Não Revisado
Nathalia pov's
Acordei com o despertador do meu celular tocando lá da sala. Tentei me levantar mas um abraço preso à minha cintura me impediu de completar o ato. O ser dono daquele braço era Kim Minseok, aquela famosa amnesia matinal passou e me toquei que o que aconteceu na noite passada não era um sonho.
Esfreguei meus olhos e tentei me levantar mais uma vez, tentativa falha. Resolvi então acordar a bela adormecida que estava ao meu lado.
-Minseok, acorda.- falei o mais longe possível do seu rosto para ele não sentir meu bafo senão era provável ele não levantar mais. -Minseok!- chamei mais alto dessa vez.
-Hm?- ele proferiu ainda com os olhas fechados.
-Eu tenho que ir trabalhar, então, por favor, me deixe levantar.- falei.
-Não, você tem que ficar aqui comigo.- e me apertou mais com seus braços.
-Kim Minseok, eu vou me atrasar!- quase gritei.
-Não dá para mandar uma substituta ou algo assim?- ele pergunta.
-Não Minseok, não dá.- ele finalmente me largou e eu pude levantar e ir ao banheiro tomar meu banho.
Tomei uma banho rápido e me arrumei. Peguei meu celular em cima do balcão, onde tinha deixado na noite passada e faltava meia hora para eu estar na escola, então decidi fazer uma café e qualquer acompanhamento rapidinho.
Enquanto mexia no fugão, estava fazendo uma tapioca, sinto Xiumin me enlaçar minha cintura com seus braços no momento em que falava um "bom dia".
-Ótimo dia!- o respondo. -Desculpa por ter gritado mais cedo, mas para manter essa casa eu preciso trabalhar.- continuei com minha atenção voltada à frigideira.
-Tudo bem. Isso é meu?- ele aponta para a tapioca e eu assinto. -Ok, mas o que é isso?
-Tapioca com queijo. Eu acho que você vai gostar, todo mundo gosta.- dobrei a massa e coloquei em um prato e entrego para ele. -Vou indo.- pego meu celular em cima da mesa e pauso a musica que tocava, porém Minseok me chama. -Oi?
-Vem cá.- me aproximo dele ficando a uma passo de distancia, mas ele destrói esse espaço entre nós me puxando pela cintura e colando nossos corpos. Ele sorri e aproxima nossos lábios deixando uma mão sobre minha bochecha e a outra apertando minha cintura, ele intercala seu olhar entre meus olhos e boca antes de finalmente me beijar. -Vou te mandar o endereço do hotel que eu estou e depois que sair da escola você passa lá, ok?- disse assim que nos separamos e eu assinto.- Acho que você tem que ir para a escola agora.
Olhei o relógio em meu pulso e me assustei ao ver a hora. Saí correndo de casa, o que não adiantou muito já que cheguei atrasada na escola.
(...)
Saí da escola e passei em casa para tomar uma banho e trocar de roupa. Usava agora uma roupa bem básica, um short jeans e uma regata preta com uma tênis branco. No momento estou a caminho do hotel em que Xiumin está e é bom rolar alguma coisa porque eu deixei vários trabalhos de lado para ir lá.
Minutos depois cheguei no local, passei pelo saguão e adentrei o elevador com a companhia de dois homens e a porta se fechou. O que pensei que seria apenas uma simples andada de elevador normal virou um pesadelo, um dos homens que estava ali virou para mim e começou a me encurralar no canto do elevador.
Comecei a entrar em pânico, quem me dera fazer o que achei que faria numa situação dessa, socar a cara da pessoa e ligar para a policia logo em seguida, mas não foi assim. Eu travei, era como se eu não controlasse mais meu corpo. Eu queria tentar o parar mas eu não conseguia. Logo o outro homem também veio para cima e começou a me tocar, a passar a mão em mim, coisa que o outro homem já estava fazendo.
Eu pedia descontroladamente para eles pararem e tentava fracassadamente tirar as mãos deles de mim. Lagrimas rolavam pelo meu rosto e eu nunca me senti tão vulnerável, tão frágil, como naquele momento. Aquilo era como no inferno, cada segundo dentro dali parecia uma eternidade. Eu não dava conta de fazer nada, a porta não abria, eles não paravam e um sentimento de impotência, de inutilidade me invadiu.
