao meu lado.

—Estamos — Forço um sorriso e viro de costas pra ele tentando pegar no sono.

Eu sei que é meio estranho, mas não gosto da forma que transamos. Falta muitas coisas na nossa transa, não sei dizer o que realmente é, não sei se é o jeito que fazemos ou sei lá.

Me desligo dos meus pensamentos e durmo.

—Ju...— Alguém me chacoalha.

[...]

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