se eu pudesse voltar no dia em que nos conhecemos, eu diria que finalmente vi um estrela em plena luz de um sábado azul com céu limpo de verão. mas se eu chegasse até você provavelmente iria sair alguma bobagem sem sentido da minha boca, iríamos rir mais desconfortáveis do que da própria situação, e assim nos encontraríamos no outro dia para um passeio no parque porque por acaso tínhamos estabelecido uma conexão estranhamente boa, esse passeio que acabou com um jantar nada formal numa churrascaria aleatória da cidade milagrosa, por estar aberta naquele horário. na semana que vem iríamos ao cinema ver um dos filmes mais esperados por nós, o que foi uma surpresa já que tínhamos descoberto que ação e suspense não tinha nada a se resolver com romances clichês e clássicos da animação. então em um dia chuvoso você dormiu na minha casa sem motivo algum, só estávamos em uma fase de sentir saudades sufocantes entre tarde da noite e cedinho de manhã. no outro dia você receberia o meu pedido de namoro e por menos que surpreso, ainda chorou por causa das rosas brancas na porta da sua casa com a caixa de chocolates. bobo. dois anos se passariam alegremente com altas conquistas em nossas vidas juntas e separadas, até o dia de nosso casamento com apenas os amigos mais próximos e a família presente, uma noite tão bonita que eu nunca desejaria que acabasse, assim como a nossa lua de mel em atenas. assim como o dia que adotamos a criança e o primeiro aniversário da mesma, quando adotamos um cãozinho e depois a segunda criança.
iríamos nos lembrar de tudo isso daqui há mais ou menos trinta anos, velhinhos no sofá rindo de como esse desastre acontecera, isso se eu pudesse voltar no dia que nos conhecêssemos.
e eu tivesse dito alguma coisa ao invés de apenas retribuir o sorriso gentil.