Depois do que pareceu séculos a porta daquele cubículo se abriu e pude ouvir uma voz que fez uma sensação que era uma mistura de tanta coisa explodir em meu peito.
Minseok pov's
Tentava pela centésima vez usar o telefone do quarto para pedir comida mas não funcionou, o único jeito é descer até o restaurante do hotel e comer por lá mesmo enquanto a Nathalia não chega.
Saí do quarto e, no final do corredor, apertei o botão para chamar o elevador. Quando chegou e as portas se abriram eu fiquei assustado com a cena ali, à minha frente. Quando reconheci ser Nathalia ali, gritei seu nome, o que fez os caras pararem, eles saíram do elevador e entraram no corredor vindo para cima de mim, fiz o que meu personal trainer disse uma vez: "se for brigar, seja o primeiro a dar o soco".
(...)
-Você está bem?- disse assim que fechei e tranquei a porta do quarto do hotel.
Depois do ocorrido, ligamos para a policia e Nath fez a queixa formal e, como aqui no Brasil tem a "Lei do minuto seguinte", que prioriza a voz da vítima, e eu era testemunha, os homens com certeza serão presos.
-Hm... Não muito, não sei. É estranho, eu vejo no noticiário vários casos assim mas nunca pensei que iria acontecer comigo.- ela se sentou na cama. -E pensar que tem casos piores do que o meu, onde os homens estrupam, agridem e ou matam a mulher, é assustador.- não tinha nenhuma expressão no seu rosto, parecia que ela estava em outro universo.
-Quer comer alguma coisa?- ela negou. -Eu acho que o serviço de quarto não iria funcionar a essas horas mesmo.- o relógio em cima do criado marcavam quase três da manhã.
-Podemos apenas ficar deitados e ir conversando até algum de nós dormir?- ele perguntou.
-Claro. Mas você não quer tomar um banho primeiro? Só para relaxar.- ela assentiu. Indiquei o banheiro para ela enquanto pegava uma blusa minha para ela usar. Depois de um tempinho, a ouvi gritar do banheiro para pegar sua bolsa, levei para ela tentando adivinhar o porquê, e aproveitei para levar a blusa também.
Ela saiu do cômodo minutos depois, já com minha blusa, que não ficava tão grande quanto eu achei que ia ficar.
(...)
De banho tomado, deitado e abraçadinho com Nath por debaixo das cobertas, era como eu me encontrava. Era um ótimo momento nascido de péssimas circunstâncias. E continuaria sendo um ótimo momento se não fosse tomado por tristeza, ouvi Nathalia fungar e senti seu rosto molhado em meu peito. A fastei somente o suficiente para olhar em seus olhos e confirmar a minha suspeita, ela estava chorando e eu estava quase, apenas por vê-la assim.
-Shi... Vai ficar tudo bem, ok?- a apertei mais em meus braços. Precisava ficar tudo bem, eu não quero ir embora de deixa-la aqui assim. -Eu estou aqui.- por pouco tempo infelizmente. Dei um beijo em sua testa e com o meu rosto longe de sua vista me permitir deixar a primeira lagrima se derramar, sendo seguida por outra, e outra, e mais outra.
Essa noite era para ser especial. Eu declararia todo meu amor por ele, a pediria em namoro, contaria que voltaria para Coreia em três dia e a noite terminaria com nós dois, na cama, se é que me entende. Mas lamentavelmente não foi o que aconteceu.
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Oi pessoal, tudo bem?
Não deu para atualizar semana passada, desculpa. Mas para recompensar tem aí um capítulo com mais de 1.200 palavras.
Eu queria falar muita coisa sobre esse capítulo mas não sei quais palavras usar, então, para não cometer nenhum erro, vou ficar aqui quietinha.
Votem e comentem
Tchauzinho
Para qualquer caso de violência contra a mulher ligue no número: 180
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¡Instagram! |Xiumin|
Fiksi PenggemarUma fã maluca e indecente comentava coisas um tanto obscenas nas fotos do Instagram de Xiumin. Início: 19/03/2019 Concluída: 05/11/2019