twelve

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— Que merda foi está? — eu perguntei a garota estirada na cama lendo algo em meu caderno.— Desde quando fuma maconha? Com quem fumou? Quem te deu a droga?— eu fazia perguntas a mesma enquanto andava de um lado para o outro.— E se minha mãe percebeu que você estava drogada? Eu tenho tantas perguntas ah.

Ela lia com um sorrisinho bobo no rosto e eu arqueei as sobrancelhas, quando eu abri a boca para falar ela disse por cima.

— Você está apaixonada por mim?— ela disse me encarando e com um sorriso enorme nos lábios.

— Quê? Não! — arranquei o caderno de sua mão apressada e com o coração acelerado.

Ela se colocou sentada e me fitando ainda com aquele maldito sorriso nos lábios.

— Eu sou a garota desse poema? Fale a verdade.

Sim Sadie, você é a garota que eu escrevo nesses malditos poemas. Você é a garota pelo qual estou apaixonada mas não irei ceder a esse amor tão fácil para me machucar mais fácil ainda. Eu não irei.

Suspirei fundo. — Sadie, não. É só... uma pessoa fictícia.

— Uma pessoa fictícia? Essa pessoa fictícia que você quer beijar todas as manhãs e poder dizer te amo sabendo que é recíproco?— ela repetiu o que eu havia escrito no poema.

— Sabia que é invasão de privacidade mexer nas coisas dos outros?—mudei de assunto e ela riu.

— Você deixou guardado numa caixa que estava na sua gaveta com tranca e a chave encima da mesa. Isso não é invasão de privacidade, é apenas olhar objetos alheios sem permissão do dono! — eu ri.

Guardei o caderno na gaveta novamente e a tranquei, pondo a chave dessa vez, no meu bolso. E me deitei ao seu lado da cama e a mesma também voltou-se a deitar.

— Millie?— Sadie me chamou me encarando e juro que me sentia envergonhada pela forma que a mesma me olhava.

— Oi.

— Você confia em mim?—perguntou me olhando.

— Sim... eu confio em você.

— Então... por quem está apaixonada?— perguntou e eu fiquei calado, eu pensei se deveria mesmo dizer que era por ela.— Se não quiser falar, beleza.

— Não é isso... é que...— falei e intercalava os olhares entre seus olhos e sua boca.

E que boca... Sem pensar duas vezes estava lá eu mais uma vez beijando-o, mas dessa vez eu não sentia culpa. Era tudo que eu necessitava e desejava! Eu precisava sentir o gosto de seu beijo Sadie.

— Seu beijo só melhora a cada vez que nos beijamos!— falei e ela riu.

— Então... sou eu aquela garota?—falou boba e eu só soube sorrir.

— Advinha.— falei.

violão>sillie<Onde histórias criam vida. Descubra agora