Prólogo

1.7K 108 47
                                    

AVISOS:

1. As personagens dessa fanfic pertencem a J. K. Rowling;

2. Apesar do cenário cirúrgico, essa fanfic não foi baseada em Grey's Anatomy;

3. O formato de residência e internato apresentados, assim como toda a forma de se fazer medicina, são baseados na realidade básica brasileira, que é a que eu tenho conhecimento para abordar;

4. Apesar do tema médico, essa fanfic não tem A MENOR pretensão de substituir acompanhamento de saúde. Não neglicencie sua saúde, não baseie sua saúde numa ficção e procure um médico/psicólogo/profissional de saúde;

5. As personagens não foram baseadas em ninguém da vida real, assim como não a história não é baseada em fatos reais;

6. Será postado um capítulo por mês em média - caso haja mudança, será previamente divulgada;

7. O primeiro capítulo será publicado ainda esse mês;

8. No meu twitter ( psc_07_) falarei mais sobre a fanfic;

9. Obrigada por clicar em Internamente Evans e espero que goste! Boa leitura :)


PRÓLOGO


Olhos verdes se encontraram com castanhos, e ambos aceitaram que não dava mais para adiar aquela conversa. Só de ter de falar sobre isso no hospital já não agradava Lily.

Mas ela não reclamou quando James a levou para o conforto médico, que estava vazio já que era madrugada (ou talvez manhã?) e ele era responsável pelo plantão.

Ela precisava falar.

-Desembucha, Evans – James falou, cruzando os braços e franzindo a testa. Ela percebeu que James já tinha sacado que ela não iria falar nada de bom para ele, considerando que havia sido ele a começar a história toda.

-James... – Lily suspirou, mordendo o lábio inferior e tentando impedir que as lágrimas se formassem.

Porque era difícil. Ela estava dividida, o coração taquicárdico também dilacerado. Porque era difícil pra caralho fazer o que ela estava fazendo.

-Sabe, eu não sei o motivo, mas eu desconfio que não é o suficiente para você fazer isso, Lil – James comentou baixinho, ainda olhando nos olhos da garota. Agora ela não mais conseguia se controlar plenamente, e as primeiras lágrimas transbordaram lentamente, deixando o rastro que ela teria de limpar assim que saísse dali.

-Eu juro que não queria fazer isso, James. Eu juro. Dói em mim tanto quanto em você.

-Então por que você está fazendo, Lily? – James perguntou, um certo tom de urgência em sua voz enquanto ele se aproximava e segurava os ombros dela. – Por quê?

-Porque apesar de eu... – ela engasgou nas palavras que gostaria de usar (muito cedo, muito cedo) – gostar muito de você, tipo muito, eu não posso... eu não tenho como arriscar. Eu amo isso aqui mais – Lily explicou, segurando o pijama cirúrgico, e depois deslocando as mãos para segurar as de James entre as suas – e claro que eu sei que você não vai me atrapalhar de propósito. Nem sei se realmente atrapalharia. Mas só a possibilidade de não ser levada à sério... eu não consigo, James. Eu ainda tenho muito o que batalhar para chegar em algum lugar.

Lily tentava passar pelo olhar o quanto aquilo a machucava, a corroía por dentro, o quanto que ela chorara em casa com Marlene ao tomar aquela decisão. Aparentemente o desespero e a dor eram tamanhas que James entendeu o "me perdoa, eu preciso fazer isso, mesmo que seja uma das últimas coisas que eu queira fazer no mundo" que as írises verdes transmitiam.

Ele suspirou e deu um meio-sorriso, soltando uma das mãos de Lily para acariciar seu rosto.

-Eu teria que ser um babaca para lhe negar isso, Lily, mesmo tendo a maior certeza de que eu não sou o suficiente para atrapalhar o seu futuro brilhante. Você continuará sendo a melhor interna do rodízio, e uma das melhores depois, e este continuará a ser o motivo para você ganhar mais procedimentos, melhores procedimentos. Não porque eu te amo, mas sim porque eu sei quanto você é capaz.

Quando a porta bateu e apenas o eco das palavras de James estavam em sua mente, Lily permitiu que todas as lágrimas que estava segurando caíssem. Como interna, ela sabia que o coração não se partia de verdade, que aquela era apenas uma expressão usada para descrever a angústia somatizada.

Mas naquele momento ela era mais do que uma interna.

Era apenas Lily.

Internamente EvansOnde histórias criam vida. Descubra agora