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Lívia

12 de fevereiro de 2022

— Quando você tava na barriga da mamãe, você chutava muito. — faço um carinho no cabelo dele.

— Sério? Eu te machuquei? Desculpa. — Rafa fala.

— Não machucava. Era uma sensação estranha. Mas não doía. — expliquei para acalmar ele.

— Ah, sim. — ele murmurou enquanto prestava atenção na televisão.

— Queria comer uma pizza hoje. Tudo bem? — pergunto e ele concorda animado.

[...]

Fecho o portão e seguro a mão do Rafa. A rua estava bem movimentada, hoje é sábado. Vai rolar um baile hoje, mas acho que começa de 23.

Ainda são sete horas, então o movimento me surpreendeu um pouco.

Descemos até a praça, lá tem muitas opções de restaurante.

— Hambúrguer ou pizza? — pergunto pra Rafa que olhava alguns homens jogarem.

— Pizza! — a atenção dele volta pra mim.

Concordo e andamos até a pizzaria mais famosinha daqui.

Peço uma pizza de muçarela e frango. Rafa prefere sempre a pizza simples, só com queijo.

Nossa conversa foi sobre desenhos, futebol e todas as coisas que ele gosta. Eu amo ele ouvir falar sobre tudo.

Depois de comer, voltamos para casa e o Rafa caiu no sono quase imediatamente.

Pego meu celular e vejo que tem algumas mensagens da Malu.

"Vamo no baile? Por favorzinho"

No segundo seguinte, meu celular começa a tocar e vejo que é a própria. Atendo no mesmo instante.

Oi linda, vamos no baile! — afirma com certeza. — Minha mãe tá indo pra sua casa, ficar com Rafa.

— Eu já falei pra você não incomodar sua mãe com isso! — reclamo com ela.

Você sabe que ela adora o Rafa. Ela que ofereceu. — se defende.

— Tá. Vou me arrumar e te encontro lá. — ouço ela comemorar do outro lado.

Desligo a chamada e vou até meu guarda-roupa, procurando algo para vestir.

Sou muito indecisa para isso. Então acabo escolhendo um vestido vermelho. Ele tem um decote bem generoso e é justo. Mas a saia é um pouco rodada no fim do vestido e não fica colada no meu corpo. Ele é um pouco curto, mas não demais.

No pé, escolho uma sandália dourada com um salto pequeno.

Tomo um banho e em questão de poucos minutos estou pronta.

[...]

Entro no camarote e ninguém me barra. Malu deve ter avisado.

Assim que chego, olho ao redor procurando Malu e Jota. Encontro eles em um canto, estavam conversando. Preferi não atrapalhar e ir buscar uma bebida.

Pego uma cerveja qualquer e abro, dando um gole quase imediatamente.

— Oi! Não sabia que você gostava de curtir baile. — escuto uma voz grossa e me viro com um sorriso simpático.

O dono da voz é o Rogê. Ele está com uma calça jeans preta e uma camisa preta também. Todo de preto e uma corrente fina de ouro brilha em seu pescoço. O cabelo recém cortado e o cavanhaque sempre perfeito.

— Não gosto. Mas a Malu me arrasta. — digo rindo.

— Que bom que ela te arrastou. Você tá maravilhosa. — ele me elogia com um sorriso.

— Obrigada. — digo com um sorriso sincero.

Ele levanta a cerveja dele e eu levanto a minha também, batendo as duas.

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