Abracadabra

12. Maldição ( Edward Cullen)

Capítulo 12 – Maldição (Edward Cullen)

Ter passado a noite com Bella não foi tão ruim, ter ela perto em meus braços foi ótimo. Lembro de quando estava preso no Mundo dos Sonhos, e nesse mundo fiz bem mais do que só abraçar a bela moça.

Mas muita coisa estava errada, meu pai ter ajudado Renée a roubar minhas lembranças foi realmente ruim. Ainda não sei qual foi o real motivo deles terem feito isso mas o problema maior é que as lembranças estão voltando e não consigo entender o porquê de tudo isso.

Eu sabia que em um futuro, talvez longe ou perto, ela estaria comigo, sabia que não seríamos apenas amigos e possivelmente teríamos filhos, mas nesse momento não sinto esse grande amor por ela. Fico curioso por causa das lembranças, fico tentando entender como conseguir fazer isso, como posso me apaixonar por alguém como ela.

Não desmereço a menina linda que ela é, Bella é linda, mas é fria, não se importa com os outros, pouco a vejo demonstrar emoções, pouco a vejo sorrir. E nunca vi um brilho de alegria em seus olhos.

Mas se calcular tudo o que tem acontecido é difícil encontrar motivos para sorrir. Toda a sua vida é uma grande mentira, seu pai deveria estar morto e está vivo, sua mãe não me parece ser a pessoa mais amável do mundo e duvido muito que ela tenha sentimentos pela adorável filha.

Não importa, ainda tem muita coisa que preciso saber, o que posso dizer é que todo o meu destino está entrelaçado com o dela.

(...)

Havia se passando alguns dias, tínhamos mudado o acampamento, estava mais próximo do mar e do Penhasco da Morte, ele ganhou esse nome porque várias pessoas se mataram lá.

Eu passei a conviver melhor com Bella, ela parece tão perdida quanto eu. É como se sua cabeça não estivesse no melhor estado. Às vezes tinha impressão de que ela estava enlouquecendo, mas então ela agia normalmente e algumas vezes até sorria, mas seu sorriso não alcançava os olhos.

- Edward! — A voz ecoou, me fazendo virar bruscamente. — Querido.

Lá estava ela parada na minha frente com seu melhor sorriso, com seu olhar materno e uma falsa ternura.

- O que faz aqui? — Eu pergunto.

- Querido, por favor...

- O que você quer, Elizabeth? Não basta ter fingido sua morte e agora vem aqui, ou você tem muita coragem ou você realmente não entende o que é perigo.

- Eu precisava vê-lo. — Ela diz. — Você precisa me ouvir.

- Ele não vai ouvir nada! — Carlisle gritou, junto com ele estavam os outros, todos, até mesmo Bella.

- Onde ele está? — Renée perguntou. — Onde está Charlie?

- Renée. — Ela diz, discretamente sorrindo ironicamente. — Vejo que toda a corja está junto.

- Parece que não somos os únicos. — Carlisle diz e então me dou conta de que Marcos e Aro estão aqui também.

- Há muita coisa que precisa ser dita. — Elizabeth disse.

Ninguém soube quando, mas Isabella usou seus adoráveis talentos para os prender em cipós, erguendo eles de maneira que estava os sufocando e os apertando ao mesmo tempo.

- Ela vai matá-los. — Renée disse. — Faça alguma coisa, Carlisle, ela vai matá-los!

- Bella, pare! — Carlisle gritou. — Para agora!

Ela virou seus olhos para Carlisle mas parecia não ser ela, parecia ser outra pessoa dominada pelo mal ou algo do tipo.

- Vocês destruíram o que eu chamava de família. — Bella disse. — Começaram uma caçada por um livro que nem mesmo sabiam se era real ou não, vocês destruíram tudo o que tocaram!