Drauhar era alguém que seguia as tradições de sua tribo, todos os dias passavam horas caçando por comida e água, recursos raros na montanha, mas isso não os abalava, faziam de sua dificuldade uma competição, e sempre que haviam lutas seja para treinar, diversão ou até desentendimentos, sempre prezavam pelo jogo limpo, de mãos nuas. Até um certo dia em que a tribo foi atacada e massacrada, os inimigos cobriam seus rostos, sendo impossiveis de dizer que raça eram, mas com certeza não eram humanos, a força era inigualável. Os que não foram mortos, foram capturados para entreter um grupo de humanos na arena. Uma população inteira bradava na plateia, Drauhar temia, não por sua vida, mas pela de seus companheiros. No fim ele teve de matar a todos com suas próprias mãos, utilizando até mesmo truques sujos. Foi ai que ele percebeu, em meio aos corpos de seus companheiros, os corpos que ele mesmo foi obrigado a matar. Não havia honra, a paz era uma mentira, "Glória para os forte, morte para os fracos." Drauhar repetia ao fim de cada batalha que saia vitorioso. O seu cárcere teve fim quando uma batalha simples contra um elfo qualquer morreu com apenas um golpe de espada, guardas vieram colocar seus grilhões, mas vigor pulsava nas veias de Drauhar, não estava nem um pouco cansado, num surto de fúria e desepero para se ver livre novamente ele matou os guardas e correu, se isolando em uma floresta próxima. Respirar era uma agonia para seus pulmões, que pareciam estar prestes a explodir, seus braços e pernas pendiam, prestes a cair, deitou-se ali mesmo no chão da floresta e disse pra si mesmo "Glória aos fortes... morte aos fracos..."
(Golias, Guerreiro)