BÔNUS

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Thomas Moore

Estou neste exato momento entrando no meu quarto em um hotel de Auckland. Vim dar uma olhada no meus negócios e mais importante ainda, em Juliane.
Não posso negar também que me livrar de certas inconveniências na Califórnia, foram um dos pontos altos da viagem.

Olhando as horas vejo que é inviável ir até minha antiga casa agora, mesmo que para fazer uma surpresa e ver como está minha menina.

Ainda que muito novo, moleque mesmo pra falar a verdade, quando Juliane nasceu eu peguei  sem perceber um lugar de protetor na vida dela, e logo após quando ela perdeu o pai eu  fiz o possível para suprir pelo menos parte desse papel na vida dela, e foi mais que recompensador. Ela é simplesmente a menina dos meus olhos, uma das três mulheres da minha vida. As mulheres  da família terão um lugar em meu coração.

O que eu posso dizer é que o mesmo não é estendido as demais aí pelo mundo a fora, ainda mais as que passaram pela minha cama.
Veja bem, reconheço a delicadeza e aprecio a obra linda e pecaminosa que é a mulher. As trato com todo o apreço e prazer do mundo. Muito prazer. Isso durante o tempo que estamos juntos, o que nunca é muito.
Mas tenho a sinceridade como um grande ponto ao meu favor, ela eu nunca deixei faltar.

Embora algumas insistam em algo que não estou disposto a oferecer , não medindo esforços para me demover dessa vida.

Se eu tivesse mas vergonha na cara já teria feito isso e poupado muita coisa, como a mensagem que estou lendo nesse momento.

De alguma forma que desconheço, Melissa conseguiu descobrir que estou na cidade, graças aos céus eu ainda posso agradecer que ela não saiba onde estou de fato. Sempre me pego pensando no que Juliane falou: o que eu tinha na cabeça quando flertei com essa mulher.
Boa profissional? Ok.
Sabe ouvir um não? NO.

Talvez eu deva deixar o cavalheirismo de lado. Algumas infelizmente não funcionam a esse modo, ou não foram criadas para tal.

Sem companhia  me deito e sem dor de cabeça me levanto.

Faço tudo sem pressa para não chegar tão cedo pela manhã até Juliane. Sei como minha sobrinha é uma pessoa "matinal".

Decido por alugar um carro para esses dias, visto que ainda não sei quanto tempo vou passar, mesmo querendo fazer apenas uma breve averiguada.

Após alguns minutos estaciono em frente a minha antiga casa. Foi o primeiro imóvel que comprei com meu próprio dinheiro, fruto de esforço meu unicamente. Naquele tempo foi para mim uma grande realização. Nova Zelândia se mostrava linda e esplêndida como sempre sonhei,  me mostrou que ali poderia não só ser um bom lugar para um cara boêmio e aventureiro encontrar foco e sossego quando mais novo, mas também, um futuro  promissor que me fez voar para longe da sombra do meu pai.

A fachada era a mesma o que me fez deduzir que a reforma que Juliane havia dito foi apenas interna mesmo.

Passo pelo pequeno portão de madeira e bato na porta.

— Sorte a sua que sou uma pessoa que gosta de admirar as paredes de casa e que Alexander mora no fim da rua, se não você estaria bem trancada para fora.

A voz suave e feminina, ainda que um pouco irritada, que me atinge não é aquela que eu estava esperando. Mas por tudo que é sagrado eu de forma alguma poderia reclamar do que me esperava por trás daquela porta. Jamais reclamaria.

— Muita sorte minha mesmo, só não sei quem é Alexander.

E eu de fato queria saber quem era, e o que ele tinha a ver com minha sorte envolta em um roupão, de lábios entreabertos surpresos e convidativos a minha frente.

Espero que nada. Quanto de azar eu teria em roubar a sorte de alguém?

Bônus feinho. Thomas tem uma personalidade de merda mesmo, cafajeste, pouco/muito machista, egocêntrico e também não sabe ouvir um não. Não foi feito no intuito para se amar ele –até agora só me deu irritação– vocês podem dar esse amor para minha Alicia

Obrigada

Adoro seus votos e comentários.Parece clichê mas são um combustível.

Sr Warner [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora