Capítulo 25

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Alexander

Estava há malditas 21 horas longe da minha mulher e isso estava já me deixando a ponto de um ataque de nervos. Isso porque se não bastasse estar longe a bonita não mandava um "oi" para dizer que estava viva, nem meu bom dia foi respondido. A última vez que falei com ela foi ontem a noite, onde ela me disse apenas um simples boa noite e que a conversa com o tio não havia sido muito "amistosa". Desde então, isso me tem ansioso, porque independente da opinião dele eu não vou deixá-la ir, a não ser que ela queira. Mas não gostaria de me indispor com sua família e correr o risco de magoá-la de alguma forma.

Me arrumo as pressas e nem tomo café, parando apenas para ver se Magnus e Bella estão bem. Sei que ainda são 7:20 da manhã, mas ninguém pode me culpar por me preocupar.

Já estou aqui vendo várias formas de me manter calmo diante de qualquer coisa que seu tio possa dizer, ou argumentar em um futuro confronto, não posso bater em um senhor, ainda mais sendo tio de Juliane. Ela nunca que iria me perdoar.

Saio em passos rápidos em direção a sua casa, aperto a campainha e espero "pacientemente" alguém abrir a porta  divagando no porque de ambos não termos as chaves da casa um do outro. Irei providenciar isso ainda hoje, quero que ela tenha acesso irrestrito a mim, e eu a ela, claro.Não vejo o porque ela não poderia já ficar comigo todos os dias lá em casa, ela mora ao lado e poderia ver sempre a amiga e eu a teria todas as noites comigo, manhãs e tardes. A porra do dia inteiro, na mais pura perfeição.

Meu Deus, que merda que eu estava u pensando? Eu estou ficando louco, obcecado. Nada faz sentido, nada do que eu pensei é normal. E ainda vou acabar afastando Juliane no processo. Quem aceitaria?

Sou tirado do meu estralo de consciência  quando a porta é aberta pela merda de um homem, com mais ou menos minha idade, na porra de calças de moletom apenas. Atendendo o caralho da porta de Juliane.

— QUE PORRA VOCÊ ESTA FAZENDO NA CASA DA MINHA MULHER? — as palavras saem numa confusão de rosnado e grito. Sinto a porra da minha veia latejando no pescoço, ou seria na porra da tempora, eu não sei. Mas vou explodir a cara desse filho de uma puta se ele não se explicar agora.

— QUEM MERDA VOCÊ PENSA QUE É PRA CHEGAR A ESSA HORA NA PORTA DA MINHA CASA GRITANDO, SEU PORRA? —responde tão alto quanto eu fiz a pergunta, retesando todo o corpo pronto pra revidar os murros que quero dar nele.

Casa dele?
Dele?
Que merda está acontecendo aqui?

Procuro me acalmar para não correr o risco de infartar antes de saber o que está acontecendo.

— Onde está Juliane? — minha voz sai entredentes.

— O que você quer com ela?

Vou manter a calma porquê se ele quer apanhar?

— O que eu quero diz respeito apenas a mim e a ela, e você faria bem em dizer o que está fazendo na casa da minha mulher.

Parece que há um estalo quase audível na cabeça dele e vejo suas narinas infladas enquanto seu corpo se inclina em minha direção. A irá quase palpável.

— Então você é o merda que...

— O que está acontecendo aqui? — escuto sua voz vindo de trás do infeliz e penso se vou finalmente entender que isso é um mal entendido ou... não, nem posso pensar na opção.

Ela está apenas com um maldito conjunto pequeno de seda e renda, que as mulheres usam para dormir e certamente para nos enlouquecer. Só que não há apenas eu para apreciá-la ali. Mas isso é nublado e sinto meu coração levar um soco quando vejo sua mão encostar com muita familiaridade nas costas do homem em minha frente. O choque, a raiva, o ciúmes, a mágoa me nocauteiam fazendo-me permanecer no lugar com os olhos grudados naquele gesto.

Sr Warner [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora