17. Pesadelos ( Bella Swan)

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Capítulo 17 - Pesadelos (Bella Swan)

Consegui chegar a tempo para fazer a prova. Karen estava comigo na cantina enquanto eu comia alguma coisa, ela me avaliava detalhadamente como se estivesse vendo minha alma.
- Por que você não pergunta logo? Sabe que fica estranho quando me olha assim. — Comento com a boca cheia.
- Onde passou a noite? E nem vem dizendo que passou vendo as estrelas porque não vai colar. — Ela diz.
- Por aí. — respondo.
- Minha nossa! — Ela diz, com um sorriso que parecia o do Coringa. — Você trepou com alguém!
Sua empolgação era tanta que ela acabou falando mais alto do que devia, fazendo assim algumas pessoas olharem para a gente.
- Nossa. — Digo, olhando feio para ela. — Eu não sabia que minha vida sexual era tão empolgante para você.
- Caramba. — Ela diz. — Dá um desconto, desde que você terminou com o Derik você não trepou com mais ninguém.
- Eu nunca trepei com o Derik. — Digo e ela me olha. — A gente fazia algumas coisa, mas nunca chegou aos finalmentes.
- Fala sério, um cara gostoso daquele é gay. — Ela comenta, rindo.
- Não, ele só não queria trepar comigo porque já tava trepando com a Sasha.
- Grande merda. — Karen diz. — Todo mundo já trepou com a Sasha. — Ela fala naturalmente. — Acho que se duvidar até o zelador da escola.
Karen sorri da própria piada. De fato eu nunca trepei com Derik. Eu perdi minha virgindade com Mike e honestamente foi uma merda, depois dele comecei a namorar com o Derik, foi com ele que aprendi a chupar e usar as minhas mãozinhas muito bem. Ele também me dava prazer com sua linda boquinha mas sexo, sexo mesmo, nunca. Ele sempre parava quando as coisas começavam a sair do controle. Então devido à carência, devido à falta de um contato físico mais profundo passei a me masturbar e a usar alguns brinquedinhos, mas quando descobri que ele andava trepando com a Sasha entrei num momento de purificação; Parei de ir em festas e de encher a cara por qualquer merda, voltei a olhar as estrelas e a evitar multidões.
Mas aí ele apareceu virando meu mundo todo de cabeça para baixo. Ele era lindo, sexy, e me deixa em chamas só com aquele olhar. Resumindo, ele está sendo uma péssima influência e acabou com toda a minha purificação.
Sempre que eu tento me afastar porque minha mente grita que é errado, que ele é chefe do meu pai, ao mesmo tempo ela me leva de volta para ele como se ele fosse um imã me atraindo com toda a força do mundo.
Sim, com ele sexo é bom e perfeito, ele conhece meu corpo como se fosse um mapa. Sabe exatamente onde tocar e me fazer perder o controle, é como se ele me conhecesse melhor do que eu mesma, e sempre que olho para ele é como se não fosse a primeira vez, é como se ele já tivesse feito parte da minha vida, talvez uma vida que eu não consigo lembrar.
- Então, quem é o cara? Eu conheço?
- Por que você acha que tem um cara, Karen? Pode ser uma garota. — Provoco ela.
- Duvido. — Ela diz. — Essa camisa é de homem. Por mais que tenha feito dela um lindo vestidinho é notável, e pelo visto ele tem dinheiro já que essa camisa aí é de marca.
- Para de loucura. — Digo, levantando. — Vamos, ainda temos uma última aula.
Karen não diz nada, apenas me avalia novamente e em seguida levanta. Ela é assim, sempre quer saber de tudo, o problema é que eu não sou um livro aberto. Eu sabia que ela ficaria chateada mas não falaria nada, não agora até porque nem eu sabia o que estava acontecendo mesmo.
Entramos na sala e nos sentamos. Minutos depois um cara alto e loiro entrou, ele era jovem e bem bonito. Karen se arrumou na cadeira e deixou bem à mostra seu lindo decote, eu sabia que ela estava dando em cima do professor, ela sempre fazia isso quando achava o professor gostoso, segundo ela.
- Para quem não estava aqui na aula passada eu sou Jasper Hale, o novo professor. — Ele diz e então congela me olhando.
Ele me encara e sua face está pálida, é como se ele estivesse vendo um fantasma e eu me lembro bem dessa cara, porque foi a mesma que Edward fez para mim quando nos encontramos pela primeira vez no elevador da sua empresa. Jasper pisca os olhos algumas vezes e então se apoia sobre a mesa.
- Você está bem, professor? — Karen  pergunta.
- Desculpe. — Ele diz, recuperando a postura. —  Falei muito rápido, vamos começar a aula.
Durante toda a aula ele não tirou os olhos de mim. Isso me incomodou um pouco, mas Karen ficou bem mais, ela era acostumando a receber todas as atenções sempre e dessa vez sua beleza não foi o bastante.
- Senhorita Clark. — Jasper chamou, fazendo a sua chamada.
