Sr Warner [CONCLUÍDO]

Capítulo 16

Alexander

— Então, senhor Warner, já que não quer tomar café eu tão pouco irei preparar algo mais que isso aqui, vou subir pra tomar um banho,mas fique a vontade.

— Juliane, você deveria comer mais alguma coisa, acabou de se exercitar.–digo com uma voz um pouco dura. Não a quero doente, mesmo que por uma simples fraqueza.

— Eu vou comer na editora, só não quero ter o trabalho de preparar nada.

— Você vai a editora hoje?–ela assente se afastando da pia.— E quando iria me dizer?

— Estou dizendo agora, não que eu devesse.

— Me lembro bem de ter lhe dito que se precisasse ir em algum lugar eu a levaria.– tentei manter a irritação longe, mas não deu. Ela iria recorrer a sabe-se lá quem, ou o que sendo que eu me  dispus a fazer isso por ela.

Mesmo passando um pouco mais de uma semana eu me vejo ressentido do pouco que Juliane faz para estarmos juntos ou para me aceitar na vida dela como quero.Ela é arredia, e mesmo me  querendo um pouco como a quero, sempre está na defensiva comigo.

— E eu me lembro de ter dito que não precisava.– responde em tom seco.

É disso que estou falando, estou sempre sendo repelido independente das minhas intenções.

— Juliane, eu havia dito a mim mesmo que a queria para mim e que nada me faria desistir de você, mas ao mesmo tempo sempre soube que não poderia obriga-la a nada. Eu sempre sinto a sua resistência,  você sempre tenta me repelir de alguma forma, e sempre sou eu a procurá-la durante esses dias que estamos nos conhecendo, seja em mensagem, ligação ou pessoalmente. Se você não quer isso –digo apontando para nós dois – é só me falar que me tiro de campo.

Fico ali atento, esperando a sua resposta e mesmo que me machuque como o inferno, pois quero essa mulher como nada que me lembre nessa vida, eu vou sair do seu caminho.

Seus olhos se arregalam e seu rosto mostra que está realmente pensando no que eu falei.

— Meu Deus, me desculpe.

Porra ela vai acabar com tudo.

— Eu sempre fui esquiva e você nao merece isso.Me perdoe, Alexander, não queria que se sentisse repelido por mim. Não soube demonstrar meu real interesse, mas ele existe, e como existe. Não quero que saia da minha vida.– diz chegando perto de mim e passando os braços ao meu redor oferecendo seus lábios, o que recebo de muito bom grado, obviamente. Retiro tudo que eu disse sobre qual versão sua é minha preferida. Eu simplesmente adoro, amo, a Juliane  meiga, manhosa. E sei que essa será uma versão rara sua.

— Ainda que você tenha se mostrado um ciumento, possessivo e controlador. E pode ter certeza que irei discutir ainda por esses motivos, não pense que irei aguenta-los caladinha, senhor.

— Eu sei e vou sempre está disposto para você descontar sua raiva depois da discussão.– digo apertando ainda mais seu corpo ao meu e esfregando minha ereção que acabou de despertar.

Não consigo resistir a proximidade de seu corpo, ainda mais com esse pouco pano que a esta tampando.

— Aposto que sim.– e nossa conversa é esquecida enquanto exigimos cada vez mais da de nossas bocas.