23. O Amor (Edward Cullen)

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Capítulo 23 — O amor (Edward Cullen)

Carlisle estava comigo, ele fez questão de me levar em casa, parecia que estava com medo de algo acontecer. Ele parou o carro em frente à minha casa e então olhou em minha direção.

— Você quer ficar com as cinzas dela?

— Sério? É só isso que vai me dizer?

— Lamento, mas você sabia que isso acabaria acontecendo.

— Sim, mas é minha mãe. São as cinzas dela que estão dentro dessa urna.

— Ela mataria você! Mataria a Bella se tivesse chance. Você não nota isso?

— Ainda assim ela era minha mãe, tinha que haver outro jeito.

— Não havia e Elizabeth sabia disso. — Carlisle diz. — Você nunca se perguntou por que ela queria tanto o livro?

— Salvar o mundo mágico.

— Ela viu tudo isso. Ela viu sua morte, ela sabia que Bella a mataria mas ainda assim ela não parou.

— Isso é mentira.

— Mentira? Você realmente acha que eu mentiria numa hora dessas?

— Você já mentiu outras vezes. — Eu aviso.

— É diferente, menti para salvar sua vida em todas as vezes.

— Não é verdade.

— É sim. — Ele me diz. — Não se engane, Edward, Elizabeth não ama ninguém a não ser ela mesma. Eu demorei a descobrir isso.

Eu saio do carro sem querer mais conversar e vejo ele partir indo embora.

(...)

Cumprimento Dom ao entrar e sigo. Estou olhando pela janela o pôr do sol, com um copo de uísque na mão.

— Você tem uma bela casa.

Viro bruscamente me deparando com Marcos e Aro. Eles estão na minha sala, Marcos está sentado em uma cadeira enquanto Aro tem em suas mãos o cubo de enfeite da minha sala.

— Como entraram aqui?

— Magia. — Marcos diz com uma certa indiferença.

— Ela não está aqui. — Digo.

— Nós sabemos. — Aro diz. — A doce Isabella foi para casa ver o papai humano dela. Ela é nojenta, como alguém renega sua própria raça?

— Ela renegou os pais, não o que ela era. — Acuso, não gostando do modo como estão falando dela .

— Sabe... — Marcos diz, levantando. — Eu nunca pensei que uma garota como ela poderia ser tão esperta ao ponto de enganar bruxos como nós.

— Acho que até uma criança de cinco anos engana vocês.

— Não, Edward. — Aro diz. — Você não entendeu.

— Ela enganou a todos, até mesmo o poderoso Carlisle, quem diria?

— Saiam daqui se não querem problema.

— Problema? Sério? Você realmente acha que chegamos aqui e vamos parar? — Marcos perguntou.

— Demorou para entender o que ela fez de verdade, demorou. — Aro diz.

— Ela sempre disse que não era um livro. — Marcos diz. — Levei um tempo para entender mas quando Elizabeth ameaçou matar alguém que ela amava não foi o pai dela que ela estava temendo e sim você. Ninguém notou, ninguém notou mesmo.

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