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— Theodore, que bom que veio

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— Theodore, que bom que veio. — July Anderson é uma senhora de setenta anos extremamente conservada e sagaz, muitos a consideram uma mulher à frente do seu tempo. Exemplo, ela não está se importando muito em estar usando um vestido cujo o decote mostra seu umbigo. — Achei que arranjaria uma desculpa para não vir este ano.

— Este ano eu não consegui pensar em nada. — Digo com humor, mas ela não precisa saber que não passa da pura verdade. Faltei a este evento e a alguns outros que esse casal organizou nos últimos três anos, motivo: odeio conversas sociais e mais intimas, coisa que eles apreciam muito.

— Adoro sua sinceridade. — Ela sorri, mas percebe Mackenzie ao meu lado logo depois que a mesma murmura alguma coisa com sua melhor expressão de tédio. — E trouxe alguém... — July mede minha acompanhante dos pés à cabeça, isso não parece intimidar em nada a loira. — O que estava dizendo agora pouco?

— Estava dizendo que Theodore não é sincero, é mal educado. — July arregala os olhos e vira o rosto para mim, não sei dizer se está impressionada ou horrorizada. — E meus parabéns pelas bodas de diamante, desejo felicidades a vocês. — Mack sorri, parecendo sincera nas suas felicitações.

— Obrigada, querida. Seu nome é?

— Mackenzie Paris. — Elas apertam as mãos e July parece estar realmente fascinada por minha assistente.

— Paris... dá família do Francis Paris?

— Não, não... eu não sou uma milionária. — Mackenzie sorri e atrela seu braço ao meu, encostando sua cabeça em meu ombro. — Sou assistente dessa coisa aqui. — Provoca e reviro os olhos, entediado, mas July parece adorar.

— Assistente?

— Infelizmente. — Murmuro e me desvencilho de Mackenzie, empurrando-a para o lado, mas sem machucá-la, claro.

— Entendo. — July intercala seu olhar entre nós e um sorrisinho brota nos cantos de seus lábios vermelhos de batom. — Me convidem para o casamento.

— O que? — Do que essa senhora maluca está falando?

— Eu jamais me casaria com isso aqui. — Mackenzie aponta o dedo para meu rosto e bato em sua mão, puto. Por que ela continua descartando nosso relacionamento desse jeito? Não que eu queira essa mulher, mas me sinto ofendido com essa recusa dela sem ao menos pensar duas vezes.

— Sei. — Ela pisca para nós e vira as costas. — Aguardo o convite. — Diz sobre seus ombros e se vai, provavelmente para conversar com outros convidados.

Encaro Mackenzie e suspiro, realmente preciso conversar sobre essa atitude dela. Isso não tem cabimento.

Seguro em sua mão e a puxo, buscando com os olhos algum lugar deste salão que esteja vazio e que nos dê privacidade para conversarmos sem sermos escutados.

The CEO's - Talvez Seja VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora