Capítulo 8

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Camila estava há um tempo se olhando no espelho. Desde que voltaram da farmácia, ela estava de frente ao espelho do quarto de Lauren, apenas de roupas intimas, analisando o seu corpo. Parecia que nada havia mudado ainda e isso a confortou um pouco. Gostava do seu corpo.

Ela suspirou e tocou a mão direita na barriga. Era o primeiro contato direto proposital com aquela região do seu corpo desde que descobriu a gravidez. Camila não sabia exatamente o que esperar do contato, mas sempre vira essa ação nos filmes e resolveu tentar.

- Você não tem culpa. Vou tentar manter isso em mente quando me desesperar com tudo que está acontecendo. – disse encarando a sua barriga através do espelho.

Despertou do seu momento quando ouviu o seu celular apitar e vibrar. Foi até o mesmo e arregalou os olhos ao ver uma mensagem de sua mãe.

"Me diga que está bem. Se precisar de dinheiro para algo, convenci o seu pai a manter a sua conta ativa e o seu cartão de crédito"

- Também te amo, mamãe. – Camila murmurou jogando o celular na cama sem responder.






31 de dezembro havia chegado e com ele o clima de virada já dominava a cidade. A campainha da casa de Lauren tocou e a mesma tirou atenção do e-mail que estava digitando, em resposta a um orçamento que veio errado, e foi atender a porta.

Nesse final de ano Lauren estava trabalhando remotamente para a editora a qual prestava serviço três vezes por semana para complementar a renda. A pesar de não ser a sua área, ela adorava trabalhar com o mundo literário.

- Hey cara pálida. – Dinah disse após Lauren abrir a porta e passou direto por ela. Lauren ergueu uma sobrancelha.

- Oi, Laur. – Normani lhe sorriu. – Camila está? – perguntou depois de receber um sorriso em retribuição.

- Mani, seja bem-vinda. – Lauren disse fechando a porta. – Dinah pelo visto já é de casa. – brincou. A verdade é que já estava acostumada com o jeito dela. – Camila está no meu quarto. – comunicou.

Elas assentiram e Dinah lhe deu uma piscada antes de seguirem para o já conhecido caminho. Lauren voltou ao seu trabalho.


- Cadê a minha prenha preferida? – Dinah disse abrindo a porta do quarto sem bater. Camila levantou a cabeça do travesseiro, assustada, e depois sorriu para as amigas.

- Dinah, eu não sou muito boa em biologia, mas tenho quase certeza que quem emprenha são os animais. – Normani disse fechando a porta do quarto atrás de si.

- Tanto faz. – Dinah deu de ombros. – E que cara é essa de quem comeu e não gostou? – disse se sentando na cama, ao lado de Camila

- Tédio. – Camila revirou os olhos. – Eu não sei o que fazer. Estou evitando redes sociais e talvez meu pai tenha trocado a senha da nossa Netflix para me punir. – bufou. – A Lauren está trabalhando e não é como se conversássemos muito com ela sem trabalhar.

- Então chegamos em boa hora. – Normani a abraçou. – Esse não é o melhor jeito de se passar o último dia do ano. Porque não fazemos uma maratona de filmes até dar a hora de nos arrumarmos para o ano novo? – sugeriu.

- Só tem televisão na sala e a Lauren está lá. – Camila negou.

- Isso não é problema. – Dinah se levantou e saiu do quarto. As outras duas a seguiram. – Ei, Lauren. – chamou como quem não quer nada. Lauren a olhou por cima do ombro. – Você pode ir trabalhar em outro lugar para podemos maratonar alguns filmes?

Resiliência CAMRENOnde histórias criam vida. Descubra agora