Hyungwon abre a porta de casa levando mais tempo do que o necessário.
Ele está exausto.Ficou quase 24h sem dormir, e soube que havia algo errado. Normalmente ele só precisava encostar em qualquer lugar para logo pegar no sono.
Estava de coração partido e odiava aquela sensação. Só queria deitar em sua cama e chorar por ter sido tão ingênuo e fraco.
Quando fecha a porta e se vira, é recebido por um tapa em cheio na bochecha esquerda. Seus olhos lacrimejam por um segundo e ele não sabe se foi por conta da força do tapa ou apenas porque já estava a beira de um choro agudo e longo.
— Você foi longe demais dessa vez, Chae Hyungwon. Tem ideia do quanto ficamos preocupados enquanto você sumia para sei lá onde, deixando apenas a droga de um bilhete? Você não atendeu nenhuma ligação, seu moleque egoísta.
Hyungwon se vira para encarar o rosto feroz do pai. Sua mãe está atrás dele com alguns lenços de papel usados retorcidos na mão.
— Querido, por favor… — Ela diz, com a voz baixa. Os cabelos enrolados desalinhados e os olhos fundo.
— Me desculpem... — É só o que Hyungwon consegue dizer.
— Só isso que tem a dizer? — O pai esbraveja, erguendo a mão novamente mas dessa vez, por reflexo, Hyungwon agarra o braço dele impedindo que o tapa acerte seu rosto mais uma vez.
— Na verdade, pai eu retiro o pedido de desculpas. — Ele empurra a mão do pai para longe. — Eu cansei de fazer tudo o que você quer. Quando eu finalmente faço algo que eu quero você faz com que eu me sinta culpado, e eu estou cansado disso.
O pai de Hyungwon arregala os olhos e a senhora Chae se encolhe ao ver a reação do filho.
Hyungwon sobe às pressas para o quarto, jogando todas as suas roupas em uma mala velha. Em questão de minutos ele desce às escadas puxando a mala enorme, fazendo com que as rodinhas tombem em cada degrau da escada.
— Estou indo embora. — Ele passa pelo pai, dando uma olhadela para a mãe que comprime os lábios finos, engolindo o choro. — Não preciso deixar algum bilhete agora, preciso?
Hyungwon não espera nenhuma resposta. Ele abre a porta do táxi para tirar sua mochila dali e seu coração dói quando ele avista o casaco que Hoseok deixara ali.
"Eu posso pegar quando eu voltar"
— Mas você não voltou comigo, não é mesmo? — Hyungwon diz para si mesmo, dando um sorriso triste com o canto dos lábios.
Ele bate a porta do táxi, colocando a mala em uma mão e a mochila pendurada no outro ombro mas, ele não consegue sair do lugar.
— Droga. — Ele resmunga.
Ele volta a abrir a porta do táxi e pega o casaco, fechando a porta logo em seguida.
Hyungwon começa a andar, ficando cada vez mais longe do lugar em que chamava de casa.
Ele não olha para trás.
[🇰🇷]
As rodas do avião batem no chão ao fazer o pouso, e Wonho prende as mãos no banco para aguentar o sacolejo que o avião dá ao aterrisar.
Ele sai do avião e pega sua pequena bagagem ajeitando seu boné logo em seguida. Por mais que ele tenha feito um vôo de quase 20h, Hoseok não se sente cansado e é por isso que ele decide ir direto para a empresa. Ele pede para que Hyolyn mande um carro para pegá-lo, e assim que o veículo estaciona na saída do aeroporto, ele entra.
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Noivo em fuga • 2won
FanfictionLee Hoseok está de casamento marcado mas quando está prestes a oficializar sua união ele simplesmente foge pegando um táxi para fora da cidade. Ao fugir, ele conhece seu motorista: um rapaz de cabelos rosa chamado Chae Hyungwon que vai fazê-lo repen...