Meu rosto fervia e meus punhos estavam fechados. Sadie e Finn trocavam beijos apaixonados a cada porra de esquina. Um casal de verdade! Seus dedos entrelaçados aos dele e os meus estavam só.
O vento batia forte em meu rosto e eu sentia meu rosto queimar e lágrimas vir, eu me forcei a engolir o choro e prometi a mim mesma que se chorasse por ela novamente me culparia por toda minha dolorosa vida!- Está tudo bem?- perguntou ela virando-se pra mim, ignorando total o que seu namorado havia dito.
Falei parando em frente a uma sorveteria totalmente iluminada e com alguns clientes lá.
- S-sim, claro.- falhei na voz, droga.
Não queria mesmo que ela soubesse que eu havia chorado pela mesma, era horrível e muito, muito mais muito constrangedor.
- De verdade?- insistiu e eu assenti.
Noah vendo isso me "ajudou".
- Ela é muito timída, talvez vocês duas devessem ir juntas e nós três ficarmos para tomar sorvete.
Arqueei as sobrancelhas. O que ele está fazendo? Que droga!
Ela riu e disse:
- Podemos ficar com vocês então!- sugeriu a ruiva e eu permaneci quieta.
Estava envergonhada demais para falar, parecia que Noah estava tentando a todo custo me jogar para cima de Sadie.
- Ah, ela odeia sorvetes! Não é Millie?- falou e logo fez um sorriso ciníco como se fosse me matar se eu dissesse que não.
- É. Odeio sorvete!- falei fazendo uma careta e pude ouvir Finn sussurrar um "patético" a mim.
Ela sorriu e me encarou como se não acreditasse em nenhuma palavra dita por Noah.
- Ok. Vamos então!- falou para mim.
Antes de irmos Finn a puxou pelo braço e deu um beijo nele, pude ver ele sugando até a alma de Sadie e senti um tremendo enjoô.
Abaixei a cabeça para não ver mais essa cena ridícula, Noah veio até mim e me abraçou como se quisesse me confortar e disse "Vá atrás da sua mulher, é tua chance sua pateta" ri com o final e depositei um beijinho em sua bochecha e sai de lá ao lado de Sadie.Caminhamos em silêncio por um período horrível, era constrangedor e eu sentia necessidade de falar algo mas quando abria a boca nada saía, até que ela resolveu quebrar esse maldito silêncio. Amém.
- Isso tudo foi um plano não é?- ela disse sorrindo e eu engoli seco.- Você não é timída!
- Para falar a verdade eu sou sim, com pessoas que eu não conheço eu fico muito nervosa.- falei e ela riu, uma risada gostosa e fofa.
- Ah qual é! Você já me conhece.- ela apontou para si mesma. - Você falou comigo, lá na praça.
- Eu lembro de você, mas você... não se parece nada com Sadie que imaginei!- falei sorrindo para mesma que andava de costas na minha frente.- Você vai cair, anda certo.
- Cair?- debochou.- Eu nunca caio.
Voltou-se ao normal e rimos um pouco.
- Fala sério, é mentira que você odeia sorvete certo? Todo mundo ama sorvete.- ela falou.
Ela me encarava e sentia meu rosto queimar.
- É mentira. Mas olha, eu não tenho nada a ver com esse "plano".
- Tudo bem que eu sou atraente mas era só ter me chamado para sair.
Estávamos na minha rua já faltando apenas três casas para chegar a minha.
- Você é muito convecida!- ri.- Mas você está brava comigo?
- Nha, não tem como ficar brava com você... você é...- ela parou e segurou meu rosto, ela olhava para os meus olhos e minha boca, eu estava paralisada. Sem nenhuma reação.- Você é muito fofa e...
Ela disse e se aproximou colando seu rosto ao meu e tentando me beijar, mas eu virei meu rosto e sai do meu transe caindo na realidade, ela namora.
- Hã... essa é minha casa!- falei tentando mudar de assunto.
Ela desviou o olhar de mim e observou a casa.
- Bonita. É muito bonita!- disse agora me encarando.- Então...
- Quer entrar? Acho que eles vão demorar ainda e...
Ela sorriu.
- Pode ser.- disse e eu sorri de lado.
Suspirei e entramos dentro de casa, não devia ter chegado ninguém ainda então fomos para o meu quarto. Assim que abri ela analisou cada detalhe dele.
- Totalmente sua cara!- ela disse olhando cada pedacinho do cômodo. - Você toca?- disse e por algum motivo besta eu havia maliciado o que fez meu rosto corar e eu dar um risada um tanto sarcástica. - Você é podre Millie!
- Me desculpa... isso foi... esquece!- falei tapando meu rosto e tentando achar um tumúlo e me jogar nele.
- Ok. Calma. Sua vergonha vai num nível absurdo.- ela disse rindo e tirou minhas mãos do meu rosto e me abraçou ainda cobrindo meu rosto.
Quando ela me soltou eu suspirei ainda envergonhada e disse:
- Eu nunca consegui tocar violão mas sempre admirei de longe!- falei olhando o violão e sentada na cama.
Ela pegou o violão encostado no meu guarda-roupa e se sentou ao meu lado.
- It’s you, it’s always you
If I’m ever gonna fall in love, I know it’s gonna be you
It’s you, it’s always you
Met a lot of people, but nobody feels like you.Cada palavra, cada som que sua mão ao deslizar as cordas faziam, ela sorria para mim e eu me sentia em completa nuvens.
(É você, é sempre você
Se um dia eu me apaixonar, será por você
É você, é sempre você
Conheci muitas pessoas, mas ninguém é como você.)Aquele sorriso me tinha de um forma inimaginável e não terei palavras que descreveriam como me apaixonei e como cheguei a essa conclusão.
- So, please, don’t break my heart
Don’t tear me apart
I know how it starts, trust me, I’ve been broken before.( Então, por favor, não quebre meu coração
Não me faça despedaçar
Eu sei como isso começa, confie em mim, eu já me machuquei antes.)A minha cabeça estava em completo turbilhão. Ela havia cantado essa música para mim ou só para mim ouvir e nada mais?
Tudo já não fazia sentido e quando percebi, eu estava em seu colo e Sadie já não estava mais com o violão na mão e meus lábios já haviam selados ao seus e feito uma completa explosão dentro de mim.Seu gosto era doce e transmitia paz, nossas línguas dançavam em perfeita harmonia e seria tosco eu dizer "foi um beijo bom", quanto mais detalhes tivessem mais me faria lembrar desse espetacular beijo que acabou com um selinho demorado.
- Preciso cantar o final?- ela disse sorridente.
Eu ri.
- Eu já sei.- falei saindo de cima da mesma.
- Eu sabia que você não era timída!- ela sorriu e veio me abraçar.
♡♡
um puta cap longo pqp
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violão>sillie<
Fanfictiononde millie observa todos os dias uma garota tocando violão enquanto canta e se fascina pela voz da garota.