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Lívia

11 de fevereiro de 2022

— Você tem dever de casa? Eu vou te ajudar — pergunto.


— Tenho de matemática — Rafa pega o caderno e abre na matéria de matemática.

— Você prefere fazer agora ou depois do banho?

— Agora — assinto.


O dever de casa só tinha três questões sobre multiplicação e divisão. Ele sabia todas as respostas mas eu continuei do lado dele ajudando em tudo.

Quando ele terminou, foi tomar banho. Eu arrumei a casa bem rapidinho e coloquei roupa suja no cesto.

Rafael colocou um short preto e uma camisa do Flamengo.

Eu nem gosto de futebol, mas ele é doido pelo flamengo. Malu e Jota deram uma camisa original para ele no aniversário de oito anos dele.

— Mãe, vou te esperar tomar banho e a gente vai junto, beleza? — ele entra na cozinha falando.

— Vou tomar banho agora. — ele concorda. — Quer comer alguma coisa? — ele nega.

Tomo banho, coloco um short jeans preto curto e um cropped branco. Calço uma slide preta.

Pego um pouco de dinheiro e o meu celular também. Coloco tudo no bolso e saio de casa com o Rafael.

Fomos andando pelas ruas enquanto o Rafael ficava cada vez mais animado.

Quando chegamos perto da quadra, o movimento estava bem alto. Tinha um bar em frente a quadra e ele estava lotado.

— Tia, Tio! — Rafael grita e corre para o bar.

Me assusto e olho ele correndo. Ando até o bar na mesa onde estava Malu e Jota.

A mesa estava lotada de gente, alguns eu nunca tinha visto em toda minha vida.

— Oi, meu garoto! — Jota responde pegando Rafael no colo e abraçando ele — O tio estava com saudade. Não deu para ver o seu jogo ontem, mas terça eu vou!

Malu e Jota sempre estão presentes no treino do Rafael. Era bom saber que o meu filho tinha uma figura masculina na vida dele.

Ás vezes o pai faz falta e eu sei disso.

— Você pode me ver jogando hoje, tio — Rafael lembra assim que Jota o coloca no chão.

— É verdade. — ele beija a cabeça do Rafael.

— Eai, maninha? — Jota disse me abraçando — Não te vejo faz um tempão.

— Vou tentar aparecer mais! — falo rindo e o abraçando de volta.

Malu estava apertando o Rafael e eu dou risada.

— Solta meu filho, sua maluca! — abraço ela.

— Como pode uma criança tão linda sair de você? — ela fala me abraçando e rindo.

— Ridícula. — belisco ela.

— Vai ficar com a gente? — Jota pergunta — Dona Julia, coloca mais uma cadeira aqui! — ele grita.

— Não precisa, Juju — grito para a dona do bar — Vou olhar o Fael jogar.

— Mãe, eu vou lá. — aponta para os meninos se reunindo.

— Pode ir, toma cuidado e eu vou já já! — beijo a cabeça dele.

Olho ele correr até o outro lado da rua.

— Vou também, amor. — Malu fala para o Jota que concorda.

— Depois a gente volta. — falo acenando.

— Beleza, apareço lá daqui a pouco. Vou só avisar pro pessoal aqui. — aponta para a mesa.

Malu se despede de todos rapidamente e saímos juntas dali.

Entramos na quadra e as crianças já estavam se preparando para jogar.

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