- Aqui. — Digo, levantando a mão.
- Isabella Clark Swan. —Ele diz como se testasse ou quisesse ter certeza.
- Sim, sou eu. — Digo.
- Desculpa, só queria ter certeza. — Ele continua a chamada até o último nome, depois volta sua atenção para sala. — Bom, é isso, e por favor leiam o capítulo 3 completo para a próxima aula.
Todos começam a sair e Karen sai sem dizer nada, sei que ela está zangada. Apenas jogo minhas coisas na bolsa, queria sair dali rapidamente. Em meio ao caminho meu telefone toca e vejo que é meu pai.
- Bells, querida.
- Oi, pai.
- Bells, estou indo para Los Angeles agora, preciso ver uma coisa pessoalmente a trabalho, estarei de volta amanhã à noite. — Ele diz rapidamente, ouço chamarem alguns voos. — Por favor, não se meta em confusão.
- Claro. — Digo, estou chegando próximo à porta.
- Te amo, Bells.
- Idem, pai.
Então ele desliga o telefone e eu consigo sair da sala de aula me sentindo extremamente incomodada com o modo que o professor estava me olhando.
(...)
Estou em casa, o jantar a empregada deixou pronto antes de ir embora. Estou vendo TV na sala enquanto mexo também no celular, mandei mensagem para Karen perguntando se tava tudo bem mas ela não respondeu. Jogo o celular sobre o sofá e levanto para ir à cozinha comer, alguém bate na porta. Caminho até a porta, ao abrir lá está ele parado na minha porta, de banho tomado, cabelos molhados, usando suéter cor de creme e calça caqui preta. Totalmente básico e incrivelmente sexy.
- Não vai me convidar para entrar?
- Por que está aqui? — Eu pergunto e ele me olha revirando os olhos.
- Vai começa tudo de novo? — Ele perguntou.
- Tudo bem, entra. — Digo e deixo ele passar. — Meu pai poderia estar em casa.
- Ele não está. — Edward diz. — Ele viajou a trabalho.
- Não me diga que você fez isso?
- Até parece. — Ele diz, olhando detalhadamente minha casa.
- Estou indo jantar, você quer?
- Um convite! — Ele diz, zombando. — Não vai me chutar depois do jantar, vai?
- Só se você não falar por que está aqui.
- Não está óbvio?
- Não para mim.
- Vim ver você já que você ignorou todas as minha mensagens.
- Estava ocupada.
- Claro que estava. — Ele diz, sorrindo de uma maneira que poderia ser até pecado.
Edward me acompanha até a cozinha onde eu mesma sirvo ele com um bom pedaço de lasanha. Ele me olha atentamente enquanto coloco tudo sobre a mesa e se senta ao mesmo tempo que eu. Começamos a comer em silêncio, mas sei que ele está observando cada movimento meu.
- Como foi seu dia? — Ele perguntou, quebrando o silêncio.
- Chato. Fiz três provas hoje e ainda tive um encontro estranho com meu novo professor, foi estranho. — Comento ao lembrar.
- Por que estranho? — Ele perguntou.
Ele comia elegantemente, era como se fosse a mais bela pintura ou um verdadeiro lorde inglês. Perfeito em cada movimento.
- Não sei ao certo, apenas foi estranho. — Comento novamente.
- Falou com seu pai?
- Sim, ele me ligou avisando sobre a viagem. — Comento. — O que ele foi fazer em Los Angeles?
- Foi a trabalho. — Edward diz.
- Isso eu já sei, ele mesmo me disse.
- Tecnologia nova. — Ele fala. — Seu pai está desenvolvendo uma nova tecnologia.
- A mamãe ia adorar. — Eu comento, sem me dar conta.
- Eleonora era uma mulher admirável. — Ele comenta.
- Você conheceu minha mãe?
- Sim, ela sempre acompanhava seu pai nos jantares formais. — Ele explica. — Estava sempre sorrindo e sempre serena. Como disse, uma mulher admirável e parece que criou você muito bem.
- Ela adorava tudo o que meu pai criava. — Eu digo. — Ela dizia que ele era um homem de mente incrível.
- É por isso que o tenho trabalhando para mim.
— Como conseguiu?
— O quê?
— Tudo isso. Você não parece ser tão velho, então me pergunto como alguém tão jovem conseguiu praticamente criar um império tão grande.
- Talvez porque eu já tivesse perdido tudo. — Ele diz, sério e pensativo.
— Como?
— Tudo o que um dia eu amei foi tirado de mim. — Ele diz. — Quando se perde tudo e você já está no fundo do poço, só fica para você uma saída.
- Que seria?
- Subir novamente. — Ele diz. — Foi o que fiz. Lógico que a Carol me ajudou bastante, mas eu fiz todo o trabalho duro.
— Quem é Carol?
— Minha sócia. — Ele diz naturalmente e então aquela inquietação que começava a me incomodar desde o momento que ele disse seu nome morreu naturalmente.
— Você quer sobremesa?
— Quero.
— Tem sorvete.
— Não é bem esse tipo que estou pensando.
Sim, ele tem os lindos olhos verde brilhando como duas estrelas e aquele sorriso, aquele lindo sorriso que faria qualquer pessoa arrancar as roupas.
(...)

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