09 - So we meet again

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"Meia noite se transforma no café da manhã, gastando o tempo conversando. (...) Eu gosto mais de mim quando estou com você."

   I like me better, Lauv.

2 semanas depois 

Chae Hyungwon ajeita os cabelos, agora pretos, no espelho do pequeno quarto em que dorme. O quarto tem apenas um banheiro, uma cama e uma mesinha em que Chae ora faz de mesa ora de guarda-bagunça.

 O pequeno quarto fica em cima de um café onde Chae estava trabalhando fazia duas semanas. Eles não pagavam muito, mas deram o quarto para ele o que já o aliviava de pagar aluguel. Chae passa mais uma vez as mãos nos cabelos e ajeita o avental bege claro.

— Ok, vamos lá Chae Hyungwon. Mais um dia, fighting.

 Ele desce as escadas e entra pelos fundos do café, colocando o boné que também faz parte de seu uniforme marrom berrante e bege.

— Você fica com o caixa um hoje, Hyungwon-ah. — Diz um rapaz baixinho, filho do dono do café.

 Chae assente e se posiciona atrás da máquina que tilinta a todo segundo. Ele está contando quanto tem de moeda quando um rapaz alto e de porte atlético entra no café. Seu rosto está coberto por uma máscara cirúrgica e ele está de boné preto. O coração de Chae dispara por alguns segundos, mas logo ele volta a se acalmar quando o rapaz ergue os olhos para ele.

Ele não conhecia aqueles olhos.

Não era ele.

Chae Hyungwon respira antes de escutar o pedido que o rapaz começa a fazer. Ele se sente mal humorado de repente e se pergunta se queria que fosse ele. E se fosse ele, o que iria fazer? Provavelmente lhe daria um soco antes de ele pensar em dar aquele sorriso lindo que desmontava Chae Hyungwon de um jeito absurdo.

Droga, estava com tanta saudade que era quase ridículo mas, ao mesmo tempo se sentia um idiota. Ele nem ao menos o procurou, talvez de fato ele não se importasse de verdade e aquilo doía como o inferno.

                               [☕]

 Chae está apoiado no balcão com a mão no queixo, enquanto suspira, consumido pelo tédio. É a hora do dia onde o café não tem movimento algum, o que faz com que Chae limpe duas vezes a vitrine e a organize e mesmo assim ainda sobrou bastante tempo para ele ficar entediado.

 Automaticamente ele ajeita a postura quando um senhorzinho de meia idade e com a face cansada entra no café, balançando as chaves do carro nas mãos enrugadas.

— Será que podemos conversar?

 Hyungwon dá um pigarro enquanto encara os olhos serenos do pai.

 A garota, Choi sai da cozinha e olha de Hyungwon para o senhor de meia idade.

— Oh… eu assumo aqui, pode tirar uns minutos Chae Oppa.

 Chae agradece silenciosamente e se afasta, sentando de frente para o pai em uma mesa mais afastada.

— A mamãe está bem?

— Sim. — O senhor Chae responde, cruzando as mãos na mesa.

— Então o que foi?

 Ele ergue os olhos.

— Eu… eu vim me desculpar. O que eu fiz não foi certo, sua mãe está sofrendo com a sua partida.

— Pai…

Noivo em fuga • 2wonOnde histórias criam vida. Descubra agora