70.Operação Northwoods

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No início da década de 1960, líderes militares americanos elaboraram um plano sistemático para criar apoio público em função de uma guerra contra Cuba, o que provavelmente derrubaria Fidel Castro do poder.

Segundo conspiradores que discutem os documentos relacionados à operação Northwoods, a CIA planejou realizar ataques terroristas falsos sobre os EUA a fim de influenciar a opinião pública para culpar Cuba e, assim, iniciar uma guerra.

Os planos incluíam matar pessoas inocentes e soldados americanos, assassinar imigrantes cubanos, explodir navios cargueiros e afundar barcos de refugiados.

Felizmente, o então presidente Kennedy rejeitou o plano, mas isso não minou o apelo da operação Northwoods, uma conspiração para guerra quase bem-sucedida.

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Operação Northwoods: quando o governo americano promoveuterrorismo para confundir seus cidadãos...

Ao longo da história recente, por inúmeras vezes, ouvimos falar da intervenção direta e indireta do governo dos Estados Unidos sobre a política de outros países – como patrocínio a ditaduras em países, como as Latinas durante os anos 1960 e 1970, ou ajuda a grupos guerrilheiros em lugares da Ásia e África – enquanto falavam publicamente em democracia, paz e justiça. Em outros aspectos temos, também, as afirmações de que o próprio governo americano foi responsável pela morte do então presidente Kennedy e pelos ataques às Torres Gêmeas e ao Pentágono, em 2001.

No entanto, há uma parte negra da história estadunidense que precisa ser estudada e lembrada pelos especialistas, principalmente após a abertura dos WikiLeaks por Julian Assange. Uma destas histórias escabrosas é a chamada "Operação Northwoods", até hoje muito debatida e cobrada por grupos civis de direitos humanos de todo mundo, principalmente dentro dos próprios Estados Unidos. É interessante pontuar que a "Operação Northwoods" não é uma lenda urbana ou uma teoria conspiratória: ela é real e figura em muitos livros de história dos Estados Unidos.

Mas afinal de contas, o que seria essa tal "Operação Northwoods" que nunca ouvimos falar? Que nunca é citada pelos jornais? Que nunca aparece nos filmes? Bem, ela é um episódio bizarro da história da maior potência do mundo que eles mesmos gostariam de esquecer, e por isso evitam falar sobre; é quase um assunto indizível, como, por exemplo, o fato de terem perdido a Guerra do Vietnã. Vamos às explicações no texto que segue...

A chamada "Operação Northwoods" foi o codinome dado a um conjunto de planos secretos elaborados, em meados dos anos 60 e 70, pelas mais altas patentes militares dos Estados Unidos, e que visava assassinar pessoas inocentes e praticar atos de terro...

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A chamada "Operação Northwoods" foi o codinome dado a um conjunto de planos secretos elaborados, em meados dos anos 60 e 70, pelas mais altas patentes militares dos Estados Unidos, e que visava assassinar pessoas inocentes e praticar atos de terrorismo em cidades do próprio país cujo objetivo era enganar a opinião pública americana, conduzindo-a a apoiar uma guerra contra Cuba.

Vale lembrar que durante a Guerra Fria (1945-1989), nos anos 1960, houve o episódio conhecido como "Crise dos mísseis de Cuba", quando a União Soviética armou Cuba com ogivas nucleares sob a ameaça de atacar os Estados Unidos caso houvesse um tipo atentado à então ilha de Fidel. Durante esse período histórico houve um terrível medo de uma possível Terceira Guerra Mundial. Portanto, para os cientistas políticos que hoje investigam os eventos, era preciso ter uma cara de inimigo para combater-se.

Sob o codinome "Operação Northwoods", esses planos incluíam o possível assassinato de refugiados cubanos, o afundamento de barcos de refugiados cubanos em alto mar, o sequestro de aviões comerciais, a explosão de um navio norte-americano e até a orquestração de terrorismo violento nas maiores cidades americanas, tais como Nova York, Miami, Chicago e Los Angeles. Vale ressaltar que a "Operação Northwoods" não é uma teoria da conspiração, muito menos um folclore urbano; os detalhes foram publicados em vários livros de testemunhas, pesquisadores etc.

Esses planos macabros foram detalhados no livro "Body of secrets: doubleday", escrito pelo repórter investigativo James Bamford, sobre a história da maior agência de espionagem americana, a National Security Agency. Entretanto, o autor nota que esses planos não estavam diretamente subordinados àquela agência; foram elaborados com a aprovação unânime do Estado-maior das forças armadas norte-americanas, e apresentados ao secretário de Defesa Robert McNamara, em março de 1962.

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